segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Resiliência - sutil diferença entre Energia e Força

Imagine você tendo um devaneio, um insight daqueles! Seu chefe pede para você e seu colega pensarem num plano estruturado para ajudá-lo a resolver um buraco grande no fechamento do budget da equipe e você está apaixonadamente descrevendo a idéia para o seu parceiro. Nesse momento você é chamado pra uma reunião rápida e, quando volta, presencia seu parceiro (cara de pau) apresentando entusiasmadamente a idéia que “ele e você” tiveram para o Presidente da empresa e seu chefe no cafezinho, como se ele tivesse sido o gênio criativo e você o coadjuvante. Você elegantemente o apóia e comemora o feito, se refaz do baque e começa a arquitetar a melhor forma de capitalizar esta perda a seu favor, já premeditando o próximo lance.

Va lá, não sei se o exemplo é lá essas coisas, mas qualquer colega de pavio curto chamaria a isso de “coração mole”, “permissivo”, “excesso de elegância”, “indulgente”. Calma, nem tudo está perdido.

A psicologia chamaria de Resiliente – na física, é, portanto, a capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido pressão.. Um bom exemplo é a vara de salto – verga ao seu limite máximo, não quebra e volta com força total.

No dia a dia, é o quanto a gente consegue lidar com as coisas, superar obstáculos ou resistir à pressão sem surtarmos. Mas um cara chamado Job (2003) foi mais fundo e estudou Resiliência ligada à capacidade de tomar decisões considerando a pressão de um ambiente tenso e à busca por um resultado importante (acho que ele não surtou). Outro camarada chamado George Souza Barbosa (Barbosa, 2006), entende a resiliência como um cruzamento de cinco fatores a serem cultivados:

Administração das Emoções – É não se desgastar gratuitamente. Isso ajuda a cultivar vínculos.

Controle dos Impulsos – É não exacerbar na intensidade das emoções.

Empatia e Otimismo – É agir entusiasmadamente, compreendendo as demais pessoas, ajuda melhorar o ambiente e a atrair pessoas que também pensam de forma positiva e contributiva.

A Auto Eficácia – É a convicção ou a crença que alguém tem de que resolverá seus próprios problemas por meio dos recursos que encontra em si mesmo e no ambiente.

Alcançar Pessoas - A pessoa tem que ser capaz de viabilizar a formação de fortes redes de apoio.

Ser resiliente é um excercício onde, antes de tudo precisa haver balance entre amor próprio e humildade...Tema legal esse não? E, Se Espirrar, Saúde!

Abbott compra Solvay Pharma

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/09/28/abbott-compra-divisao-de-farmaceuticos-da-belga-solvay-767808755.asp

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O grupo químico-farmacêutico belga Solvay anunciou hoje a venda do seu negócio farmacêutico aos Laboratórios Abbot, empresa norte-americana sediada em Illinois, por 5,2 mil milhões de euros (7,6 mil milhões dólares).

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Saúde à minha Equipe


Gerencio gente, trabalho delicado. Bem delicado. Estou falando de um sem número de sucetibilidades, cada um com suas circustâncias e bombinhas-relógios. Centenas de celulares se falando por dia, coisas boas e ruins acontecendo, gente se decepcionando com filhos, uma doença, o mundo se acabando, ou comemorando uma visita inesperada, uma herança, todo o dia é uma surpresa...E o meu trabalho lá, rolando (como se fosse possivel existir uma zona de fronteira...).

E no meio de tudo isso, tenho sempre a pretenção de que tudo é sabido e dominado e de que conheço e sei quem são e o que pensam as pessoas da minha equipe durante 24 horas do dia, afinal são meus colegas, minha equipe. Conheço nome dos filhos, das esposas, o que gostam, a música predileta. Tenho fotos do último Natal num restaurante, sei até a marca do vinho. Bobagem. Pura bobagem. A gente não tem a menor idéia de quanto impacta ou não na vida de outra pessoa, quanto um gesto ou uma palavra insuspeita tem seu preço - é a Empatia, moço, coisa de "lôco".

Segundo o Wikipédia, lá diz que Empatia é "espécie de inteligência emocional" e pode ser dividida em dois tipos: a cognitiva - relacionada à capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas; e a afetiva - relacionada à habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência alheia. Português simples: se pôr no sapato do outro, por uma fração de segundo que seja.

E em se tratando da equipe que você gerencia, o papo é outro, o buraco é mais embaixo. As vezes me pego com a cabeça nas núveis, achando que tenho tudo dominado, tudo planejado e que motivei todo mundo. Resultados ótimos, plano de ação, tudo na mão,...e basta uma pessoa da equipe te fazer uma pergunta mais franca que está sacramentado o silêncio – nuvem preta. É aquele “desmancha prazer”, que vem encomodar com detalhezinho bobo.

Só que muitas vezes é aquela pessoa que está trazendo franqueza à conversa. O único seguidor que temos de verdade só que não consigo enxergar por que a arrogância não sai da minha frente. É o fantasma da Empatia rondando - linda palavra, mas valor raro e caro. Quantas vezes tudo seria mais fácil se eu tivesse ouvido um pouco mais “o chato” e a todos “os chatos”, anjos da guarda com quem estou e estive ao longo dos anos. Poque tem momentos que alguém precisa fazer o papel do "chato", pô...trazer o cara pra terra. Alguém sempre fica com o serviço sujo.

Eles merecem essa “mea culpa” – e que continuem tendo muita paciência comigo, continuaremos aprendendo juntos! E, Se Espirrar, Saúde!

domingo, 20 de setembro de 2009

A Saúde e o Marketing de Serviços


Desenvolver ações e atitudes de mercado focadas na área da Saúde é e tem sido um grande desafio para os profissionais que nela atuam. Entra ano e sai ano, e o tema vai e vem, conforme a batuta legislativa. Regras novas, outras nem tanto assim, releituras. No frigir dos ovos, precisamos caminhar, olhar pra frente, tomar decisões ousadas e esse desafio passa por entender o paciente (ou doente) como um cliente especial. A doença é uma demanda e o pacote de Marketing precisa vender Saúde, certo? Em parte. Uma pessoa doente está emocional e psicologicamente alterada, debilitada e precisa do melhor atendimento possível, aquele colo nas horas certas. Recorrendo a um pouco de academicismo, podemos tentar traduzir a pirâmide de hierarquias de Maslow pela ótica da Saúde. Vamos ver?
1) Necessidades básicas – nutrição, preservação do sono, ambiente adequado para o repouso, regeneração física.
2) Segurança – proteção, auto-preservação (quem não gosta?).
3) Necessidades Sociais – atenção emocional e psicológica, afeto.
4) Estima – recuperação da auto-estima, do respeito e da confiança em si, nos outros, para os outros e através dos outros.
5) Auto-Realização – encontrar seu potencial e se auto-desenvolver.
Isso é pra lá de básico para se criar um bom pacote de atendimento e um administrador hospitalar ou um médico terão grandes chances de sucesso se considerá-los no momento de definir o tipo de atendimento a ser dado em seu consultório, clínica ou hospital. Normalmente mira-se o poder aquisitivo do paciente como referencial de demanda pra se ter um bom atendimento, mas talvez não seja o caso – o mundo está obviamente cada vez mais complexo e outras variáveis precisam ser vistas – hoje, pacientes tem muito mais acesso à boa ou má informação sobre doenças. A internet e suas redes de relacionamento são “a bola da vez” , organismos vivos influenciando gente o tempo todo, dando opinião, xeretando gavetas, mudando o canal da televisão e a rotina das pessoas, sem dó. Isso pode mesmo definir postura e atitude de um profissional de saúde ao atender seu paciente-cliente. Nós latinos ainda temos que lidar com aquela coisinha bem complexa e sombria para explicar, mais ou menos presente nos países pertinho daqui, dependendo do passivo cultural: a dita cultura do Assistencialismo. Pesquisando um pouco esse tema, ele diz respeito à atitude de prestar assistência a comunidades excluídas socialmente, sem a pretensão de tirá-las da condição de carência ou transformar essa realidade. “Excluídas?!” Penso, que exista aí uma confusão enorme no entendimento disso, opinião minha. Dependendo da posição de um grupo ou pessoa na hierarquia de Caro Professor Maslow, quando o assunto é saúde, médicos deveriam atender em super-clínicas quase de graça e medicamentos de excepcional qualidade deveriam ser entregues em casa sempre a preço de um envelope de Neosaldina. O grande leão de cada dia é repensar o atendimento, aprofundar o conhecimento sobre esse "cara" chamado cliente, parar de pensar em somente em preço e começar a discutir Valor de verdade, sério... . A partir disso, precisamos partir para a ação customizada, ação essa que coloque um sorriso de absoluta surpresa no olhar das pessoas, pois em saúde a decisão de compra do cliente também pesa (tanto ou mais quando para televisores ou varas de pesca). Isso certamente transformará o cenário de perspectivas para a área da Saúde em tempos de crise e para um futuro muito mais promissor. E Se Espirrar, Saúde! Não é assim?

Ministério da Saúde e secretaria questionam eficácia do Tamiflu


fonte: O Estado de São Paulo - 17/09/2009
AE/São Paulo - A eficácia do medicamento Tamiflu, usado para tratar pacientes com o vírus da Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, está sendo questionada. Um levantamento preliminar realizado com pacientes graves com suspeita ou confirmação de gripe suína no Rio Grande do Sul levou o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual a relativizarem a importância do oseltamivir (Tamiflu) no combate à doença. A pesquisa mostra que o número de mortes foi semelhante entre os doentes que receberam o remédio nas primeiras 48 horas, como recomenda a bula, e aqueles que receberam após esse período.De um total de 83 pacientes avaliados, 36,1% foram medicados com o Tamiflu nas primeiras 48 horas, 38,5% depois desse período e 25,3% não o receberam. No entanto, os dois primeiros grupos tiveram número semelhante de mortos: 12 e 14, respectivamente. Entre aqueles que não tomaram a droga houve apenas seis mortes. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Gerson Penna, os dados desfazem o mito em torno do remédio. “Só o que salva é a vacina”, afirmou durante evento sobre a nova gripe no sábado, em São Paulo. O secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, informou, em entrevista por telefone, que o estudo será ampliado e trará mais detalhes.A infectologista Nancy Bellei, do comitê de Influenza da Sociedade Brasileira de Infectologia, alerta, porém, para o pequeno número de casos avaliados, o que dificulta conclusões. A especialista destaca ainda que são necessários mais detalhes, como o estado e as características dos pacientes de cada grupo. “Em pacientes graves é possível que o antiviral não mude o curso da doença.”

sábado, 19 de setembro de 2009

Rir no escritório levanta ânimo e reforça liderança, indica pesquisa em sete países



fonte: Folha da Tarde - 18/09/2009
Caderno Ciência e Saúde -15:40hs

Rir no escritório levanta o ânimo dos colegas e potencializa o status do chefe, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira (18) pela escola de direção empresarial da Universidade Bocconi, de Milão.

De acordo com o estudo, realizado entre 1.860 funcionários de empresas da Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Rússia e Japão, 98% dos entrevistados reconheceram que lançam mão do humor no escritório e 99% afirmaram que apreciam o bom humor. Pesquisa com empresas de sete países, da escola de direção empresarial da Universidade Bocconi, indica importância do riso. A pesquisa se concentrou também nos efeitos, considerados muito positivos, do bom humor sobre a organização do trabalho e ressaltou que, segundo os entrevistados, rir no escritório levanta a moral do grupo, assim como sua coesão e motivação para conseguir os objetivos pré-fixados.

Além disso, os dados publicados mostram que a liderança é reforçada pelo bom humor e que as mulheres usam a ironia no posto de trabalho muito mais que no passado. Quanto ao que faz rir mais no local de trabalho, o estudo destacou que, em todos os países analisados, os empregados gostam dos jogos de palavras, e que na Itália é onde há mais ocorrências sobre sexo e religião e se usam mais palavrões e gestos físicos.

Ao contrário, na Alemanha, Reino Unido e sobretudo nos Estados Unidos, o sexo e a religião parecem ser considerados temas tabus pelos empregados, que ironizam muito sobre eles mesmos e brincam sobre as diferenças de hierarquia no trabalho.

O comportamento dos franceses se parece mais com o dos italianos, e inclusive com o dos russos, que, no entanto, riem menos por assuntos de sexo e mais por causa dos palavrões.
Os escritórios considerados pelo estudo como mais "tristes" são os do Japão, porque ali os funcionários evitam assuntos que suscitem hilaridade e só se divertiriam com os jogos de palavras, de maneira mais sutil.

domingo, 13 de setembro de 2009

Se Espirrar, Saúde


Assumi a bandeira da saúde. Não ria não, porque quem me conhece sabe como isso é complicado. Ví um pensamento dia desses e tive esta certeza: "Precisamos sofrer com uma destas duas dores: a dor da disciplina ou a dor do arrependimento." - Jim Rohn. Dá pra pensar um bocado, mas tem que agir (repetia eu o tempo todo). Ok, a idéia desse blog não é só falar de Saúde, mas TAMBÉM falar de coisas relacionadas com a saúde. Trabalho nessa área, isso assume dois terços dos meus dias, então é natural. Mas não é só isso, é bem mais que isso. Vou trazer temas que estejam vinculados ao mercado de Saúde e seus agregados - fatos e curiosodades que estão no nosso dia a dia, que veiculam displicentemente na imprensa (por exemplo) e que, acredito, precisam de um olhar mais atento (quanta pretensão). Vamos ver o que vem pela frente? Venha comigo? Daniel