terça-feira, 28 de junho de 2011

DE 3% PARA 3% -Por Joelmir Betting

“Em seminário latino-americano sobre desigualdade social, instalado nesta segunda-feira em São Paulo, a Fundação Getúlio Vargas revelou que, nos últimos dez anos, aqui no Brasil, a renda real por habitante cresceu 10% entre os mais ricos e nada menos de 68% entre os mais pobres. Lá fora, deu-se o contrário. Pobres mais pobres, ricos mais ricos na América Latina, nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia. Na China, por exemplo, a renda real dos pobres, também em dez anos, cresceu 8,5% e a dos ricos, nova classe chinesa, 15%. No caso brasileiro, que se restabeleça a verdade, a redução da desigualdade social tem tudo a ver com a estabilidade inflacionária com crescimento econômico. Quadro patrocinado pelo Plano Real que vai completar 17 anos de carreira nesta próxima sexta-feira. Se a inflação empobrece o pobre, o real transformou inflação de 3% ao dia em inflação média de 3% ao ano. É isso aí.” (27/06/2011) 

domingo, 26 de junho de 2011

Testes para detecção do HIV ainda mais rápidos

imunoblot rápido DPP® HIV 1/2

Hoje existem no Brasil cerca de 630 mil portadores do vírus da AIDS. Destes, mais de 150 mil pessoas que foram ao laboratório e fizeram o teste para saber se tinham HIV nunca voltaram pra buscar o exame. Um exame leva um mês pra dar o resultado – é uma vida inteira pra que alguém enfrente o medo e decida saber a verdade. E a pessoa se torna uma bomba-relógio a solta, podendo infectar outras pessoas simplesmente por negação. Depois de dois anos de trabalho, o Instituto Fio Cruz desenvolveu o único método no mundo capaz de dar o resultado em apenas vinte minutos - assim como os já conhecidos exames pra medição de colesterol, basta uma gota de sangue. O exame se chama imunoblot rápido DPP® HIV 1/2, é confirmatório e feito depois do primeiro exame de triagem. A rapidez permite que o paciente não tenha tempo pra se arrepender e possa ser encaminhado pra tratamento imediato. Com a disponibilização do teste para laboratórios particulares e para o Sistema Único de Saúde, teremos mais pacientes tratados e a diminuição do risco de propagação da infecção.
fonte: Revista Veja e site Biomanguinhos 

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Olho por Olho, Dente por Dente - sob nova perspectiva

Não tem nada a ver com a milenar Lei de TaliãoMe perguntei o porque de termos duas dentições - existem em razão do crescimento dos ossos. Os primeiros dentes aparecem e, com o crescimento dos ossos do rosto, os chamados dentes de leite (decíduos) não crescem mais, não acompanham esse crescimento – precisam ser substituídos pelos permanentes. São então empurrados e caem. Natureza preciosista, mas a história não acaba aí. Dentes de leite podem ajudar na recuperação da visão em pessoas com lesão da córnea por queimadura ou doenças genéticas e imunológicas. 
O uso de células-tronco da polpa do dente de leite foi pesquisado e desenvolvido por cientistas brasileiros e a patente é do Instituto Butantan (São Paulo, Brasil). O uso da técnica em humanos é inovadora e a casuística é de 12 olhos com mais de dois anos de tratamento com alta taxa de sucesso. Diversos tipos de células-tronco podem ser usadas, mas a célula-tronco da polpa dente de leite é uma célula considerada muito plástica sendo muito adequada pra esse fim. A obtenção da matéria prima se dá por doação de dentes de leite. As células são retiradas do tecido mole do dente e depositadas na placa de cultura pra que se multipliquem rapidamente e possam assumir a forma da córnea.  Segundo o pesquisador Nelson Foresto Lizier, esse tipo específico de célula-tronco é imunoprivilegiada (de baixa resposta auto imune) - o risco de rejeição é muito baixo, o que permite o fornecimento por familiares ou doadores comuns. 
fonte: Globo News.com, Jornal Odonto e Nexbio.com

terça-feira, 21 de junho de 2011

Mudar é caminhar....

Mudar é preciso, é bom, difícil, mas possível e necessário. Mudar de cenário nos desnuda pra melhor, pra ver no que dá. Então tá. 
Espero que gostem do novo visual do "Se Espirrar, Saúde!" Quem não gostar, tudo bem. A gente muda até cansar, pra crescer, porque mudar é tentativa e erro, é transformar, mas jamais ficar como está.

É Pagode, é Jazz,..é o que? Pagode Jazz

Misturar é preciso. Quebrar convenções, misturar. O quê misturar é menos importante do que o bom gosto, a harmonia, o como. De tudo que se mistura com sabedoria fica a riqueza, pura. É assim que eu vejo o Pagode Jazz Sardinha’s Club, grupo carioca que toca samba, jazz, choro, funk, reggae-choro (isso mesmo). O grupo nasceu em 1997, fazendo shows no Beco das Sardinhas, meia dúzia de bares numa rua fechada do centro do Rio de Janeiro (Rua Miguel Couto, no largo de Santa Rita) que servem o mesmo cardápio: frango marítimo, uma sardinha aberta à milanesa. Um monte de mesinhas de plático se estende pela calçada de pedras portuguesas, iluminadas por aqueles postes do século retrasado. Nada mais Rio de Janeiro. Não podia dar outra coisa. Vejam o que esses oito caras fazem, veja o vídeo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Rejeição social - as dores não são só metáforas

Dr. C. Nathan DeWall

“Matar um leão por dia”, nos dias de hoje, significa ser aceito e legitimado em uma rede de proteção. Pessoas rejeitadas podem se tornar agressivas, compulsivas ou inconsequentes com seus atos. E o reflexo desse comportamento no meio profissional é a prova disso. Atitudes agressivas de quem não suporta ser contestado ou desafiado - insegurança. Ser aceito no trabalho e ser reconhecido por fazê-lo bem é sinônimo de aceitação, ao passo que as pessoas evitam ao máximo o fracasso pelo pavor da rejeição. E rejeição pode causar dor, uma dor que pode ser tão ou mais voraz que a dor física. 
O Dr. C. Nathan Dewall, da Kentucky University estudou a associação entre dor física e dor emocional, pra provar que ambas têm comportamentos em comum no organismo humano. Dessa forma, aplicando analgésicos comuns poderia, por exemplo, melhorar o estado emocional de uma pessoa que acabara de ser demitida. Com doses diárias de paracetamol (e placebo) por três semanas a um grupo de estudantes, o Dr. Dewall foi medindo o nível de stress e de dor emocional a que essas pessoas vinham sendo submetidas. Alguns dos testes incluíam jogos onde as pessoas eram socialmente excluídas. Conseguiu identificar a diminuição da atividade cerebral nos pacientes que tomaram o medicamento, Os pacientes que tomaram placebo se mantiveram inalterados. Segundo o pesquisador, isso tudo tem a ver com uma importante mudança social: ao longo do tempo, a sobrevivência mudou de cara – a inclusão social é a nova cara do “mundo hostil”.
Mas segundo o Dr. Dewall, ainda é cedo pra dizer que um analgésico pode efetivamente tratar a dor social, há que se estudar muito mais. E ainda assim, criar um ambiente mais saudável de convívio social pode ser uma solução mais imperiosa do que ter dar remédios pra todo mundo. Entender de forma racional que a rejeição faz parte da vida é uma coisa. Mas admitir que a dor social pode ter o mesmo impacto que quebrar um osso, isso não pode definitivamente passar despercebido
fonte: revista Harward Business Review

domingo, 19 de junho de 2011

O mundo "entre aspas" 18

Herbert de Souza, o Betinho
"O encanto da novidade e os velhos hábitos, por mais que uma coisa se oponha à outra, impede-nos igualmente de ver os defeitos dos nossos amigos." (Duque de La Rochefoucauld)


"Sê senhor da tua vontade e escravo da tua consciência."(Aristóteles) 


"A tecnologia moderna é capaz de realizar a produção sem emprego. O diabo é que a economia moderna não consegue inventar o consumo sem salário." (Betinho) 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Não vou não, posso não, quero não, minha paciência tá no chão

Gente que não retorna telefonema me irrita. Você liga e a pessoa do outro lado pede que deixe o número do telefone. É fatal, não vai retornar. Chego a acreditar que 80% do meu descrédito nas pessoas começa por ligações não retornadas. Pra que dizer que vai retornar se sabe que não vai dar a mínima? Então não diz nada, seja minimamente franco, desconversa.  A mesma coisa quando confirmam presença e nem aparecem. Acho que as pessoas não fazem por mal (com certeza, não todos), mas é coisa grave. O descompromisso com a palavra de honra é um vício insidioso praticado à exaustão e parece que vem aumentando. Aliás, não se houve mais essa expressão “palavra de honra” quando se quer reforçar o “pode crer no que estou dizendo” - ninguém quer empenhar a palavra. 
Também não ando com muita paciência com pessoas que se ACHAM. Gente que pensa que sabe tudo e se dispõe a aceitar uma premissa desde que a ótica seja a dela própria. Aquelas pessoas que te acham um ET se você não pensar como elas ou lhes beijar a mão. Pessoas que deveriam fazer um seguro do próprio umbigo, que falam de si e pra si desde que acordam. Os vaidosos em excesso, os arrogantes e soberbos são presas fáceis dos aproveitadores, é fato. Mas e quem não é aproveitador? Tem que aturar pra sobreviver. Não, não mesmo. Gente que não se compromete, que não assume erros, que não ri de si mesmo, que mede as pessoas de cima a baixo com desdém. Estou resolvido a ser cada vez menos resiliente com “espertos”, “maledicentes”, “ingênuos” de carteirinha, “rotuladores”, “bajuladores” e outras tribos. É sério, pois me põe no compromisso de me policiar o tempo todo – o discurso tem que ser a prática, sempre. As lições são feitas de pequenos gestos.  E aos telefonemas que não retornei ao longo da vida, peço sinceras desculpas pela minha descortesia. Isso não vai se repetir. Será que dá? Vai ter que dar.

terça-feira, 14 de junho de 2011

TAP Portugal - o valor do intangível

"Gentileza gera gentileza", dizia José Datrino. Diz outro ditado no mundo dos negócios que "não tem almoço de graça". Mas tem empresas que ao menos fingem muito bem que não estão de olho apenas no bolso do cliente, faz soar autêntico. A criatividade tem dessas coisas. E daí partem pra aposta no intangível, naquilo que nem sempre os gráficos tipo sismógrafo são capazes de prever. Vai dar retorno imediato ou não? Lucro ou rentabilidade? A empresa vai ganhar mercado? Como e em que tempo? Ninguém coloca dinheiro bom em estimativa ruim, mas tudo tem um limite. Em marketing existe aquela esquizofrenia de querer medir resultados de curto prazo com ações intangíveis. Ninguém merece... 
Nos 457 anos de São Paulo (janeiro de 2011), a TAP Portugal aprontou uma boa pra quem circulava no aeroporto de Guarulhos (São Paulo, Brasil) naquele dia. Boa mesmo, coisa pra quem viu e participou não esquecer.
Pois no domingo em que se comemorou o Dia dos Namorados no Brasil, 12 de junho, esses patrícios aprontaram de novo, desta vez em Porto Alegre. Colocaram o pessoal pra dançar. E já fizeram isso em Miami também, pra inaugurar uma rota. Mais que marketing vivencial, isso é arrancar carisma do público. Essa é a acepção real da expressão manjada: "Nós comemoramos e quem ganha é você". Parabéns à TAP pela inovação. Numa próxima viagem certamente vou consultar passagens com eles. "Gentileza gera gentileza".
vejam os filmes...

sábado, 11 de junho de 2011

Adesivos de "famílias felizes" - Um "Facebook" à moda parachoque de caminhão

O "legal" e o "real" - quem vai ganhar as ruas?
Gente quer sempre afiliação, aceitação e exposição de sentimentos é uma forma bem conhecida de preencher essa necessidade. Pra isso, redes sociais e micro blogs estão aí pra dar conta de toda essa exposição minuto a minuto. Gente que não desgruda do blackbarry. Escovou os dentes, postou. Deu três passos, postou. Respirou, postou. É a tecnologia à serviço das carências. Mas só isso não chega e os métodos tradicionais prevalecem, como por exemplo, personalizar o próprio carro. Essa tem sido uma forma milenar de aparecer e buscar aceitação – o carro do sujeito diz muito sobre ele mesmo e seus hábitos. Os parachoques de caminhão e os parabrisas com dizeres "Eu amo a minha família" ou "Não tenha inveja, trabalhe" são ícones e sempre puxaram a fila. A última mania: os tais dos adesivos “famílias felizes” grudados na tampa do porta-malas. Cachorrinho, gatinho, as crianças e seus papais de mãos dadas, sorridentes. Exteriorizar relações afetivas e dedicação à família é tido como importante (ainda que falsa) entre brasileiros e agora estampa nossos carros. Mesmo com o declarado risco de marcar o carro, dando informações a bandidos e agressores, ninguém liga - virou febre. 
Sempre que vejo esses adesivos enquanto espero abrir o sinaleiro, me arrepio. Me vem um sentimento bastante perverso de falsidade ideológica no àr – gente amarga, cheia de problemas e neuroses que se refugia num singelo adesivo  como se tudo fosse um mar de rosas. Pai que bate em mãe, filhos que não se entendem, cães que não existem. Como se as mazelas fossem a excrescência e a felicidade uma ordem. Ninguém me engana.  Mas esses dias começaram a aparecer uns adesivos vida real, de “famílias infelizes”. O exibicionismo ficou então mais mundano e os adesivos retratam pais viciados, mães depressivas, crianças brigando, um cachorro morto. Penso em algo mais frugal, que não vi ainda...como seria um adesivo de filho mimado e sogra marrenta? Longe de qualquer apologia, pelo menos esses servem de crítica bem humorada aos exageros que as pessoas cometem, os excessos pela simples necessidade mostrar aos outros que namoram, tem cães e gostam dos filhos, ainda que isso posso ser um mero desejo de quem nunca foi feliz de verdade. Pra quê isso tudo??   

Manoel Pereira na V Copa INOB de Squash

Manú, a fera do Squash brasileiro e mundial
Está acontecendo na MDO Squash Club em Brasília (DF – Brasil|) a Copa INOB de Squash, em sua quinta edição. Grandes feras do Squash brasileiro participam todos os anos, dentre eles o Manoel Pereira (Manu), que sempre nos manda notícias de suas andanças pelo mundo. Pra quem não sabe, o Manú é o terceiro do ranking brasileiro e o 138º do ranking mundial.
“hoje, 10 de junho,  ganhei nas 8ª de final do Savério Christovam 14º do Brasil e amanhã jogarei com Josemar Silva 4º do Brasil”.
Veja o time que prepara o Manú:
Treinador; Roberto Sciencia, Tarik Kamal, Preparo Fisico; Marcelo Sousa, Psicóloga; Cheila Casagrande, Preparador Mental; TALAL HUSSEINI Fisioterapia; Physio Atlhetic


Estamos torcendo pra você Manoel, um verdadeiro “titã” do Squash brasileiro e mundial...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

"Sadigão" por um fio

A fusão entre Sadia e Perdigão pode ser vetada se a BRF Brasil Foods não apresentar um plano alternativo convincente aos conselheiros do CADE até 15 de julho. O Conselheiro Carlos Ragazzo deu parecer contrário à fusão por entender como certo o risco de aumento de preços de frangos, perus, carnes e outros produtos da empresa considerados “Premium”.  Com esse novo cenário, as ações da BRF Brasil Foods caíram 6,3%, o que fez o valor de mercado da empresa encolher em mais de 1 bilhão de reais. 

Conselheiro do CADE Carlos Ragazzo - voto contrário à BRF Brasil Foods
fonte: Valor Econômico

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vacina intradérmica contra a GRIPE - o fim das agulhadas

Vacina contra a gripe não pode causar a gripe. Os vírus influenza com os quais ela é feita estão mortos, inativados, por isso não podem causar a doença e pronto. A novidade pra 2011 é o lançamento das vacinas intradérmicas – a  IDFlu, da Sanofi-Pasteur. A agulha é 10 vezes menor do que as agulhas convencionais, o que a torna minimamente invasiva e, consequentemente, menos desconfortável pra quem precisa tomar. Ela tem 1,5 milímetros, por isso só vai até a pele e não chega no músculo. A dosagem também é reduzida, cinco vezes menor que a tradicional. E ela vem com um dispositivo de segurança que dispara após a aplicação, evitando acidentes.  A Sanofi-Pasteur só comercializa a belezinha em clínicas particulares, a um custo cerca de 35% superior à convencional.  As injeções e vacinas sempre me pareceram muito pré-históricas e desconectadas do mundo que evolui. Tudo evolui menos a injeção, como pode? Tipo rudimentar de tortura em nome da cura. Aquela coisa de “o que dói, cura”. A primeira vacina, a da varíola, surgiu a quase 200 anos. De lá pra cá, diminuíram os riscos de contaminação, as drogas melhoraram, mas o processo mecânico é praticamente o mesmo: as injeções pouco ou quase nada evoluíram. E quem garante que a pessoa que aplica sabe o que está fazendo? Além da dor, e a chance de ter uma necrose? Tenho aversão absoluta à agulhas de injeção de qualquer ordem ou espécie. Eu e a torcida do Flamengo, do Corinthians, do Vasco, do Barcelona...
Pago tranquilamente a mais pra esquecer de vez as agulhadas que precisei tomar na vida. Quem já tomou um benzetacil bem tomado sabe do que estou falando. Depois de um benzetacil aplicado de forma profunda, nenhum ser humano é mais o mesmo - tanto quem recebe a agulhada como quem a aplica.
fonte: terra website, portal da educação, Sanofi-Pasteur website e Wikipedia 

domingo, 5 de junho de 2011

O Dom da Palavra

“Uma vez uma professora me disse algo revelador: procure sempre saber os autores das músicas que você ouve. Apesar da música durar só quatro minutos, pode ter levado anos pra sair do papel e significar a vida inteira de um poeta”.  Foi meu grande amigo Cássio Bossi quem trouxe esse tema pra conversa, entre um gole de refrigerante e outro, numa noite fria de junho. São dele estas palavras e fui pensando nisso enquanto dirigia pra casa. Sempre tive um profundo respeito pelos poetas, pelos autores e suas obras. Podia ser uma quadrinha que fosse, simples que fosse, mas certamente aquilo deu trabalho, exigiu reflexão e talento. Veio desse respeito a atitude de sempre referir as fontes dos comentários aqui do blog. 
A verdade é universal, ninguém pode se dizer dono dela. Mas a forma como as pessoas juntam idéias, formam estruturas e contam suas histórias, essa é intocável, pessoal, intransferível e precisa ser respeitada sempre. Veja esse video do Palavra Cantada, uma das coisas mais belas que já surgiu na televisão brasileira. Como tudo é universalmente cíclico, quem sabe o que é bom e belo possa ressurgir pra ocupar o lugar de todo o péssimo conteúdo que se vê na TV de agora... 

Faça seu próprio vinho

Clientes da Crushpad
separando uvas para o seu próprio vinho

Uma empresa americana chamada Crushpad, em Napa Valley (próximo de São Francisco, CA/EUA) propõe um modelo de negócio inovador. Eles produzem vinhos. Eles propriamente não, mas seus clientes sim. Qualquer pessoa que tiver disposição, tempo e 8 mil dólares, pode participar de todo o processo de produção do seu próprio vinho. A quantidade mínima é de um barril de 225 litros, o que dá 300 garrafas. O cliente pode decidir o tipo de uva, quem será o fornecedor, tempo e temperatura de fermentação, tempo de envelhecimento em barris de carvalho e até os detalhes do rótulo. Isso pode ser feito via web ou na própria empresa, onde o cliente participa da separação das uvas, do processo de maceração (não com os pés, mas com máquinas especiais), etc. 
Executivos entre 35 e 55 anos fazem parte da lista de clientes e alguns levam o hobby muito a sério: 17  deles receberam mais de 90 pontos na avaliação de Robert Parker, o todo poderoso da degustação de vinhos. O negócio deu tão certo que a Crushpad instalou uma segunda unidade na região de Bordeaux (França) e surgiram também alguns filhotes: a Brooklin Winery a City Winery, ambas em Nova York. A City Winery se especializou em oferecer seu processo de produção de vinhos a empresas interessadas em fazer programas de team building com seus funcionários.
fonte: Revista Exame 

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Linked in - 100 milhões de motivos para acessar

Ainda encontro gente que torce o nariz pras redes sociais. Já tive que engolir coisas do tipo “não tenho tempo pra essas coisas” ou “não gosto dessa super exposição”. Morderam a língua. Passa um tempo e estão todos lá, com a melhor foto do momento, adicionando gente, mandando recados. É uma atitude recorrente e mais ainda quando o assunto é emprego. Todo mundo sabe que 80% das indicações pra vagas acontecem através de relacionamento, mas como diz o ditado, “saber e não fazer é ainda não saber” – via de regra, as pessoas só lembram que network existe quando a água bate na bunda. No pseudo conforto da vida corporativa, o sujeito some, simplesmente desaparece pra vida lá fora. Passou a foice, começam os telefonemas, mails e pedidos de acesso em redes sociais, das quais o Linked in é um ótimo exemplo nesses casos. Penso que Rede Social que se preze tem que levar a alguma coisa, ter um objetivo claro, o que nem todas conseguem. E o Linked in faz aquilo a que sempre propôs: conectar pessoas, empresas e suas oportunidades. Isso tem mudado radicalmente a cultura de recrutamento e seleção de candidatos, bem como na oferta de serviços e novos negócios. 
No começo de tudo, o Linked in era uma mera ferramenta de conexão entre as pessoas e seus interesses em comum. Até que empresas começaram a observar perfis e comportamentos – hoje, são mais de 100 milhões de perfis cadastrados e, segundo  pesquisa da Revista Forbes, 73 das 100 maiores empresas do mundo usam Redes Sociais como parte importante do seu processo de seleção de talentos. Lembro que, há alguns anos atrás, estava brifando uma agência de recrutamento para que rastreassem um vendedor pra minha equipe. Pedi que um dos pré-requisitos fosse uma pesquisa em redes sociais e a recrutadora me olhou de um modo estranho, como se eu tivesse pedindo algo fora do normal. E era, mas isso é passado. Embora seja uma parte apenas do processo, o futuro de Redes como o Linked In é ser um grande depósito de informações profissionais, integradas para conectar interesses e interessados. Isso torna cada vez menos aceitáveis coisas do tipo “não tenho tempo pra estas coisas”. Quem gosta de se esconder atrás desse jargão, precisa saber: as empresas e os ambientes de negócios sim é que não terão mais tempo nem espaço pra esse tipo de pessoa.
fonte: Revista Exame