domingo, 31 de outubro de 2010

Rápidas de Eleições no Brasil...segundo "infortúnio"

charge de Millôr Fernandes
O Brasil tem novo Presidente, ou melhor, Nova. Torço que dê certo, torço mesmo. Como não considero deixar o país (longe disso), seria insensatez torcer pelo inverso, burrice. Não podemos depor contra o patrimônio só porque picaram nossa bola. Mais de 29 milhões de pessoas deixaram de votar. Eu, por estar muito longe do meu domicílio, engrossei essa lista. 
Nessas alturas do campeonato, a alternância de poder que se dane, sejamos pragmáticos.  Quem sabe agora, o discurso aparece, a opinião prevalece e a nova Chefe de Estado finalmente diz o que pensa. Sem isso, ela já conquistou mais de 55 milhões, imagina quando resolver finalmente falar... Saúde à Dilma Rousseff.

O mundo "entre aspas" 11

Millôr Fernandes
"Você pode evitar descendentes. Mas não há nenhuma pílula para evitar certos antepassados." (Millor Fernandes)


"O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato." (Aparicio Torelly, Barão de Itararé)


"Não há nada mais vergonhoso do que alguém ser honrado pela fama dos antepassados e não pelo merecimento próprio." (Platão)

sábado, 30 de outubro de 2010

Diário de Barrelas - pra degustar

Esses dias descobri o Diário de Barrelas através de um amigo, fã do Paul McCartney. Desolado, me mandou uma matéria preditiva: que Paul não cantaria os sucessos dos Beatles em sua turnê pelo Brasil. Quase acreditei – era o conto do Diário de Barrelas, muito bem escrito, satirizado, “fundamentado”. Segundo o próprio editorial: “No Diário de Barrelas, tentamos explicar a realidade por meio de meias-verdades. Ou meias-mentiras, se preferir.”
É impressionante o que essa turma faz com o cotidiano - as coisas acontecendo de acordo com a perspectiva de quem narra o fato e muito sarcasmo pra temperar. Uma dica? Chegue em casa depois de um dia daqueles, jogue o sapato longe, bote uma música do Spyrogyra (clip abaixo) e se dê ao direito de confortavelmente degustar alguns artigos do Diário de Barrelas. Depois você me diz como foi, ok?

Redes Sociais - uma nova ordem na cadeia de valor

Chris Hughes, co-fundador do Facebook, declarou que dentro de dois anos no máximo, “qualquer questão sobre qual rede social uma pessoa usa será irrelevante” porque todas as mídias serão sociais. Ou seja, não vamos ter outra linguagem ou forma de comunicação interativa que não seja através de uma rede social. Marque essa data – estamos em 2010. Em dezembro de 2009, foi publicado aqui no blog: 
- e já foi falado inclusive a respeito da morte do e-mail, um modelo que está fadado à pré-história. Puxa vida, só me falta descobrir um novo Facebook e ficar multimilionário, mas isso não precisa ser tão rápido, temos tempo.
Smartphones – são uma praga, é verdade. Não uso nem metade de tudo o que o meu oferece, mas isso vai mudar, pois as funcionalidades estão virando commodity – ou seja, cada vez que você trocava de celular por qualquer motivo, tinha que aprender tudo de novo e não dava tempo de assimilar tudo até a próxima troca. Só que eles estão ficando muito iguais, essa dificuldade está com os dias contados. Superada essa etapa e, no caso do Brasil, o custo com internet para smartphones ficar ainda mais acessível, um candidato a virar “tiozinho” é o notebook.  Logo, vamos poder acessar do celular o site do nosso jornal preferido e ver os artigos mais acessados...por amigos, colegas de trabalho, o chefe. Que tal?
Head Hunters usando o Linked In em entrevistas de seleção, as campanhas de coalizão em eleições majoritárias nos países e bandidos brasileiros em presídios usando o MSN dos Blackbarries para driblar grampos telefônicos da polícia – isso nos diz o que?  Redes sociais deixaram de ser, há algum tempo, “coisa de quem mata tempo no escritório ou fica fazendo hora na internet com futilidades”. Lembre-se de que, se você pensa assim, seus filhos não pensam. E isso é o mesmo que negar os riscos de um mundo por eles habitado e amplamente frequentado sem que você esteja por perto ou demonstre ao menos interesse. Se isso acontecer, você e sua família correm perigo.   

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Acorde para o Câncer de Mama - entrevista com Gilze Francisco


Gilze Francisco
Presidente do Neo Mama
A enfermeira Gilze Francisco descobriu-se um dia, aos 38 anos, portadora do Câncer de Mama.  Arregaçou as mangas e enfrentou seu destino, na luta contra a doença e suas adversidades. Fez mais que isso – criou um site – www.cancerdemama.com.br – hoje considerado o mais relevante sobre o tema em língua portuguesa. E fez mais ainda – Fundou o Instituto Neo Mama  de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama, responsável por inúmeras iniciativas de peso, focadas no suporte às portadoras do Câncer de Mama.
Entrevistar Gilze foi um privilégio para o “Se Espirrar, Saúde!”. Conhecermos um pouco mais de sua vida e suas iniciativas e apresentar tudo aqui é uma forma de participar dessa cruzada.  
SeES! - Quando e como foi que começou o NEO MAMA?
Gilze - O Instituto Neo Mama surgiu após o site www.cancerdemama.com.br. Foi um grande passo, pois uma atitude inédita sempre incomoda, e só surgiu porque fui falar ao vivo sobre o assunto no "Domingão do Faustão" – fui muito cobrada sobre o porquê das mulheres da região terem que entrar no site ou telefonarem-me para conversarmos. Daí a idéia do Instituto.
SeES! - Quais foram os maiores desafios para colocar esta ONG para funcionar?
Gilze - A falta de dinheiro (na realidade, é um desafio até hoje), e principalmente pelo fato de lidarmos predominantemente com mulheres. A imagem de fortaleza da mulher atrapalha, por mais incrível que possa parecer, não comove como a de uma criança, adolescente ou idoso. Passamos sempre a impressão de "possibilidades mil". Graças a Deus, a credibilidade e a seriedade das nossas propostas sobrepuseram-se sempre. Continuamos lutando.
SeES! - Qual o maior foco de atuação de grupo atualmente?
Gilze – É a interdisciplinariedade do atendimento, visando a reestruturação da mulher acometida pelo câncer de mama, sua reinserção na sociedade e mercado de trabalho. Auto-estima e auto-imagem também são focos fortes dentro do nosso antendimento.
SeES! - Hoje o NEO MAMA conta com quantos colaboradores e quais as funções ou missões de cada grupo, se posso assim chamar?
Gilze - Contamos com um grupo de aproximadamente 40 voluntários comprometidos, engajados, onde realizam seus trabalhos segundo suas funções. Advogados, nutrição, fisioterapia, auxilio a sexualidade, artesãs, cada um tem seu espaço, tempo de atuação e metas. Quem não se identifica, logo se desliga, isso acontece.
SeES! - As atitudes em torno do CA de Mama estão evoluindo no Brasil? Temos números sobre isso?
Gilze - Podemos detecta-lo precocemente, a fim de podermos evitar cirurgias mais mutiladoras, tratamentos mais agressivos e baixa sobrevida. Os números indicam (segundo o INCa), que em 2010 perto de 42.000 mulheres se descobrirão portadoras de câncer de mama, e aproximadamente 11.000 mulheres morrerão - é o câncer que mais mata mulheres no Brasil.
SeES! - Você pode citar quais as empresas alavancam o NEO MAMA?
Gilze - Libra Terminais, Clínica Mult imagem, Unicred Metropolitana, Moinho Paulista. Com exceção à primeira empresa, as demais patrocinam o programa "Um Toque Pela Vida", que vai ao ar para toda Baixada santista pela Santa Cecilia TV, e para todo o mundo pelo site www.santos.tv.br/umtoquepelavida.
SeES! - Gilze, porque as pessoas são tão reticentes em tomar uma atitude quanto ao exame para detecção do CA de Mama?
Gilze - Por questões culturais e religiosas, principalmente, além do baixo nível de informações coerentes e acessíveis, e da escassez das mesmas. O medo também é um fator forte, pois paralisa, faz com que percam tempo, acreditem que ao ignora-lo ele desaparecerá, etc. O medo e o sentimento de culpa que vem depois, associados ao medo da perda da mama são cruciais.
SeES! - Me parece que muitos consideram esse tipo de mobilização “piegas”, fruto de uma banalização. Isto faz sentido ou é uma visão equivocada?
Gilze - Não faz sentido algum! Toda informação ainda é pouca perto da triste realidade do câncer de mama. Só quem passou por ele ou viu de perto o sofrimento de outros sabe dizer ao certo. Banalização é ignorar o crescimento dos casos ano-a-ano, as vidas que se vão por falta de diagnóstico precoce, ver que muito poderia ser feito, mas que poucos se mobilizam com seriedade e sem outras intenções para deter o índice de mortalidade por câncer de mama.
SeES! - De zero a dez, como você avalia a atenção dada ao tema Câncer de Mama:
Gilze - Mídia, nota 0. A midia não se dedica, despreza e menospreza a grandiosidade do problema. Agem como se tudo fosse auto-promoção para quem as propõe. Pura falta de visão e de preparo para este tipo de abordagem. Governo, nota 0. Motivos semelhantes aos acima citados, excetuando a responsabilidade inerente aos governos, que é grande e omissa. Iniciativa privada, nota 5. Se interessa um pouco mais "quando se deixa ouvir". Comunidade médico-científica, nota 8. Todos estão cientes e conscientes desta realidade.
SeES!  - Em que veículos de comunicação como o nosso blog, no facebook e no linked in (por exemplo) podem contribuir para a luta contra o Câncer de Mama?
Gilze - Divulgação sem exageros, realidade sem máscaras, mas com sutileza, elegância e clareza. A mulher é um ser privilegiado, inteligente, que muitas vezes esconde a doença porque percebe que sua família não está preparada para este diagnóstico (a seu ver). Poupa mas não é poupada. Esclarecimentos sempre são importantes, mas vindos com embasamento, sem "achologismo". Uma dura realidade, bem colocada, sempre é melhor e ajuda mais que uma doce mentira ou omissão.
SeES! - E você? Conte como foi a sua trajetória do início de tudo até os dias de hoje com o NEO MAMA.
Gilze -  Descobri-me portadora de um câncer de mama em maio de 1999, após realizar o auto-exame. Ao procurar na Internet sobre o assunto, quis criar um site onde as mulheres pudessem ter aquilo que eu mesma procurava: esclarecimentos e esperança. Criei então o site www.cancerdemama.com.br, o mais acessado no mundo em língua portuguesa sobre o assunto. Depois dele veio o Instituto Neo Mama, o programa de Tv e palestras por todo o Brasil
SeES -  Uma mensagem final aos leitores e leitoras?
Gilze - Gostaria de, se possível, "entrar" dentro das mentes e corações (são terras onde ninguém vai) e conscientizar que encontrar um câncer de mama pequeno, precoce, é curável. Mesmo em alguns casos, um pouco mais adiantados, como o meu, podem resultar em sucessos. Deixar para lá, não ir ao médico ou seguir suas solicitações, notar anormalidades e ignora-las são fatais em se tratando de câncer de mama. Lutar de peito aberto é o que de melhor podemos fazer. Pare de colocar o que lhe ameaça debaixo do tapete, pinte sua vida com cores mais fortes, vibrantes, e a nebulosidade irá embora. Sua cabeça lhe salva ou lhe condena. Cabe a cada um de nós optar pelo caminho a ser trilhado...

domingo, 24 de outubro de 2010

Menino Maluquinho faz 30 anos

Foi na Bienal Internacional do Livro de 1980, em São Paulo, que o cartunista brasileiro Ziraldo (77 anos) lançou o Menino Maluquinho, considerado o “Calvin brasileiro” (Calvin é o personagem do americano Bill Watterson). Esse ano, na mesma Bienal, O Menino Maluquinho faz 30 anos com direito à edição comemorativa exclusiva, homenagem no Google e tudo mais. Mas não é por isso que Ziraldo pensa em se aposentar. Em entrevista à Folha, brincou “vão ter que me abater com um tiro”. A série “O Menino da Lua”, trabalho mais recente do cartunista, começou em 2006 e ao todo terá 10 volumes.
O Menino Maluquinho não foi exatamente o livro-referência de quando eu comecei minha paixão por livros. Mas certamente foi um dos mais divetidos e que me pôs em contato com um personagem que poderia se parecer com qualquer coleguinha do bairro. Engraçado que nunca me pareceu auto-imagem, não me identifiquei, creio que eu conseguia ser mais "fora da casinha" que ele. Mas, caso você esteja em dúvida sobre que tipo de livro colocar nas mãos dos seus filhos, o Menino Maluquinho é boa companhia sem chance de erro, pode apostar. 
Fonte: folha.com e Revista Crescer

Ronco e Apnéia - o martírio das moto-serras

Ao fundo, baixinho, vem aquele barulho. Aos poucos, vai se tornando quase uma moto-serra, você não sabe bem de onde vem, até que se dá conta – tem um indivíduo roncando do seu lado. O som faz aquele “looping” poderoso e de repente, para. Aí você pensa: “ou parou ou morreu. Mexo ou não mexo no cara? Se morreu, deixa estar que de manhã resolvemos. Mas e se ainda dá pra socorrer?” Nessa fração de tempo, o cidadão volta a dar aquela respirada funda e com ela, volta a moto-serra. Pra quem já dormiu com roncadores sabe bem o que é isso – não sei se é mais desgastante pra quem ronca ou pra quem é a vítima daquela noite. Em minhas muitas viagens, já fui premiado inúmeras vezes para dormir com “moto-serras”. O interessante é que têm caras que acham normal, não dão a mínima se o parceiro de quarto ficar 3 dias sem dormir. E as esposas fazem o que com um sujeito assim? Mas não se engane, as mulheres também roncam - a incidência é de 40% (homens) e 25% (mulheres).
Ronco e apnéia são distúrbios do sono e precisam de tratamento. No caso do ronco rítmico, as causas podem ser as mais variadas, como obesidade (excesso de gordura próximo à faringe), ingestão de álcool ou medicamentos (efeito mio-relaxante), pólipos nasais, obstrução dos cornetos, rinites, desvio de septo e outras causas. A apnéia é um estágio avançado do ronco, onde existe o fechamento momentâneo da faringe e, em conseqüência disso, menos oxigenação do sangue. Já existem estudos que mostram que a apnéia eleva em três vezes o risco de hipertensão, através do aumento da frequência cardíaca.
Não dá pra deixar isso de lado. Tanto quem ronca como quem dorme com um moto-serra, dorme mal, ambos ficam sonolentos durante o dia - o melhor a fazer é buscar um médico que, através de um exame chamado polissonografia, vai indicar a melhor solução terapêutica. Deixe de ser um moto-serra, sua mulher (ou seu marido) e seus (suas) colegas de quarto agradecem.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Entre bolinhas de papel e fita crepe

Se você não está seguindo detalhes da campanha pelo segundo turno das eleições majoritárias no Brasil, não se preocupe. Os detalhes vão te seguir de qualquer forma e, o que é uma pena, os piores detalhes. O vazio oco de Dona Dilma versus a falta de cintura do Serra já não são suficientes para alimentar essa “não campanha” pelos “não projetos” que vão “não conduzir” o Brasil. SBT e TV GlOBO travam picuinhas públicas, bem alcoviteiras, uma jogando bolinhas de papel ao que outra responde com bobinas de fita crepe – feio, muito feio. O Presidente da República morde a isca, Serra valoriza, Dona Dilma, pra variar, não diz quase nada. Até o Ricardo Molina foi chamado, perito figura carimbada, famoso por descobrir mistérios escondidos em gravações e pistas sobre a morte dos Mamonas, do PC Farias, do Prefeito Cesar Daniel. Tô sentindo falta de uma pesquisa IBOPE mostrando quantos por cento do eleitorado acredita que foi bolinha ou bobina, por mesorregião.
Prometi que não ia falar de eleições, porque elas passam e o blog continua, mas não me segurei, isso tudo é constrangedor ou engraçado, não escolhi ainda - talvez os dois. Capa do “The Economist” - “Elections in Brazil - Paper Balls or Masking Tape?”. Se ainda não saiu, está em tempo. Ok, Dia 31 de outubro de 2010, o Brasil vai afinal escolher se ficamos com a fita crepe ou a bolinha de papel, vida que segue. 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pfizer confirma compra do Laboratório Teuto

Por 400 milhões de reais, a Pfizer adquiriu 40% do laboratório de genéricos Teuto, localizado em Anápolis, Goiás. A empresa considera comprar os demais 60% até 2014. Com essa aquisição, a Pfizer investe pesado em genéricos e genéricos de marca no Brasil, linha que já faz parte de 35% do faturamento atual da empresa e que já representa 60% do mercado brasileiro de medicamentos. Essa iniciativa faz parte dos investimentos que a empresa fará no Brasil, como parte da estratégia global: manter forte presença em mercados emergentes.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

"SE ESPIRRAR, SAÙDE!" - No segundo turno do TOPBLOG 2010!




No Concurso TOPBLOG 2010, o "Se Espirrar, Saùde!" está entre os 100 blogs mais votados. 
Quero agradecer imensamente a quem votou e pedir mais uma vez seu voto de confiança. Você que ainda não votou e gosta do nosso blog, entre no logo verde (à direita, abaixo do perfil) e dê o seu reforço na votação. Se você gostou do nosso blog, avalize este que pode vir a ser um dos melhores blogs de Variedades deste ano. Conto com o seu aval, pois estamos muito perto!

Um Brasil de Tiriricas e Urnas Biométricas – parte II

Nunca mais uma eleição presidencial vai ser a mesma, sejam quais forem os resultados destas majoritárias no Brasil. Nunca mais vamos esquecer 2010. O fator internet mudou o referencial de jogo, mudou e vai continuar mudando o norte de tudo o que se diz e faz numa eleição, foi assim na disputa que elegeu Barack Obama nos EUA e vai ser assim daqui pra frente. Antes do Youtube, do Facebook e dos HDs de 1 terabyte, quem guardava recortes de jornais era considerado um expoente, preciosista e as pessoas podiam creditar escolhas erradas à memória curta, mas na era pós-internet, jamais.
Se por uma lado, as urnas biométricas mostram o futuro e as regras do jogo eleitoral ainda deixam o eleitor de saia justa, prestando contas com o passado, por outro lado, já não dá mais pra dizer “viu? eu avisei - passa o tempo, ninguém lembra mais”. Errado - só não lembra quem não quiser, bastará sempre 15 minutos de pesquisa na web, tá tudo lá, nada mais escapa – as gafes, as contradições, as declarações de hipocrisia, calúnia, as piadas de mau gosto. Está cada vez mais difícil desdizer o dito e afirmar que “não foi exatamente aquilo que queria dizer”. Quem não mantiver a coerência e a firmeza no discurso, dança. 
Fiz as pazes com o passado - ter um HD de 1 terabyte em casa ainda acho um pouco de exagero, mas comprei um de 500 gigabytes. Minha gaveta de recortes ficou vazia, mas minha memória, jamais vai ficar.  

Oportunidades no Mercado Brasileiro de Produtos e Equipamentos Médicos

O mercado de produtos e equipamentos médicos no Brasil, estimado em quase R$ 8 bilhões (US$ 4,5 bilhões), está em expansão. Depois de um crescimento de 6% em 2009, na comparação com 2008, deve aumentar mais 10% em 2010, segundo estimativas da ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios. O otimismo da indústria leva em conta as perspectivas de crescimento do País que deve ultrapassar 6% este ano. No mercado farmacêutico por exemplo, a expectativa é que haja um crescimento de 13% em 2010.
Os números da balança comercial do setor mostram que em 2009, as exportações somaram pouco mais de US$ 500 milhões, enquanto que as importações ultrapassaram US$ 2,7 bilhões; um déficit significativo. O setor público representou 21,5% das compras, o setor privado 68,6% e as exportações 8,8%. A constatação que o Brasil já é um importante ator ganha força no mercado internacional. No ano passado, efetivou negócios com compradores da Ucrânia, Polônia, Servia, Romênia e Moldávia e registrou mais de 3 mil contatos com representantes de 108 países na maior feira dirigida ao setor médico-hospitalar, que aconteceu na Alemanha. No entanto, os principais compradores são os Estados Unidos(25,8%), Argentina (8,1%) e México (6,9%). O Brasil possui cerca de 500 fabricantes de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos. As indústrias de médio porte representam 52,20% e as micro ou pequenas respondem por 25,7%.  
Os materiais de O.P.M.E – Órteses, Próteses e Materiais Especiais – utilizados em intervenções médicas, representam até 80% do total da conta hospitalar. O avanço tecnológico nessa área tem sido notável, principalmente em algumas especialidades como cirurgias de coluna, ortopédicas e cardiovasculares.Desde maio de 2010, todas as petições de solicitação de registro, revalidação e alterações pós-registro de produtos passaram a ter que apresentar protocolo de Certificação de Boas Práticas de Fabricação e Controle (CBPFC) emitidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Antes, a apresentação do certificado era restrita a medicamentos. É de competência da própria Agência avaliar o sistema de qualidade dos fabricantes de equipamentos e produtos médicos e conceder a sua certificação. Hoje cerca de 85% dos processos de registro de equipamentos médicos e  implantes ortopédicos não são aprovados na primeira solicitação; recebem pelo menos uma exigência por estarem mal-instruídos. Os motivos podem ser a ausência de um documento, de um teste ou até mesmo a falta de clareza na prestação das informações. A Anvisa no entanto, tenta acelerar os processos de concessão de registro, garantindo maior agilidade e competitividade entre as empresas.  
Segundo Glauco Santos, diretor da empresa de assuntos regulatórios Register Brasil: “Em virtude do grande crescimento deste setor no País, tanto os fabricantes nacionais quanto os internacionais estão cada vez mais interessados em expandir o seu crescimento, seja melhorando a qualidade da fabricação de seus produtos, seja analisando a possibilidade de possuir uma base de produção instalada no Brasil. Em um mercado que muitas vezes não possui uma concorrência no nível de qualidade e tecnologia necessária, as empresas estrangeiras estão cada vez mais ganhando espaço no mercado nacional.” 
É importante destacar que a resolução normativa da ANS (Agência Nacional de Saúde) – RN 211 de Janeiro de 2010 atualizou o rol de procedimentos e eventos que os planos de saúde estão obrigados a cobrir, incluindo os produtos de alto custo como os de OPME. Ela entrou em vigor em junho de 2010, com a inclusão de exames como a PET-scan (Tomografia por emissão de Positrons), a oxigenoterapia hiperbárica e a capilaroscopia periungueal. A RN 211, adicionou 54 procedimentos para os planos de saúde médico-hospitalares e 16 procedimentos para os planos odontológicos, totalizando um conjunto de mais de 3000 procedimentos. Isto obriga os hospitais e clínicas a se atualizarem e adequarem.  
No que tange a aquisição de produtos farmacêuticos, o Ministério da Saúde que baseia suas compras em menor preço, tem mudado a metodologia justamente para evitar comprar produtos de baixa qualidade oriundos especialmente de países em desenvolvimento asiáticos. O conteúdo local, tem se tornado cada vez mais importante nesta decisão. Tendência similar tem acontecido com o setor de equipamentos médicos. Os produtos fabricados no Brasil, passam por um controle de qualidade muito mais rigoroso, mas, por outro lado, evitam as elevadas tarifas de importação e aproveitam da maior proximidade com o mercado consumidor. Há um grande potencial para empresas internacionais, uma vez que muitos desses produtos ainda vêm de outros países.
fonte: Marcelo Sicoli e Thaise Mrad, consultores da Enter Brazil (matéria na íntegra)

domingo, 17 de outubro de 2010

Sobre Homens e Médicos

Meu trabalho sempre foi ligado à rotina médica. Tudo que fiz e faço tem sempre um profissional médico envolvido, diariamente. Aprendi a entender esse mundo, as mudanças, as crises, as expectativas, os conflitos. Como tudo que é profissão, na medicina existe o paraíso e o perverso, até aqui nada de novo. Fiz muitos amigos, profissionais médicos que ultrapassam em muito o sentido do próprio legado – seres muito humanos vestidos de médicos geniais. Com eles, aprendi muito (e continuo aprendendo) sobre suas práticas e sobre gente. Um exemplo? “Não faça nada com raiva. Na raiva, tomamos sempre as piores decisões.” – simples demais? Pense em quantas decisões tomou apenas por raiva (grato, Dr. Antonio Katsumi Kay pelo dia em que me passou essa lição). Outro exemplo? Num dos momentos de impasse na vida, recebi uma mensagem chamada “Encerrando Ciclos” a qual nunca esqueci e repassei a outros amigos pra que lessem (Dr. Geraldo Santana, sou grato até hoje por esse presente, tantos anos depois).
Dr. Antônio Issa, Dr. Marco Arthur Furlanetto, Dr. Sérgio Ribeiro, Dr. Luiz Carlos Adas, Dr. Mauro Knoll, Dr. Alfreli Arruda do Amaral, Dra. Tsukyo Kamoi, Dr. Levimar Araújo, Dra. Lígia Colucci, Dr. Flavio Quilici,Dr. Carlos Chone, Dr. Francis Gutierrez, Dr. Lee, Dr. Calixto, Dr. Carlos Eduardo, Dr. Aderbal...em vinte anos,  a lista é bem maior, não quero ser injusto. Grandes profissionais os quais admiro por excederem a profissão. Grey's Anatomy, House, E.R. geram fascínio e até divertem mas o dia a dia do médico é bem diferente. A eles e a você, profissional médico, desejo saúde e sucesso sempre, não só no 18 de outubro.

sábado, 16 de outubro de 2010

Cooperativas de Desconto - vieram para ficar

Se eu sei como funciona o Peixe Urbano? Como uma cooperativa de descontos - você se cadastra num site que te manda mensagens com mega descontos em serviços os quais você indicou que seriam do seu interesse. Esse é o propósito do Peixe Urbano e de outro, o Groupon. Como eles conseguem descontos tão inacreditáveis? Fecham com um fornecedor de uma determinada cidade um número mínimo de compradores garantidos em troca de um desconto bastante agressivo. Ao receber o mail, você mobiliza seus amigos para comprar também. Atingido aquele número de “reservas”, o desconto passa a valer. É como um “vôo charter”, baratinho, mas só sai do chão se as poltronas estiverem ocupadas. E onde o site ganha com isso? Fechado o grupo, eles levam uma comissão sobre o vendido. Caso o grupo mínimo de compradores para financiar a promoção não seja atingido, o site comunica o cliente por e-mail, a compra é cancelada e o dinheiro, devolvido.
O americano Groupon foi o pioneiro – surgiu em 2008 e já atraiu mais de 3 milhões de usuários só nos EUA. O modelo não é novo para produtos, mas em se tratando de serviços, tem atraído cada vez mais gente. Segundo Júlio Vasconcelos (dono do Peixe Urbano e representante do Facebook no Brasil), o Peixe Urbano, no ár desde março de 2010, procura oferecer o que tem de melhor nas cidades, o que atrai assinantes e satisfaz os anunciantes. É a extrapolação por trás da lógica das redes sociais, sem as quais esse processo coletivo talvez fosse improvável. Se o modelo vai dar certo? Só esse ano no Brasil já existem, no mínimo, 5 empresas concorrentes: Peixe Urbano, Groupon, Clickon, Citybest, We Go e Coletivar.
Não é segredo que nos últimos anos, a classe “C” tem sido o estrato da sociedade que mais tem aumentado seu poder de consumo. Pois nos últimos 3 anos, 45 milhões de pessoas pertencentes à classe “C” passaram a ter acesso à internet e a desfrutar das compras “on line”. Alguém ainda duvida que as cooperativas de descontos são e serão sucesso? Mas..o porque do nome “Peixe Urbano”? se alguém souber, comente, por gentileza.
Fonte: Readwrite website.& Revista Exame  

Quando Rosa é Azul

Se você olhar pro céu e enxergar um avião rosa se preparando pra pousar, não são os seus óculos, é rosa mesmo. A Azul (Companhia aérea brasileira) batizou de “Rosa & Azul” o modelo E-Jet 195 (matrícula PR-AYO), engajando-se na campanha de combate ao Câncer de Mama, uma parceria bonita com a Embraer e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama - Femama. No discurso que fez na cerimômia de entrega do avião, Pedro Janot, Presidente da Azul, reforço a importância do engajamento na campanha, como forma de sensibilizar e incentivar o disgnóstico precoce. A tripulação do PR-AYO é toda feminina, elegantemente vestindo ROSA (foto) e assim permanecerá por tempo indeterminado.
Em carta aos funcionários, pede que conversem com parentes, amigos, conhecidos para ampliar a mensagem. Finaliza a carta dizendo: “a Azul é uma empresa feminina, com mais mulheres que homens a bordo. Ofereço esta homenagem a todas as mulheres da Azul, da Embraer e do Brasil”.
No comando do PR-AYO - só mulheres
Conversei sobre esse tema com um funcionário da Azul. Enquanto me relatava o ocorrido e me mostrava a carta, vi o fogo nos olhos dele. Não era um funcionário e sim um “militante” da Azul. “O Janot nos disse” – foi a referência por ele feita à carta. Precisa dizer mais?   
Aí está o “cabelo de Sansão” de uma companhia, a combinação explosiva – o fogo nos olhos de um “miltante” e a crença no líder. Começa pelo funcionário, passa para o dia a dia, no trato com os clientes e se transforma no sucesso de uma empresa.
Parabéns à Azul pela atitude ROSA, pela carta “do Janot”, pelo “comissário militante”.
Veja cobertura completa do evento, dia 07 de outubro de 2010 na Sede da Embraer clicando aqui: Evento “Rosa & Azul.
fontes: Carta aos funcionários da Azul Linhas Aéreas e FEMAMA website.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Remédios Falsos - ANVISA dá o primeiro passo contra a praga

Falsificação de remédios, há tempos, se tornou problema de Saúde Pública. Está difícil de comprar um medicamento e ter certeza do que se está comprando. No início de setembro, publicamos aqui o artigo “Remédios falsos – uma praga para ricos e pobres”, sobre países que sofrem com a leniência dos governos a respeito de medicamentos falsos. Pois a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recentemente determinou que a partir de 2011 as caixas de medicamentos sejam etiquetadas com um selo de autenticidade – já era tempo.
Toda a cadeia de comercialização terá um ano para se adaptar à nova lei, mais precisamente até 15 de janeiro de 2012 pra que todas as caixinhas estejam devidamente etiquetadas – assim, através de uma leitora ótica instalada pela Casa da Moeda em todo o estabelecimento credenciado pela ANVISA, o consumidor vai poder conferir se o que está levando é falso ou verdadeiro. Apesar do protesto de entidades representantes da indústria farmacêutica, alegando que a medida aumenta o preço dos medicamentos, o Vice-Presidente da ANVISA, Dirceu Raposo, afirma que o impacto financeiro da medida vai ter que ser absorvido pela cadeia produtiva. 
Segundo a Interpol , enquanto o narcotráfico movimenta cerca de 360 bilhões/ano no mundo, a pirataria bate nos 520 bilhões (dados de 2006). O Porcurador-Geral de Justiça do Paraná Olympio Sotto Maior, em entrevista ao Jornal Gazeta do Povo, afirma que “Viagra falso rende mais que cocaína e os criminosos sabem disso, tanto que estão migrando pra esse tipo de crime”.  Se a nova medida não for só “fogo de palha” eleitoreiro, parabéns à ANVISA. O futuro e os resultados práticos vão dizer se são parabéns merecidos ou não.
Fonte: G1, Gazeta do Povo, Hoje em Dia website

domingo, 10 de outubro de 2010

Tiririca & The Young Turks

The Young Turks. Isso diz alguma coisa? Pois pra mim, até ontem não dizia. The Young Turks é um famoso talk show americano transmitido via web, também pelo Youtube e pelo Sirius Satelite Radio (um modelo muito parecido com TV a Cabo, só que por rádio). Os vídeos são disponibilizados diariamente, como se fossem um podcast (ou videocast, no caso) e trazem entrevistas engraçadas falando de política, cultura, gente, moda, enfim de tudo um pouco. Mas de 18 milhões de pessoas acompanham o programa (e a gente acha que já conhece tudo por esse mundo).
Pois semana passada, o "TYT" veiculou um bloco especial sobre a eleição do palhaço Tiririca no Brasil. Isso mesmo. Marina Orlova, celebridade nacional na web, e Cenk Uygur, famoso comentarista de New Jersey, declaram ser fãs do Tiririca. Tirando qualquer conotação, foi a análise mais espontânea e realista que já ouvi sobre o assunto - mais próximo da vida real, o que mostra que desencanto com a forma de se fazer política num país há muito não tem sido um privilégio nosso, não mesmo. Vale à pena.

fontes: Youtube, TYT website & Wikipedia.

sábado, 9 de outubro de 2010

O tal de I ÊNE ÉSSE ÉSSE...

Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Qual a primeira coisa que te vem à cabeça? Aposentadoria, aviso dos tempos, impressionante o poder de um arquétipo. Pra um Executivo que lida com as mazelas da gestão de pessoas diretamente, isso é tema de discussão recorrente, sobre quem na empresa está para se aposentar ou não, quem já é aposentado, há quantos anos contribui.
Mazela – o Aurélio diz: Ferida, chaga, doença, enfermidade, moléstia, aquilo que aflige ou apoquenta; aborrecimento, desgosto.
Não deveria ser assim, mas a conotação é fato – nossa cultura trabalhista é herança européia, se aposenta quem para, sai de cena, deixa o mercado de trabalho. Nada mais falso – segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-2005, do IBGE) de 2006, dos 10,5 milhões de aposentados do INSS por tempo de contribuição ou idade no Brasil, 7,7 milhões continuavam trabalhando. E, olhando a lei com atenção, quem ganha mais de um salário na ativa, no final, acaba ganhando menos. Só que, quem pensa que lá fora a grama do visinho é mais verde, nesse caso, pode ser – um funcionário público norte americano que se aposenta recebe 44% do valor do seu salário – nada de salário integral como aqui. Mas um americano “mortal” recebe em torno de 40% do seu ex-salário. Parece pouco? Então vamos pensar: quantos altos executivos brasileiros que recebiam 15 mil reais de salário, quando param,  passam a receber 6 mil de aposentadoria? Normalmente, bem menos que isso. No justo pelo justo, tudo é relativo.
E que tal “se aposentar” só com 70 anos? Pois segundo o colunista do New York Times e prêmio Nobel Paul Krugman, tem gente defendendo este teto na reforma do Social Security Americano. Mas temos algo em comum: tanto a previdência brasileira quanto a americana, não dão (nem darão) conta do progressivo aumento da população idosa – o futuro vai cobrar essa conta. Nada mais cultural (e romântico).
Fontes: Social Security online, Dicionário Aurélio & Notícias UOL online 

Olhem para o OUTUBRO ROSA o ano inteiro

Nunca tinha dado muita atenção ao Outubro Rosa, confesso. Até o dia em que comecei a me envolver com o tema detecção do câncer de mama e percebi que  tem um batalhão de gente que trabalha em silêncio por essa causa. Não dá pra deixar passar isso.
O Outubro Rosa surgiu nos EUA, em meados de 1990. Ações isoladas ocorridas em vários estados americanos motivaram o congresso a eleger o outubro como o mês  nacional da prevenção ao Câncer de Mama. As atenções se voltaram fortemente para a data quando aconteceu a Primeira Corrida da Cura em 1990, nos EUA, onde foi oficialmente lançado e distribuído o famoso laço cor de rosa.  Não se sabe ao certo quem criou e quando começou o ato de iluminar de rosa monumentos, pontes, prédios oficiais, mas essa passou a ser a “cara” do Outubro Rosa, tornando-se uma linguagem entendida em todo o mundo. No Brasil, as primeiras manifestações pelo Outubro Rosa aconteceram em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera ficou rosa, em comemoração aos 70 anos da Revolução Constitucionalista. De lá para cá, diversos monumentos foram iluminados e realizaram-se diversos mutirões de mamografia através do envolvimento de governos estaduais e da iniciativa privada.  
Sobre a doença em si, informação na web é o que não falta e tem gente muito forte pra opinar e orientar a respeito, como o Doutor Dráuzio Varella em seu blog (clique sobre o nome dele). Então, me chamou a atenção a existência da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), entidade criada em 2006 e que congrega as ONGs focadas na luta pela prevenção, detecção e tratamento do Câncer de Mama no Brasil. A FEMAMA está por trás das iniciativas envolvendo o Outubro Rosa, versão brasileira.  Mas eles fazem muito mais, desde trabalhar pelo acesso da população à mamografia, encurtar o período entre a detecção da doença e o tratamento e pleitear políticas públicas focadas no Câncer de Mama. Não é pouca coisa, pena que se veja tão pouca informação exposta a respeito. Pena mesmo. 


fontes: estadão.com, FEMAMA website & blog dr. Dráuzio Varella

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bola de Cristal - Por Joelmir Beting

"Lembra-se do fim do mundo, lá na crise de 2008? Pois o relatório anual do FMI, divulgado nesta quarta-feira para a assembleia geral do fim de semana, projeta para a economia mundial, neste ano, expansão de 4,8%.Exatamente o torque de antes da crise. E o próprio FMI, no ano passado, também no relatório anual, havia projetado recessão global até 2012. 

Isso não é mais erro de previsão, é uma catástrofe. Até porque todo cenário pessimista é sempre levado a sério - "É isso mesmo". 
Cenário otimista, a bordo de reversão comprovada,é levado de nariz torcido, do tipo: "Só pode ser voo de galinha", e com a advertência: cuidado com o excesso de otimismo. Pois eu nunca vi, li ou ouvi alguém alertar: cuidado com o excesso de pessimismo. Não é surreal?" Blog Joelmir Beting - comentário na íntegra

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Joe Penna - de "guitarrista desconhecido" a celebridade

Segue a máxima de que os insights mais criativos, mais originais surgem de coisas muito simples e permanecem simples. Os vídeos de Joe Penna (Mister Guitarman), um brasileiro há mais de 10 anos nos Estados Unidos, só reforçam a tese. Ele largou a medicina pra se dedicar a fazer vídeos caseiros e não parou mais – seus vídeos já foram vistos mais de 95 milhões de vezes no Youtube. Só “Guitar Impossible” (abaixo), que junta música e muita edição em vídeo, hoje tem mais de 10 milhões visualizações – em julho de 2010, foi eleito um dos 20 diretores revelação do Festival de Publicidade de Cannes e mais recentemente assinou contratos de produção de comerciais para marcas como Coca-Cola e McDonald’s. Tá cada vez mais difícil encontrar conteúdo criativo no Youtube, que valha 3 minutos de atenção. Ele merece. 

fonte: folha online, Revista Galileu  e Youtube

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Um Brasil de Tiriricas e Urnas Biométricas

Eleição 2010 é passado. Segundo turno, futuro. Então se juntar passado com futuro, o que pode dar? Essa é a pergunta que me faço, respondendo a um mail que recebi – um leitor do blog perguntava se teria algum post sobre eleições. Não ia, mas reconsiderei. Vejo dois momentos claros nas eleições brasileiras – um passado e um futuro. Momento futuro – nesta eleição 2010, 60 cidades testaram as primeiras urnas biométricas – você põe o dedo na dita, ela faz a leitura de sua digital e pronto – não precisa qualquer documento. Mais de um milhão de pessoas votou desta forma. Ter o resultado de um pleito no mesmo dia já é história, inovação é mais que isso. Não gosto de tripudiar, mas não posso deixar de pensar nos coitados dos americanos naquela mal fadada eleição Bush vs Al Gore (lembra do caso da fraude na Flórida?). Lá, voto ainda é no papelzinho... Momento passado -  tudo tem o lado perverso.  À exceção do voto para o Presidente, no instante em que apertamos o ”confirma” de uma "ultra-moderna" urna eletrônica (moderna para os outros, abroad - pra nós brasileiros, elas estão aí desde 1996), não sabemos mais o que foi feito do nosso voto. Pra Senador e Deputado a regra do jogo é confusa e tendenciosa, deixando toda a responsabilidade sobre a cabeça do eleitor. Michel Temer se tornou deputado por causa das sobras de legenda na época e não pelo voto dos eleitores – periga virar Vice-Presidente. O palhaço Tiririca faturou mais de um milhão de votos por São Paulo e levou com ele mais três afortunados, cada um com menos de 100 mil votos (precisava mais de 300 mil para ser um Deputado legítimo). Inovação ajuda mas não faz milagre, quando o problema é cultural e ético. Será que dá pra criar uma urna biométrica que proteja o eleitor de um voto equivocado?
Fonte: estadão.com e talk show Lúcia Hipólito (rádio CBN). 

sábado, 2 de outubro de 2010

Eu e Fred Flintstone

Dublar um personagem famoso deve ser o céu e o inferno na vida de um dublador  – a estrela que não brilha, empresta o brilho.  Depois de personificar aquela voz, pegar uma caroninha na fama... e se mudam o dublador? é aposentadoria forçada, em se tratando de memória auditiva, rapidinho ninguém mais lembra.
Marthus Matias, ator e dublador (do Fred Flintstone) morreu em Campo Grande em 1995, de câncer – talvez desgostoso pelo ostracismo. Se o conheci pessoalmente? Mais ou menos. A Hanna-Barbera entrou em minha vida no fim dos anos 80. Desenhava e licenciava personagens “HB” quando desenvolvi para um cliente uma idéia: a Familia Flintstone ia desfilar por Porto Alegre no Dia da Criança. O evento não vinha sozinho, teria o suporte de comerciais de televisão, promoção em locais públicos, uma verdadeira festa.
No briefing pro cliente, precisava desesperadamente achar a voz do Fred. Queria usá-la no fechamento do contrato, nos comerciais, nos spots de rádio. Onde achá-lo? “Tá aqui o telefone dele, em Mococa, Interior de São Paulo”, disse por telefone Attiliano Martins, nosso Gerente de Marketing.
Peguei o telefone, respirei fundo e liguei – “Por gentileza, posso falar com o Sr. Marthus?” Uma voz feminina no fundo chamou “- Fred, é pra você!” – meu coração disparou.
- Alooou! Quem me procura?
Gelei do outro lado. Estava vivendo uma experiência – foi meio segundo enquanto eu não respirava e “Fred Flintstone”, em pessoa, me aguardava do outro lado do Brasil. Passado o susto, disse o quanto admirava a história dele, mas tudo o que eu dissesse não ia traduzir o que estava acontecendo. Contei o projeto – Marthus não acreditava que se abria possibilidade de voltar a dublar o Fred. Os 166 episódios antigos que se via na TV nunca mais deram chance ao guerreiro, não surgiu um comercial sequer onde pudesse voltar a brilhar – meu projeto acendeu a chama daquele senhor-lenda. Falamos por 30 minutos e todas as “gags” foram repetidas, os “yahbadahbadoos”, tudo ao vivo, ali mesmo. Combinamos falar para acertar tudo, mas dias depois, o plano Collor deixou o desfile do Flintstones na lembrança - eu e Fred Flintstone só voltamos a falar quando lhe dei a notícia. Fizemos um pacto de que um novo projeto surgiria, mas não pude realizar seu desejo. Pensei que ouviria aquela voz no longa metragem em 1994, mas não era ele. Nova decepção. 
Marthus, saúde e paz, esteja onde você estiver – nesses 50 anos de Flintstones, saiba que nunca esquecerei de você. Yahbadahbadooo!

"yabadabadoo" - 50 anos de "Os Flintstones"

Desenho animado já foi um passatempo mais romântico, mais inspirador. Correção: desenho animado já foi passatempo. E nesse assunto, sou saudosista sim, veja porque: 2010 (a.c!) é um ano especial na cidade de Bedrock. Fred Flintstone comprou uma gravata nova, desta vez não azul, mas laranja com bolas pretas. Wilma discute com Beth Rubble sobre qual vestido deve usar. Barney e Fred estão impacientes com o atraso das meninas e devoram um Brontoburguer com Cactus-Cola. Não é difícil imaginar essa cena – o carro de pedra vai lotado para a festa de comemoração dos 50 anos da família Flintstone. Esse desenho sempre fez e sempre vai fazer parte do inconsciente coletivo de muita gente – desculpem, mas Ben 10, Phineas e Ferb, Jimmy Neutron, Padrinhos Mágicos....são personagens feitos pra consumo rápido, não podem ser ídolos. Por isso, são e serão cada vez mais raros personagens infantis que podem se dar ao luxo de comemorar o seu 50ª aniversário. 
Os Flintstones
50 anos e mais de 300 milhões de espectadore
s
Existe uma diferença grande entre ver desenhos animados na TV e viver uma experiência. A experiência, mais do que diversão garantida, produz memória. E essa memória não morre, influencia comportamento e tem seus efeitos pro resto da vida – Os Flintstones, Scooby-doo, Penélope Charmosa, Space Gost, Mandachuva e Sua turma, capitão Caverna e uma lista enorme de “clássicos” da “Hanna-Barbera” (quem lembra desse nome?) preenchiam o recreio da criançada e essa criançada éramos nós. Detalhe: numa época sem TV a cabo, isso tem um peso e tanto.
Exagero? Em abril de 2010, o bombeiro de 34 anos Ed Robinson, e a mulher, Gayle Watson, de 29 (que nem eram nascidos quando Os Flintstones já brilhavam na telinha), fizeram da cerimônia do seu casamento uma verdadeira Bedrock, com direito a padrinhos vestidos de Barney e Beth e tudo o mais. Até o hospício da pequena cidade inglesa de Ilfracombe foi avisado. Tem louco pra tudo.
A Hanna-Barbera, produtora de todos esses desenhos, foi vendida em 2001 para o conglomerado Time-Warner (após a morte de um de seus fundadores, William Hanna) e virou o Cartoon Network Studios
E tem gente que prefere "A Vaca e o Frango" ou "Bob Esponja, Calça Quadrada"...
fonte: Wikipedia, R7 Notícias e O Estadão.com