quinta-feira, 14 de julho de 2011

Propagandista - profissão pra lá de Sustentável

Propagandista - pelo Sindusfarma, são mais de
200.000 profissionais existentes no Brasil

Propagandista. Você já deve ter visto um camarada (ou uma garota) com um pastão quadrado esperando no sofá do consultório do seu médico. Normalmente está com um celular e consultando o palmtop, ou Ipad, lendo um artigo. Essa pessoa é o PROPAGANDISTA. 

O Propagandista é um profissional contratado e treinado por laboratórios farmacêuticos pra comunicar sistematicamente a um grupo de médicos novidades terapêuticas as quais um laboratório desenvolve. Pode ser um medicamento novo, pode ser uma informação nova sobre um medicamento antigo, pode ser um novo teste diagnóstico, existe um sem número de possibilidades. Como em toda a profissão, existem Propagandistas preparados, outros nem tanto. Existem também os do bem e os do mal. Cabe ao médico que os recebe escolher aqueles cuja empresa (e a atitude pessoal) fornece algo de relevante para seus pacientes. E isso já está acontecendo há tempos. Muitas empresas travestem os profissionais de vendedores de produto, alusão equivocada e imediatista. Um comunicador hábil e legítimo, com conhecimento suficiente para ser consultor de seus médicos faz mais sentido no curto e longo prazo. E claro que a "pegada" comercial é importante, pra que tanto a empresa quanto seu medicamento possam ganhar a preferência de médicos e pacientes. Esse pessoal precisa estudar muito, pra não dizer bobagens. Tem que conhecer mais de medicamentos que o próprio médico, que conhece doenças. Por isso, os bons Propagandistas são sempre respeitados pela classe médica. Curso superior, pós-graduação e conhecimento de, ao menos, um idioma estrangeiro já não são luxos pra um Propagandista. Mas o requisito mais importante é ter respeito pelo seu próprio trabalho e por seus interlocutores - restante é consequência.

A despeito de toda a discussão e controvérsia sobre a atuação dos propagandistas junto a médicos e a relação limítrofe existente entre ambos, é pelo Propagandista que o médico pode ter acesso rápido aos medicamentos, que são lançados aos montes. Por trás de um Propagandista existe uma empresa – e como toda arquitetura de mercado, existem as empresas que mantém relações saudáveis com seus clientes, outras nem tanto – até aí nada de novo. Se formos por esse caminho, uma empresa que faz carros e estimula (ainda que dissimuladamente) que as pessoas ultrapassem os limites, também ameaça indiretamente a preservação da saúde e da vida. Por isso não acredito que essa atividade vá acabar um dia – é até ingênuo pensar desta forma. Assim como não entendo o profissional de saúde que repele o Propagandista (os bons, diga-se de passagem). E se um deles vir a ser seu paciente? Como toda a atividade que se crê sustentável, a Propaganda Médica vai se transformando e o Propagandista também – mais tecnologia, mais habilidade comunicacional, mais ética, mais foco em soluções saudáveis e produtivas...é assim com tudo, é assim com a vida. Por isso, todo o 14 de julho é dia do Propagandista no Brasil. Um forte abraço a todos os propagandistas.  

Um comentário:

  1. Há dois anos que estou tentando entrar nessa área e já percebi que é muito competitiva, no entanto não pretendo desistir.

    Tem alguma dica para me dar?

    Um abraço!

    E-mail: paulo.admfgv@hotmail.com
    Paulo Biagioni Júnior

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