sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011 - "Não Se Submeta..."

2010, um ano em paz comigo. Em legítima guerra com meu temperamento, a expectativa e minha inquietação quase infantil. E o melhor de tudo: sem arrependimentos nem mágoas. Fiz o que era pra fazer, cumpri um legado, fiquei “quites” com boas e más decisões do passado. Pra ter algum crédito, paguei as dívidas e durmo tranquilo. Se faço as pazes com a saúde, faço minha parte, mas não preciso pressa, nem foclore. É assim que deve ser um compromisso, é assim que ele se revela. Comigo mesmo, com os que amo e com minha caminhada. Sigo adiante, página virada. Um ótimo ano pra todos!
("Do It" - Lenine)
a letra está logo abaixo

“Se acredita, tenta
Se tá fora, entra
Se pediu, aguenta...

Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Não tá bom, melhora...

Se tá chato, agite
Se não tem, credite

Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance


Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre

Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Quer saber, apure

Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele

Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
Não se submeta..."
p.s - Amigo Eduardo Gaspar, obrigado pelo "insight"

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Inovar é pensar Coletivo (um caso Coca cola)

O Coletivo Coca-Cola é um projeto de inserção social e desenvolvimento sócio-econômico interessante. Há cerca de dois anos a Coca, em parceria com ONGs, instaurou unidades operacionais de ensino em comunidades carentes. Em aulas de capacitação de dois módulos, cada aluno paga R$ 50,00 pelo curso e adquire ali conhecimentos básicos sobre informática (módulo 1) e sobre o mercado, merchandising, estratégias (módulo 2). Após esse “banho de loja”, 30% do efetivo, em média, é encaminhado para a Coca-Cola ou parceiros, como primeiro emprego. Não houve propaganda do projeto – tudo boca a boca. Mas deu tão certo que em 2010 foram 30 unidades espalhadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Maceió.
Claro que por ser um produto caro, criar novos consumidores com “bala na agulha” também faz parte da iniciativa da Coca – além de socialmente correto, é uma excelente sacada de Marketing.  Então tá. Inovar também é gerar oportunidades de todos os lados. Se metade das empresas fizesse isso, tudo se transformaria. Tento passar longe de uma garrafa de Coca (é vero que nem sempre consigo), mas é inegável o mérito da idéia. Aliás, por falar em sacada de Marketing, comercial da Coca-Cola sempre foi sinal de Natal e Ano Novo. Um mais impressionante que o outro, veja abaixo este de 2006. Feliz Ano Novo pra Coca-Cola - é isso aí.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dia a dia dos Deputados e Senadores custará mais caro

Nico  Nocolaiewsky e Hique Gomes
Deputados e Senadores pagam mais
Isso mesmo. Imagine que, ao chegar numa loja qualquer, padaria, açougue, bar ou cinema, em sabendo que o cliente ali postado se trata de um "nobre" deputado ou senador, o preço do produto seria automaticamente remarcado em mais 73% (deputado federal) e 61% (senadores) respectivamente.  Tudo bem que a grande maioria das despesas dessa gente são jogadas nas nossas contas, mas certamente eles compram coisas que eventualmente não são lançadas em relatórios de despesas parlamentares. E aí..."pow", metemos a mão nesses bolsões enormes cobrando mais por produtos e serviços. 
Pois em Porto Alegre (Rio Grande do Sul/Brasil), os "nobres" parlamentares que quiserem assistir à temporada de verão da peça de teatro Tangos & Tragédias (Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky), terão que pagar mais caro pelo ingresso - foi criada uma nova modalidade de ingresso especialmente para esse público "VIP". Além do preço normal e da meia entrada para estudantes e idosos, agora existe o acréscimo, sob medida para deputados e senadores. Verdadeiro ou zombeteiro, o aviso está na bilheteria do Teatro São Pedro. Simplesmente fantástico. Uma lorota bem contada, vira folclore e, quem sabe, realidade...apoio a idéia. Já assisti Tangos & Tragédias, ao longo dos últimos 25 anos, umas 9 vezes. E pretendo rever mais algumas, mesmo não estando mais no sul há muitos anos. Não dá pra perder a chance de reciclar o riso com o "milenar" teatro-humor refinado de primeira linha.
fonte: Jornal Zero Hora 

Aedes aegypti - um mosquito e duas doenças

Aedes aegypti
agora, versão com duas doenças

O aedes aegypti - mosquito minúsculo, listrado que voa a baixa altitude, ficou famoso por uma enorme “contribuição social”: a Dengue.  Pois ele volta à carga, desta vez como transmissor da uma doença “nova”, a febre de Chikungunya (artritis epidémica chikungunya - abrev. CHIK). Tem os mesmos sintomas da Dengue e um adicional: dores fortes nas articulações. É uma infecção com risco de morte bem menor do que o da Dengue (cerca de 1%), mas afinal quem precisa de mais uma infecção? Mas está aí. Os três casos identificados no Brasil em agosto, setembro e outubro de 2010 foram de pessoas não contaminadas no país e sim na Indonésia e na Índia - segundo o Ministério da Saúde, o vírus não circula ainda pelas Américas. 
O governo já está em alerta e controle para a doença. O problema é que, como somos realmente péssimos na arte de encontrar e acabar com o mosquito, existe sim o risco real de uma epidemia de Chikungunya. Infelizmente, não dá pra duvidar até de uma promoção "casadinha" - pegue Dengue e leve a Chikungunya no pacote. Da mesma forma que a Dengue, o tratamento é sintomático e a única forma de prevenção continua sendo acabar com o transmissor.
fonte: Montes Claros.com & Revista Isto É  

sábado, 25 de dezembro de 2010

Rápidas de Natal 3 - Pense em quem você ama

Se você achar que a minha ladainha e longa demais, vá direto ao filme, ok? Mas VEJA O FILME. Vai dirigir neste e em outros Natais e Anos Novos? Não pense jamais em você, não precisa (até porque normalmente não funciona). Pense em quem você ama de verdade. Pense como seria o mundo pra essas pessoas se você, de repente, não estivesse mais aqui. Pense em como seria a vida delas. Eu já me fiz essa pergunta...logo depois de um acidente que poderia ter tido um outro final. Por motivos inexplicáveis, ainda estou aqui.
Em 1989, a TAC (Transport Accident Comission), pra a comemorar seu vigésimo aniversário, lançou uma campanha para agredir, chocar mesmo. Concluiu que campanhas educadas feitas para concientizar não mobilizavam ninguém e os índices de acidentes na Inglaterra continuavam subindo. O comercial é uma copilação cinematográfica impressionante e fala por si. O resultado? A TAC pesquisou e identificou redução de 40% no consumo de álcool e drogas nos dias em que o comercial foi veiculado.
Mas passaram-se 20 anos e parece que pouca coisa mudou. São cerca de 40 mil pessoas morrendo por ano em acidentes de trânsito no Brasil. É mais que uma guerra das boas e sem nenhum motivo que não seja a irracionalidade e a satisfação do ego. Tinha que mostrar isso nas escolas, exibir centenas de vezes, mandar pros amigos mais afoitos, passar em horário nobre. E a música do R.E.M é o requinte de perfeita crueldade que faltava ao realismo. 

Desejo que nesse Natal e Ano Novo você deixe a direção pra quem NÃO BEBE NEM CHEIRA. Sem essa de "vá com calma". A TAC tem razão - "ir com calma" não adianta nada...
fonte: Blog jornalista Mário Marcus - RBS, TAC website e youtube

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Rápidas de Natal 2

Recebi de um amigo o arquivo abaixo. Vida real. E se Jesus nascesse nos dias de hoje, como ia ser? Fantástico, veja e comprove. E mais votos de um Natal cheio de reflexões, de luz e boas vibrações!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Timothy Ray Brown - O homem que se curou da AIDS

Thimoty Ray Brown - sem sinais do HIV

Para que possa passar de célula pra célula, o vírus do HIV utiliza uma “ponte”, o receptor CCR5. Com ele, o vírus se “encaixa” nos linfócitos CD4+, células de defesa do organismo e que são dizimadas pelo HIV. Porém existe uma parcela de 1% da população que não tem esse receptor. Nestes pacientes, o vírus não consegue se multiplicar, ou seja estamos falando de pessoas resistentes ao vírus HIV. Pois Timothy Ray Brown, americano de 44 anos, soropositivo e leucêmico, fez um transplante de medula em 2007, onde recebeu células-tronco de um doador resistente. A medula nova começou a produzir células que repeliram o vírus HIV e assim, Timothy está imune à doença há mais de três anos.  
O fato é conhecido no meio científico e a afirmação de que foi encontrada uma cura para a AIDs ainda é vista com muita dúvida, cautela e ceticismo – temor justificável, por três motivos: 
1) Um estudo com um paciente não é absolutamente conclusivo. 
2) Trata-se de uma parcela ínfima de possíveis doadores, menos de 1%. 
3) Um transplante de medula não é como uma cirurgia de apêndice ou de varizes – os riscos são enormes.
Mas toda vez que um passo como este é dado, aponta um caminho a ser seguido e com fortes chances de chegar a algum lugar na luta para nocautear o HIV – ao menos por hora, esse caminho tem um nome: células-tronco.
Fonte: folha online, veja.com e correio do estado 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Rápidas de NATAL

Final de mais um ano. Lutas, transformações, expectativas, tropeços, algumas angústias (quem não as tem?), muito aprendizado, sempre. Mas, acima de tudo, a certeza de que fizemos o melhor e a satisfação de mais uma etapa cumprida. 
Deixo aqui um agradecimento muito especial às pessoas que passaram pelo blog, os mails recebidos, comentários, mensagens, contribuições das mais variadas - de textos a mensagens de motivação, recomendações, críticas. Desejo a todos também um Natal de muita luz e um 2011 energético e que nossa caminhada continue sempre veloz e firme. Obrigado a todos e que Papai Noel nos traga...Saúde! (by Daniel)
by Menphysto
by Diemer
by J. Bosco

Eurofarma compra laboratório chileno

Confirmada hoje a compra pela Eurofarma (um dos gigantes do setor farmacêutico no Brasil) do laboratório chileno Volta, como parte do plano de expansão no mercado Latino Americano – objetivo anunciado é cobrir 90% desse mercado até 2015. A empresa já avalia aquisições na Colômbia, México e Venezuela. Em 2009, a Eurofarma comprou 95% do controle do laboratório farmacêutico argentino Quesada e já em 2010, adquiriu 90% do laboratório uruguaio Gautier. Com estes movimentos, já atingiu 56% de sua abrangência na America Latina.
Fundada em 1972, a empresa termina 2010 com um faturamento estimando de 1,4 bilhão de reais, com crescimento de 13% sobre o ano anterior. Recentemente, a empresa adquiriu o laboratório Segmenta, forte em soros hospitalares, o que deve garantir um crescimento de mais de 30% em 2011. Segundo o IMS Health (auditoria do mercado farmacêutico), a Eurofarma ocupa atualmente a 4ª posição no Brasil.
fonte: Saúdebusiness web & Valor Online

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Hypermarcas anuncia compra da Mantecorp

Hypermarcas - o portfólio total não caberia nesta foto

A Hypermarcas anunciou nesta segunda-feira a compra de 100% das ações da Mantecorp, em um negócio avaliado em R$ 2,5 bilhões. A Mantecorp tem faturamento de R$ 600 milhões por ano. O pagamento do montante de R$ 2,5 bilhões se dará em R$ 600 milhões à vista e R$ 1,9 bilhão em emissão de novas ações da Hypermarcas, transformando a Mantecorp em subsidiária integral da empresa.
Aquisições de outras companhias estavam na pauta dos investidores da Hypermarcas, que realizou seu IPO em abril de 2008 e conta com R$ 4 bilhões investidos em novos ativos em 2010. Após a conclusão do negócio, o segmento de medicamentos, saúde e bem-estar, beleza e higiene pessoal passarão a responder por cerca de 90% do faturamento total da Hypermarcas.
Com a aquisição, a companhia agrega a seu rol de medicamentos o antigripal Coristina D, o antialérgico Polaramine, além do antipirético Alivium, e deve aumentar sua participação no mercado de medicamentos isentos de prescrição (OTC) para 15%, segundo a empresa. Além disso, a compra da Mantecorp marca a entrada da Hypermarcas no segmento de dermocosméticos.
fonte: Radar UOL, matéria na íntegra.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Karaokê (em português, algo como “orquestra vazia”)

Daisuke Inoue pôs o mundo pra cantar

Por um único momento, de microfone na mão, todo mundo é Sinatra, Madonna, Frank Aguiar. Microfones tem poderes, faz de um ninguém rapidamente o centro das atenções.  É também a arte da camaradagem, literalmente. Não precisa cantar bem pra te aplaudirem – quem tem amigo nunca desafina e pra pontuar alto, é só não sair da trilha. Não se sabe ao certo o porque (na web, não encontrei nada sobre isso), mas é consenso que “gritar” a música ajuda na pontuação.
Daisuke Inoue, inventor e negociante de Osaka (Japão) começou tudo nos anos 70. Queria criar um jeito de as pessoas cantarem sem a necessidade de um conjunto ao vivo. Resolveu gravar umas fitas e alugar para bares. Não patenteou, por isso não ganhou quase nada com a explosão do karaokê pelo mundo a partir dos anos 80, mas virou referência no assunto e por isso, fatura com a fama como pode - inventou até um inseticida “mata baratas” para equipamentos de karaokê – no Japão, diferente do que acontece no Brasil  (onde o karaokê é cantado em festa de família) o pessoal canta em bares, nos happy hours. Pra ter um inseticida pra karaokê, imagino como devem ser alguns desses bares. Inoue ganhou um prêmio em 2004, o “Ig Noble Prize” (algo como “Prêmio pouco nobre”), uma gozação séria sobre o Prêmio Nobel, que acontece todo outubro na Universidade de Harvard (USA). Segundo o juri, Inoue criou um novo caminho para que as pessoas aprendessem a tolerância e o respeito. Nem sempre tem sido assim – em Manila, nas Filipinas, as casas de karaokê tiraram May Way (Frank Sinatra) do cardápio. Seis “cantores” foram literalmente massacrados a bala em 2010 por desafinarem na hora daquele estrondoso and did it myyyyyy waaay!!!”, fenômeno conhecido como “mortes My Way” – lá, onde o karaokê é um vício pior do que no Japão e onde o povo gosta de dar tiro, a tolerância é zero.
Roberto Casanova - o "Pelé" da música japonesa
No Japão (e na Ásia toda) o karaokê é pra eles como a TV é para os brasileiros.  Disputado em mega-concursos, tem até seus ídolos.  Por sinal, num dos mais disputados (com 80 mil inscritos em 2010), quem levou a melhor na final especialmente transmitida pela rede japonesa NHK foi justamente um brasileiro: Roberto Casanova. Roberto é conhecido como o Pelé da Música Japonesa. Segundo ele, quando solta a voz, a reação dos japoneses é sempre a mesma: “como pode um brasileiro, negro e que não fala japonês cantar desse jeito?”. 
fonte: revista Piauí, TIME Asia e Wikipedia

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Natal 2010 - gestos de doação são deste mundo?

Cirurgiões da Alegria
Não sei se um sorriso cura de fato. Soa meio piegas, alegórico, parece uma metáfora batida de desesperança disfarçada, aquela coisa da Polyanna, que eu já tinha mencionado aqui. Aliás, esses dias recebi um mail gaiato, perguntando se eu estava de brincadeira ou tinha mesmo lido Polyanna – li sim e não me arrependo. Me dou conta que desde sempre era dado a experimentar livros. Não é lá grande coisa mas não perdi a viagem, longe disso. Voltando o raciocínio: mais do que curar, um gesto de doação é pra desconcertar. E foi desconcertante pra mim, chegando na portaria do hospital, encontrar o palhaço Cirurgião Gaguelho, de violão em punho, sapatão vermelho, sorriso de orelha a orelha, pronto pro “front” - o “front” dele é bem diferente do meu e provavelmente do seu também. Ele faz parte da troupe “Cirurgiões da Alegria”. É um artista, como tantos artistas brasileiros que passam de hospital em hospital oferecendo diversão para pessoas debilitadas, algumas sem muita expectativa, velhos, crianças, gente de todo o tipo. Onde um olhar vire um sorriso, está valendo. Os “Doutores da Alegria” (a troupe que começou tudo no Brasil) classifica a “besteirologia” como não tendo contra-indicações e “deve ser aplicada diariamente até que o paciente não saiba mais como ficar triste. É remédio para a vida toda”. Conheço tantos médicos que nem sequer são capazes de disfarçar a própria desesperança para lidar com um paciente de forma mais abnegada (ok, o inverso também é verdadeiro - conheço outros que, junto ao paciente, são pura sabedoria e charme). A doação precisa fazer parte da anamnese.
Gente que se doa desta forma me deixa pequeno e roxo de raiva. Me sinto infame com meus pensamentos negativos, o calculismo exagerado, o ceticismo protetor. Naquela manhã de sol, parecia decidido no meu passo firme e embrutecido. Nada disso. Foi só tropeçar no Gaguelho pra entender tudo errado (ou tudo certo?) – pessoas ali dentro daquele hospital dão menos valor a essas bobagens de rotina cotidiana e mais valor a vida, quem sou eu pra duvidar deles? Ok, não estou preparado pra tanta doação, terei que aprender um bocado, mas tudo tem um início. Esse ano serei Papai Noel pela primeira vez e vou treinar bem o “Rôu, rôu, rôu!!!”  pra não fazer feio. Chega a ser simplório, comparado a esses guerreiros da alegria, mas é meu humilde começo. Feliz Natal a todos e meu carinho especial a quem tem o dom de provocar sorrisos espontâneos em gente que não necessariamente teria motivos pra rir. “Rôu, rôu, rôu!!!”

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vinicius Berbel - futuro do Squash é hoje

No final de novembro de 2010, o Jornal de Jundíaí (com tiragem de cerca de 20.000 exemplares no Interior do estado de São Paulo) publicou a matéria abaixo sobre o novo campeão-mirim, o Vinícius Berbel (Berbelzinho).  Ler essa matéria é uma ótima maneira de fecharmos o assunto Squash aqui no blog para 2010. Quem acompanha a evolução do Berbelzinho, sem duvida, vai concordar que se trata de uma ótima perspectiva para o Squash brasileiro. Em 2011 o "Se Espirrar, Saúde!" continua contigo Berbelzinho!
fonte: Jornal de Jundiai, matéria na íntegra.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ESTEATOSE HEPÁTICA - um palavrão

Tem certas expressões que, por si só, soam terminais. Quer ver? ESTEATOSE HEPÁTICA. Que palavrinha mais póstuma. Não mata, mas só de ouvir, o sujeito já morreu. Isso porque "HEPÁTICA" já apavora, é uma credencial de que algo não vai bem. Não que o fígado seja sinônimo de coisa ruim, pelo contrário. É uma usina metabólica de respeito que se regenera com absurda perfeição no caso de uma agressão. Mas falou em “não sei o que” hepática, assusta, afinal toda lesão de fígado é grave, nesse terreno não existe “mais ou menos grave”.  E as conotações são as piores possíveis: ou tem hepatite severa ou é alcoolista. O sufixo “ose” (ou osis em latim) carrega o fardo das doenças, aquilo que não tem cura, tem “ose” pra tudo.
A Esteatose é o acúmulo de gordura (triglicérides) nas células do fígado (hepatósito) - detalhe: esse é um processo natural, uma forma do corpo estocar energia. Anormal é o excesso desse "estoque" (acima de 10% de gordura acumulada) e é mais comum do que se pensa. As causas: obesidade, alto consumo de bebidas alcoólicas ou diabete miellitus desconpensado - existem outras causas, mas estas são as mais comuns. A prevalência na população em geral é de 10 a 24%, mas esse percentual se altera quando falamos na população de gordinhos. Como o fígado tem um papel extremamente importante no processo metabólico, seu funcionamento anormal pode influenciar diretamente no comportamento nutricional do indivíduo. Se pode evoluir pra uma cirrose? Pode sim, se nada de efetivo for feito pela pessoa.
Mas dá pra reverter tratando a causa – quem for diagnosticado pelo médico com quadro de Esteatose, precisa perder peso e se movimentar, além de fazer mudanças importantes na alimentação. Muita gente tem Esteatose e não sabe. Vale o reforço que sempre dou: faça seus exames periódicos, ao primeiro sinal de dor abdominal (sintoma mais comum na esteatose), procure um médico. Mas convenhamos. Essa palavrinha assusta. E como assusta.
fonte: Hepcentro Hepatologia Médica  , Doutor, me explica? e MD Saúde

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Vida (ainda que não tão longa), ao Tuvalu!

TUVALU - esse paraíso vai desaparecer

TUVALU. Um conjunto de nove pequenas ilhotas no meio do oceano, há 1000km das Ilhas Fiji. Pra facilitar a localização, veja no mapa, próximo da Austrália. É um dos menores países do mundo, com 26km² e cerca de 10 mil habitantes, a maioria constituída de pescadores e agricultores. Em 2000, o TUVALU comprou seu ingresso na ONU, com o dinheiro arrecadado na negociação pela exclusividade em explorar o domínio “.TV” na web (administrado pela amerciana VeriSign).  Quem não sonha em ter um domínio desses pra explorar? Pois além de vender licenças de pesca para Taiwan e selos para colecionadores, essa é a outra principal (e gorda) fonte de receita para daquele país.  
Pequenos tuvalunaos
Nas Olimpíadas de Pequim (2008), TUVALU levou 3 atletas: duas corredoras e um alterofilista, sendo uma das menores delegações presentes – apesar do alto astral do trio (na verdade, com o técnico e com o "Secretário de Esportes" do país, eram 5 pessoas), não faturaram nenhuma medalha. A ONU estima que o TUVALU vai virar uma “Atlântida” dos tempos modernos. Como a maiorias das ilhotas fica, no máximo a 7 metros do nível do mar, com o aumento gradativo do nível dos Oceanos, não se discute “se” o país vai desaparecer, mas “quando”. Os habitantes teriam que ser transferidos para a Nova Zelândia, há cerca de 900km, das ilhas. Por isso, quem quiser se aventurar, é bom correr antes que não dê mais tempo de conhecer. O país tem um pequeno aeroporto e o acesso se dá apenas pelas ilhas Fiji, que por si só já é um paraíso quase inatingível. Quem faz o vôo é um avião Brasília da AirFiji Airlines, três vezes por semana.
Porque resolvi mostrar TUVALU aqui no blog? Examinando os números do “Se Espirrar, Saúde!”, encontrei um 1 endereço “IP” do Tuvalu. Tem gente lendo a gente no TUVALU! Lá se fala inglês, além do tuvaluano, o que não quer dizer muita coisa, pois o blog não tem versão em inglês (muito menos em tuvaluano). Logo, mando um abraço a quem, de alguma forma e por algum motivo, está tão longe e tão perto, seja um tuvaluano ou não. Saúde a TUVALU!
fontes: terra turismo, tuvalu website, wikipedia.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O mundo "entre aspas" 13

Fernando Sabino
"No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim." (Fernando Sabino)


"Ninguém vai pensar que eu ando tão no eixo, pois sou incapaz de ter um sonho idiota" (Tom Zé)


"A verdadeira riqueza não consiste em ter grandes posses, mas em ter poucas necessidades." (Epicuro)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Antibióticos no balcão da farmácia – será que agora vai?

Desde o dia 28 de novembro de 2010, comprar um antibiótico num balcão de farmácia no Brasil sem a receita médica ficou mais difícil. A venda desse tipo de remédio sem a apresentação da receita sempre foi proibida pela ANVISA, mas na prática isso sempre foi mais uma História da Dona Carochinha. Pois a partir da nova resolução, temos que apresentar duas vias da receita, sendo que uma vai ficar retida na farmácia para efeito de fiscalização – antibióticos passam a ser tratados como se fossem medicamentos “tarja preta” - designação dada aos psicotrópicos, com ampla restrição de venda. Vai funcionar? Essa semana, passei por três farmácias “tentando comprar” um Clavulin BD e obtive 3 respostas parecidas com: “o Senhor precisa da cópia da receita, senão não posso lhe vender”. Muito bom ouvir isso, tomara que assim seja, pois dá aquela sensação de um pouco mais de ordem (ainda que passageira) com temas importantes e medicamento é um deles. Foi uma decisão acertada da ANVISA, pra compensar a “bola fora” com os medicamentos isentos de prescrição, proibidos de ficar em gôndolas de farmácias ao alcance do consumidor – como se proibir o acesso a um remédio pra dor de cabeça fosse diminuir abusos cometidos pelo próprio usuário (qual é, dá um tempo!).
No caso dos antibióticos, a receita deve ser bem legível, caprichada, com validade máxima de dez dias. E vai ter que respeitar o seguintes itens: Nome em destaque do medicamento ou da substância (conforme a Denominação Comum Brasileira - DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade e posologia, nome completo do paciente, nome do médico, registro profissional, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo), identificação de quem comprou o remédio, com nome, RG, endereço e telefone, data de emissão.No verso da receita, a farmácia deve anotar a data, quantidade e número do lote do remédio.
Quem já lidou com médicos e farmácias, entende como a rotina desse pessoal funciona. A listinha de recomendações não é pequena, todo mundo vai ter que ter um pouco mais de zelo com o que faz, médicos, balconistas e o próprio consumidor. Sem orientação decente e ostensiva pra que receitas de antibióticos estejam “nos conformes” da lei, vai ser outra “História da Dona Carochinha”. É pagar pra ver.

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Pai, o que é um Gay?"

Ouvi esta pergunta "em off”, por sobre meu ombro, enquanto enfiava a cara nas notícias do dia. Do perguntador, só via o cabelo em pé escondido atrás do encosto do sofá, num mar de carrinhos. Nessa hora, ganhar tempo é precioso, experiência é o que conta. Devolvi no ato, como quem não quer nada: “-Onde tu ouviste essa palavra?”. “-O Beto, meu colega, vive chamando todo mundo de gay. Disse que é o homem que gosta de beijar homem, arrgh! Pai, isso é verdade?”.  Essa minha mania de querer ganhar tempo – o assunto complicou, resolvi ir por partes.
aprendendo sobre as diferenças
Esperava ser colocado, um dia, no canto da parede por uma pergunta destas. Esse dia ia chegar de qualquer jeito - filhos crescem. Então é besteira querer se preparar pra isso – na hora “H”, a matéria prima ao alcance das mãos é o que você realmente acredita e aí, a máscara cai. Evoquei o mundo como um lugar cheio de pessoas diferentes, ninguém é igual a ninguém. E que as diferenças fazem parte da vida. Enquanto falava, fui “tirando a febre”, pelas reações daquele par de olhos pretos, atentos, me testando em cada palavra. Dei exemplos de animais, de plantas, diferentes idiomas. E que entre as pessoas, funciona do mesmo jeito. Que fisicamente, embora os seres humanos sejam homens e mulheres, o corpo escondia outras diferenças: existem homens que gostam de homens e mulheres que gostam de mulheres e que esta é mais uma das diferenças criadas pela mãe natureza. Pedi que ele me desse exemplos de seres diferentes. Achei graça quando mencionou japoneses. “-Pai o japonês é diferente, porque tem olhos puxados e mora no Japão, mas aqui também tem japonês”. "-Isso mesmo filho." “-E esse negócio de homem beijar homem?”.
“-Cara, as pessoas se beijam quando querem demonstrar carinho, não é? Beijar não é feio, quando é feito com carinho, pelas razões certas. E todo o motivo certo tem também o momento e o lugar certo. Um casal dando aquele beijão tipo desentupidor de pia, no meio da rua ou em novelas, não é exatamente bonito. E aí, não importa se é homem ou mulher, concorda filho?". “-Verdade, pai.” Vi que tinha achado um bom caminho e tomei mais coragem: “-Esse teu amigo infelizmente não teve a chance de ter essa conversa que estamos tendo. Ele está usando a palavra “gay” pra agredir os outros colegas e isso não é certo. Poderia ser outra palavra qualquer, de todo o modo, não é certo querer agredir os colegas gratuitamente, concorda?" Parei ali, quando percebi que os carrinhos já estavam mais interessantes que a minha prosa.
Educar não tem fórmula e não é pra ter, vai depender do que acreditamos e praticamos. É claro que essa conversa ainda vai voltar, porque eles não se contentam com pouco e estão certos – a próxima conversa vai ser sobre “preconceito” e vou estar o mais bem preparado possível. Aprendi com um amigo e guru, Sr. Osvaldo Munhoz: “Na hora do instinto, a pessoa reproduz a atitude que ela mais sabe e sempre praticou”. É assim com os filhos e é assim na vida. Quem sou eu pra contrariar?
fontes: Mente e Cérebro - notícias & Wikipedia

sábado, 4 de dezembro de 2010

No fim de tudo, quero ser Kevin Costner

Kevin Costner - Baurú/SP (Brasil)
O tempo passa pra todo mundo...
Na cidade de Baurú, distante 330km da cidade de São Paulo (Brasil), um “Guarda Costas” parou o Festival SP Onlive  (novembro 2010) – Kevin Costner e sua banda, a Modern West. No final das contas, o que interessa é chegar na reta final fazendo aquilo que dá prazer. Assistia a uns lances desse Show, quando me ocorreu que não tem a menor graça ficar com a mocinha só no final do “filme” - aproveitar a vida é pra hoje. 
Belíssima a forma como as 35 mil pessoas que estavam em Baurú na noite do Show receberam o ator-cantor simpático, bonachão e cujo desleixo dos anos não lembrava em nada o par da Whitney Houston.  Kevin Costner já teve no topo e no chão, fez de tudo. Foi estrelado com Oscar e alvejado com vários “Framboesa de Ouro” (prêmio de pior ator). Foi galã e tirano, fracassado sucessivas vezes. Chega um momento em que o saco enche. Se tocar uns folks e rocks alegres na guitarra e ser ovacionado pelo público daquele jeito for o reflexo desse momento, um dia, quero ser Kevin Costner.
Abaixo uma versão bem despretensiosa de “Mr.Tambourine Man” (Bob Dilan) – com vocês, Kavin Costner e a sua Modern West.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Low cost, low fare, low respect!

Pense rápido: fila em aeroporto, mas não a de embarque. Se fosse só esta, não seria de todo ruim – se tem fila é porque vai ter embarque – então, sorria. Mas a fila do tal do “check in”, essa é perversa. Você está lá esperando, sofrendo, mas nada garante que você vai embarcar. Desde que voar perdeu a graça e a elegância, o tal do low cost-low fare jogou no ralo o nível de serviço. Não, serviço não – o respeito. Bizarro mesmo é ter gente achando que a tal de Ryanair é o bicho, poque atira passagens a 6 euros como quem atira milho pra pombo. E quer carregar gente em pé e cobrar pelo banheiro - me poupe.
Meu cunhado comprou um terreno. Um dia, descobriu que o mesmo terreno tinha sido vendido a ele e a outra pessoa ao mesmo tempo. Qual a diferença disso pra um “overbooking”?  É desrespeitar a Física? Não. É abuso, é crime. Ok, aquele hábito antigo de bloquear duas reservas pra ver qual se confirmava primeiro acabou estimulando essa deformação - em parte, culpa nossa, mas isso é passado. Hoje, com tudo integrado via web, não tem mais choro nem vela. Fato novo: Dona TAM vai ter que repensar atitude. A ANAC (Agência nacional de Aviação Civil) cortou a cabeça e mostrou em sinal de aviso. Atrasou ou cortou vôo, castigo. Clima, estrutura de aeroportos, tudo isso é sempre a justificativa, mas a cultura de que “no final das contas quem fica no chão é o cliente”, essa tem que parar. “O órgão mais sensível do homem é o bolso” – nada de novo aqui. Sem poder vender passagem até 03 de dezembro, a TAM lidera a queda das ações na BOVESPA. E hoje comunica que os vôos estão rigorosamente normalizados - precisava isso? 
Discordo com aquele "speech" debochado que sempre vêm logo após o pouso “sabemos que a escolha da companhia é uma opção do cliente” – mentira. Ainda é “falta de opção”. Mas a atitude da ANAC me encheu de esperança quanto ao final do ano. Passageiro no chão, esperança no ar. Ao menos isso.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tragicomédia da Economia - Por Joelmir Beting


BRIC PODE MUDAR PARA BRICA OU BRIICA
Dois países emergentes querem entrar no grupo que não existe, é só uma sigla. Mas uma sigla de respeito. Um deles é a África do Sul, que pede para ser incluída por ter a 31ª maior economia do mundo, o que equivale a uns 25% da menor economia do grupo, a Rússia.  O Bric passaria a ser Brica. Ou Briica, se for aceita a Indonésia, cuja economia está crescendo rapidamente, destacando-se entre outros emergentes. 
Bric é um acrônimo criado em 2001 pelo economista J.O'Neill, do Goldman Sachs e engloba Brasil, Rússia, Índia e China. O'Neill não aceita novos nomes, noticiam as agências internacionais. 

domingo, 28 de novembro de 2010

RJ - Guerra com torcida de Copa do Mundo

Jornalistas acuados na Invasão da Polícia ao 
Complexo do Alemão - Rio de Janeiro/Brasil

Num restaurante do aeroporto de São Paulo, uma tela de LCD reunia umas 30 pessoas. Só se vê isso em final de Copa. Gente tensa, meio que torcendo, atenção redobrada ao vídeo. Não era futebol, era o momento em que polícia civil, polícia militar e exército (chamadas Forças de Segurança) começavam a entrada no Morro do Alemão, no RJ. Pra quem não sabe, o Morro do Alemão é um complexo de 13 favelas (Slums) localizadas na cidade do Rio de Janeiro (Brasil).  Nessa região do Rio de Janeiro existem mais de 100 mil pessoas numa área de 3 km². E muitos bandidos e quadrilhas que comandam ações criminosas na cidade se concentram nessa região. O que acontece hoje e sempre no Rio de Janeiro, não pode ser comparado a uma Colômbia, mas é um bom referencial. A integração das forças de segurança, uso de carros blindados, a coordenação direta de uma operação de guerra por parte do Comandante Geral da Polícia Militar (Coronel Mário Sérgio de Brito Duarte) e até o uso de Polícia Florestal pra que não exista evasão de bandidos por região de matas, são novidades pro Rio de Janeiro e para o Brasil – demonstração de força por parte do governo é novidade – contraria a cultura histórica da leniência. “Cada casa da região será minuciosamente revistada”, diz o Coronel Mário Sérgio em entrevista à imprensa.
Algo novo contra o crime organizado está acontecendo por aqui. E o brasileiro faz o que sempre soube fazer - torce pelo seu time do coração, nesse caso, forças policiais. Na verdade, essa é a última chance pra que Forças Políciais façam as pazes com a população. Polícia no Brasil tem sido sinônimo de despreparo e também de corrupção no caso do Rio de Janeiro. A cobertura intensiva da imprensa brasileira ao que acontece no Rio de Janeiro lembra a CNN cobrindo a guerra no Afeganistão. Mas guerra no Brasil tem seu charme - apesar do ambiente tenso, nunca foi tão intensa também a atenção da polícia com informação aos jornalistas. Entrevistar policiais em ação em pleno "pitstop" de batalha é novidade também. Só se via jornalista de colete à prova de balas cobrindo guerras pelo mundo, não aqui – tão longe e tão perto... o jornalista da Agência Reuters, Paulo Whitaker, foi atingido por estilhaços essa semana. Se a vida vai ficar melhor no Rio de Janeiro é cedo pra dizer. É certo que nada mais vai ser como antes. A palavra de ordem é "batalhão" - seja de policiais, de jornalistas, de pessoas denunciando. Outras grandes cidades pelo mundo já comprovaram que sociedade organizada em batalhões faz milagres. 


O Rio foi minha casa por 6 anos. Tenho uma relação de amor e desesperança com a cidade, mas isso pode mudar - o povo do Rio de Janeiro merece dias bem melhores. Por mais que gente corrupta esteja entre nós, tráfico, venda de drogas e crime organizado só interessa mesmo a quem deles participa
fonte: Globo.com e Estadao on line

sábado, 27 de novembro de 2010

Prontuário Eletrônico - "Mostre a sua Língua"

Um dia você acorda com manchas vermelhas enormes na pele, algum tipo de alergia. Você entra na web e acessa a agenda do seu médico. Checa horários e escolhe aquele que convém. Quando clica no seu nome, você encontra lá todas as informações sobre sua saúde – diagnósticos, exames, medicamentos, tratamentos, eventuais cirurgias e procedimentos realizados, tudo vinculado aos médicos, hospitais ou clínicas por onde você tem passado e em ordem cronológica. Você chega no seu médico e, ao iniciar a conversa, ele já consultou o mesmo cadastro e está pronto para fazer a anamnese. Você vai falando o que sente e ele vai vinculando mais informações sobre você aos seus sintomas.
Qualquer médico, laboratório ou serviço de saúde que você use deveria poder acessar informações suas, minhas, de qualquer pessoa, desde que autorizado e por uma razão específica: medicina preventiva é medicina estratégica e nesse campo, a existência de um prontuário único com informações sobre pacientes é um avanço necessário em boas práticas de saúde pública – só que já estamos atrasados. Um paciente é atendido ao longo da vida por inúmeros profissionais – desde enfermeiros até fisioterapeutas ou psicólogos. E passa também por diversos exames em diferentes locais, tomando diversos tipos de medicamentos – e só ele é capaz de responder a pergunta “O que você está sentindo?”, ninguém mais. Seguir esse rastro de forma organizada significa mais efetividade em achar os problemas e partir pra solução. A tomada de decisão não fica restrita à habilidade do médico em fazer escolhas. Ele vai ter mais suporte, pra avaliar riscos e oportunidades de conduta. Sob o aspecto legal, estas informações podem ajudar no registro histórico dos procedimentos, o que dá mais segurança ao paciente e também ao médico.
No mundo, tem gente olhando pra isso - A HIMSS é uma organização não governamental americana que se dedica a reunir informações e pessoas em torno de possíveis soluções na área da Saúde. Uma das comissões que possui é a Global Enterprise Task Force (GETF) que existe com a finalidade de estimular à implementação de prontuários eletrônicos ao redor do mundo. Os obstáculos são os mais diversos, conforme o país. Segundo declarações de Steve Arnold (Presidente da GETF), as dificuldades mais comuns são: tecnologia adequada, financiamento, padronização de procedimentos, intercâmbio de sistemas (para que se conversem) e infraestrutura de telecomunicações.
Um dos pilares da gigantesca reforma da Saúde americana é justamente um braço digital, focado em EHR (Electronic Health Records). Em março de 2010, o Congresso americano aprovou a execução do projeto ARRA 2009 (American Recovery and Reinvestment Act) com um aporte de 20 bilhões de dólares. O projeto consiste na adoção de ferramentas de registro de pacientes, com direito a plano de incentivos para os médicos que se cadastrarem de 2011 até 2015. Enquanto estudava para este artigo, meu pai olhou por sobre o óculos e sentenciou: “- Pra um projeto destes virar alguma coisa em 5 anos, precisa atuação forte das empresas de Planos de Saúde, que detém mais de 50% das “vidas” desse país. Se o governo se meter a gerenciar isso, esquece – serão 20 anos além dos 20 bilhões.” – sábio esse meu pai.  
Prefiro acreditar que um projeto com essa magnitude possa, nem que seja por inércia (na pior das hipóteses), repercutir por aqui. Quem sabe não demore tanto pra que mais informações possam ser dadas ao meu médico, muito mais rápido do que ele possa dizer “deixa eu ver sua língua”.    
Fonte: Health Care Brazil website.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Queria ser um Beatlemaníaco - parte II

Beatles Machine
The Beatles impecável

Bandas cover são sempre autênticas. É simples: ou desempenha bem o papel, ou vira uma colagem mal feita. E covers dos Beatles me fascinam – ver um cover dos Beatles é como estar em “transe”, pelo preciosismo na busca da mesma sonoridade, as pausas, os trejeitos, até os mesmos erros – é um trabalho de autêntico detalhe. Existe muita verdade nisso, pois é resultado de muita dedicação e adoração mesmo. Em junho de 2010, tive o privilégio de assistir à banda curitibana Beatles Machine, do meu amigo Dr. Alfreli Arruda e tudo isso estava lá, impecável, irretocável.
Histórias de beatlemaníacos...Paul tocou a bateria na gravação original do rockão Back in U.S.S.R. (Álbum Branco – 1968), performance impecável. Quando, mais tarde, um jornalista perguntou a John Lennon se Ringo era o melhor baterista do Rock, John disparou: “Ele não é nem o melhor baterista dos Beatles”.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Queria ser um Beatlemaníaco

Beatles cruzando a Abbey Road
Capa de um dos últimos álbuns da Banda

Um “beatlemaníaco” daqueles messiânicos cantarola as letras e tem todos os CDs (os originais e os masterizados). Vai passear em Londres, atravessa a Abbey Road e, se for um com ISO 9000 mesmo, sabe histórias sobre os fab fours, distinguindo as verdadeiras das folclóricas. Não só não sou “beatlemaníaco”, como acho que não fico nem no 2º escalão. Se fosse, saberia tocar pelo menos umas 5 músicas na viola, mas nem isso. Estive em Londres e não fui na Abbey Road (lembrei dela no último dia, indo pro aeroporto) – que vergonha. Se tivesse que prestar um ENEM só sobre Beatles, provavelmente teria problemas. Mas gosto da música deles, das coletâneas e li alguns livros bem legais sobre Sgt. Peppers Lonely Heard Club Band e John Lennon. 
A passagem de Paul Mccartney pelo Brasil não me deixou indiferente, gosto mais do Paul do que dos demais. De tanto que se tem falado sobre ele, algumas histórias me chamaram a atenção. Por exemplo, o álbum Band on the Run (1973), considerado o melhor depois dos Beatles, quase foi gravado no Rio de Janeiro. A EMI-ODEON tinha na época um dos seus melhores estúdios no Rio e este estava na lista de Paul Mccartney – acabou sendo feito em Lagos na Nigéria, onde as demos do disco foram roubadas, dois músicos da banda debandaram e o casal Mccartney foi ameaçado de morte. Época boa, quando o Rio era bem mais tranquilo que Lagos, hoje não dá pra por a mão no fogo. Demorou, perdeu, Mr. Mccartney. Perdeu.
Pra baixar o disco "Abbey Road", um clássico dos Beatles de 1969, clique aqui. Um presente especial pela passagem de Paul pelo Brasil.
Fontes: R7 website, wikipedia e globo.com

domingo, 21 de novembro de 2010

O mundo "entre aspas" 12


Jô Soares

"Era um sujeito realmente distraído: na hora de dormir, beijou o relógio, deu corda no gato e enxotou a mulher pela janela". [Jô Soares]

"Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?" [Dorival Caymmi]
"Mais do que em qualquer outra época, a humanidade está numa encruzilhada. Um caminho leva ao desespero absoluto. O outro, à total extinção. Vamos rezar para que tenhamos a sabedoria de saber escolher” [Woody Allen]

sábado, 20 de novembro de 2010

Sobre Fittipaldi, laranjas e seus multiprocessadores

Emerson Fittipaldi
O maior exportador brasileiro
de suco de laranja
Nunca fui fã de suco de laranja. É colorido, mata a sede, mas se não tiver, não me faz a menor falta no cardápio. Pensava em laranjas, me vinha o Emerson Fittipaldi, que exporta rios da fruta pros EUA desde sempre. Esse pseudo-desdém veio de uma certa vez, durante uma reunião de trabalho, em que só me dei conta de que tinha ingerido um suco azedo quando tive que sair correndo, no meio de uma apresentação – o mundo todo girava e eu lá abraçado à privada.  Um dia, chego em casa e me deparo com um “trambolho” sobre a pia da cozinha – um daqueles multiprocessadores imponentes. Tenho que dizer que “pessoalmente” é mais bonito do que na televisão e nos sites de compra. A “chefa” da casa se enamorou por um desses e aí muita coisa mudou no cardápio do dia. Daí para a entrada em casa de uma “saca” de laranjas, direto pra gaveta do refrigerador, foi um passo até o supermercado.
Descobri, por exemplo que, além de existirem no Brasil mais de 180 milhões de pés de laranja (uma pra cada brasileiro – o meu já está plantado e tem plaquinha de identificação), a laranja tem Hesperidina. A Hesperidina tem sido estudada em profundidade e, segundo estudo conduzido por Nancy Bonifácio (Pesquisadora e Professora de Nutrição Humana na UNESP – Araraquara, São Paulo/Brasil), tem atividade hipotensiva e diurética em animais experimentais, fator que impacta diretamente na diminuição da pressão arterial.
Outras referências e artigos da web falam de melhoria da função endotelial, mas aí vale mais à pena dar uma lida nos comentários da Dra. Nancy, estão mais didáticos (Agrofit website). Fiz as pazes com o suco de laranja, mas ninguém mais me pega em hotéis, restaurante e outros lugares públicos. Suco, só no "master-super-fantastication" multisuperprocessador...CHEARS!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Sudoku e as bactérias amestradas...(!?)

Sudoku. Ô joguinho esse – um quebra cabeça de mesa, de jornal (e digital, pois pode-se jogar na web, pra variar) baseado na disposição dos números seguindo uma determinada lógica. Mas se aquarianos não tem lógica (ou melhor, a nossa lógica é meio “torta”, pra simplificar), o que fazer? Quem pode querer resolver um Sudoku se toda pergunta sempre parece ter várias respostas, mesmo as mais simples e diretas? Num daqueles dias de mofar em aeroporto, comprei um Sudoku (o versão fácil) e um lápis borracha na banca do aeroporto de Brasília – li a regra básica: "cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9". Uma hora e meia, três páginas rabiscadas e um lápis borracha sem bunda após, pedi arrego me sentindo uma bactéria, achando menos estressante ficar olhando as alterações dos vôos dançando no quadro visor. Se encerrava ali minha iniciação a aprendiz de John Nash, de "Uma Mente Brilhante".
Taí um bom lugar para treinar bactérias no SUDOKU
Lembrei disso quando soube de um fato que, pra mim, foi a pá de cal na minha relação mal aparada com o Sudoku – dá pra programar bactérias pra jogar Sudoku...e elas ganham. Estudantes japoneses programaram cepas de Escherichia coli. Elas recebem informações genéticas únicas que "carregam" as regras do jogo e são capazes de transmitir essas regras para outras bactérias – no final, eles são capazes de definir cor e posicionamento, resolvendo o jogo. Coisa de maluco.
"Como o Sudoku tem regras simples, achamos que as bactérias talvez pudessem resolvê-lo para nós se desenvolvêssemos um padrão para elas seguirem", diz o coordenador do estudo Ryo Taniuchi.
Ok, que cada vez mais bactérias trabalhem para nós e não contra nós. Se você, um belo dia, estiver jogando o seu Sudoku e perceber que os quadrinhos meio que se preenchem sozinhos segundo um comportamento recorrente, cuidado - alguém na Universidade de Tóquio esqueceu de parar o processo após terminado o estudo. O Sudoku tem regras simples, bactérias são estruturas relativamente simples. Meu consolo é me achar complexo demais para pensar como uma bactéria. Ou não?
fonte: folha.com  e Wikipedia