segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Os joaquins


Joaquim Barbosa e
Claudionei Penha - lenda e realidade
(Por Luiz de Souza)

Toda vez que alguém se torna popularmente um exemplo de sucesso, no seu entorno surgem os mitos e as lendas. Parece que o ser humano se alimenta disto. Ser bem sucedido não é credencial suficiente de sucesso, tem que ter o milagre, a lenda. É preciso que, num certo momento, surja na biografia do sujeito uma fagulha de algo inexplicável que faça disparar o herói da moda. Foi assim com Silvio Santos e as canetinhas vendidas na barca Rio-Niterói. Com Eike Batista garimpando ouro em Serra Pelada ainda guri (o próprio já desmascarou essa versão em biografia oficial, mas não adiantou) e assim acontece com o Ministro Joaquim Barbosa – menino negro, franzino, de família pobre e operário de olaria no interior de Minas Gerais.

Me pus a pensar nos silvios, eikes e joaquins que tivesse conhecido ao longo dos meus 70 anos e que passam há quilômetros da mídia. Pessoas comuns das quais ninguém fala e que não se tornam milionários nem juristas. Com esforço, romperam o ciclo familiar de pobreza e dificuldade, pra virar o jogo. Nenhum deles virou lenda urbana nem vai ganhar um epitáfio no fim de suas vidas. Lembrei de um que particularmente me marcou. Não por ser também negro e quase calvo. Mas pela dedicação ao trabalho, pelo desenvolvimento profissional que tem conseguido e por eu reconhecer nele um globe trotter incansável sempre na busca dos bons resultados. E o Meu joaquim ainda é um poço de modéstia e bondade. Já o da mídia, embora pareça ser um cara decente e que não gosta de cantar marra, eu não conheço pessoalmente – nada posso afirmar.


Poucos anos atrás fiz um endorsement dele no LinkedIn. Transcrevo no inglês em que foi redigido, assim os nativos dessa língua podem também saber mais sobre ele.


I´ve met Claudionei Penha for the first time in 1993, when I was Director of Marketing and sales for Czarina S/A -manufacturer of women´s shoes and handbags- which since 1953 has been regarded the most appraised brand of feminine shoes ever made in Brazil and also exported out of Brazil. I hired Claudionei Penha not only because he had the adequate background in all the stages of the footwear manufacturing and business, but mainly in the area of development of products for the trading companies that were in charge for the exports to USA and Europe. I hired him as Manager of the export business. Its responsibility was to co-ordinate the development of shoes, bags and accessories for the external market, keeping the accompaniment of the process from the development order until the shipping of the finished production items to the overseas customers. And he positively exceeded my expectations . Surely, Claudionei Penha was one of the best hiring that I´ve made during my extensive senior management career. I am proud of meeting him professionally and being in contact all these years in which I could witness his successful career development.


Meu joaquim, na realidade CLAUDIONEI PENHA, tem hoje intensa atividade acadêmica como Professor Adjunto do Departamento de design de calçados e acessórios na Faculdade de Moda - F.I.T. – Fashion Institute or Technology de Nova Iorque, sendo também Executive Member do FGI – Fashion Group International. E é consultor de mercado para marcas como Brown Shoe Company, Enzo Poli, Vitória’s Secret. Nasceu em Franca (São Paulo, Brasil). Aos 10 anos era entregador em uma pequena loja da cidade enquanto estudava em meio período e aos sábados pegava na vassoura, auxiliar de limpeza na mesma empresa. Com 14 anos chegou a vendedor da loja e aos 16 já estava em Porto Velho (Rondônia, Brasil), como auxiliar administrativo de uma lapidadora, tendo retornado a Franca com 18 já como tradutor e professor de inglês, segundo ofício por 19 anos. Em Franca, entrou para a indústria de calçados pela porta do escritório brasileiro da Lowell Shoe Inc., donde foi transferido para Novo Hamburgo (Rio Grande do Sul, Brasil), para gerenciar o start up da empresa naquela região. Foi ali que nos conhecemos e o contratei. Tinha as competências pra função, mas vinha com “acessórios”: além do inglês (língua básica em Comércio Exterior), Meu joaquim era fluente em alemão, espanhol e italiano (assim como o outro). E tinha um hobby peculiar que chamou a atenção: o canto lírico. Mas em 1995, Claudionei recebeu um Green Card e foi quando o perdi para seus primeiros patrões nos Estados Unidos - Ann Taylor e depois Ralph Lauren, Via Spiga, Vera Wang Lavender, Sam Edelman, Etienne Aigner e Franco Sarto. Meio difícil concorrer.




sábado, 22 de dezembro de 2012

Nova Lei Seca no Brasil - apertou ainda mais


Pode não resolver, mas já é o começo.

O cerco ao pessoal que bebe e dirige apertou um pouco mais no Brasil. Apertou bem, mas ainda é pouco. E isso serve pra quem toma aquela cerveja inocente e pensa que o inferno é o outro. “Eu só tomei duas ou três latinhas”. Nas festinhas entre amigos, é sempre esse o discurso (aos meus amigos, sinto muito, mas nesse assunto não faço distinção).

E aquela balela de produzir provas contra si mesmo foi por terra. Como a percepção visual de testemunhas e vídeos passam a ser prova suficiente para enquadrar o sujeito, o bafômetro e o exame de sangue, de vilão passam a ser a esperança (ainda que torta). Caso a pessoa queira uma "contra-prova" do seu estado, a opção passa a ser recorrer a esses dois expedientes. 

O mais impressionante é que, no exato dia em que a lei foi sancionada pela Presidente Dilma Rousseff, a polícia de São Paulo já pegou alguns caras, um deles se achando injustiçado por ter de ir se explicar na delegacia. Veja no infograma como ficou a vida de quem insiste nessa insanidade. 

fonte: folha.com

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

SUS distribui novas drogas para tratar a Hepatite C

Atualmente a Ribavirina e o Interferon Peguilato são as drogas que fazem parte do protocolo de tratamento da Hepatite C. Novos medicamentos vão reforçar o arsenal terapêutico e começam a ser distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2013. O Victrelis (Bocetrevir – Merck Sharp & Dhome) e o Incivek (Jansen) são inibidores de protease e permitem tratamentos mais curtos com menos efeitos colaterais. Até então, com os medicamentos existentes, a taxa de sucesso era de 40%. Com os novos medicamentos associados, a taxa de sucesso sobre para 90%. Porém esses medicamentos precisam ser tomados como parte do coquetel já existente, o que faz com que o paciente tenha que combinar muitos comprimidos e apresente efeitos colaterais tais como anemia, alterações do paladar, náuseas, vômitos e diarréias. Em função disso, o novo coquetel terá como alvo os pacientes em estágio mais avançado da doença.

Fonte: Folha.com e Veja.com

Rápidas de Humor Intrépido - Fim do Mundo

Vida dura de um Estagiário Maia....

fonte: facebook

Rápidas de Humor Intrépido - Calvin & Haroldo


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O Papai Noel que existe em mim

Como em toda a família, até aos 8 anos, acreditar no Papai Noel não era uma opção. Todo ano, meu tio batia ponto em nossa noite de Natal. Chegada a hora, tocava um sininho que fazia disparar o coração da gurizada. Claro que ninguém racionalizava muito, não percebíamos que era o nosso tio. A performance era perfeita e satirizada. Vinha lento aquele velhinho mais magro que a expectativa e com um sacão enorme sobre os ombros. A máscara do Papai Noel era simplesmente horrível. Marcou minha infância aquela máscara de plástico horrenda, com dois buracos pequenos que, diziam, eram olhos. Aquilo assustava, mas meu tio não sabia ser um Papai Noel sério, então as piadas e brincadeiras eram inevitáveis e desviavam a atenção daquela coisa estranha no rosto do meu tio.

A primeira vez que fui convidado pra ser Papai Noel pra um grupo de crianças numa festa de Natal, lembrei de cara da bendita máscara do meu tio. E lembrei da primeira pergunta que ele fazia quando batia o “olho” na gente: “ – Tú tá comendo tudo direitinho? Tá escovando os dentes? E na escola, tudo certinho?”. Não tive dúvida sobre o Papai Noel que queria ser. Seja qual for a festa de Natal, sempre baixa o meu tio daquele tempo. Apesar de muitos anos fora do Rio Grande do Sul, até o sotaque gaúcho ganha força. E, toda vez que faço o check da roupa, lembro de dar especial atenção ao rosto do “Papai Noel”, no espelho. Nada de máscaras assustadoras. E daí é abrir a porta do banheiro e aproveitar os 15 minutos de fama diante dos olhos brilhantes da meninada. Da primeira vez, só um cara não ficou convencido. Meu filho, vendo aquela performance e rôu,rôu rôus, focava minhas mãos. Virou pra mãe e perguntou: "-Mãe, esse Papai Noel tá muito parecido com meu pai, olha a mão dele...". Daquele dia em diante, a fantasia tinha dias contados. Achamos que era melhor contar. A partir dali ganhei um auxiliar de papai Noel. Hoje, depois de cada performance, ele me pisca o olho: "- Aí Pai, foi show de bola..."

Obrigado tio, a despeito da máscara. Ser Papai Noel não tem preço.

Feliz Natal pra todos!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O Mundo enfim


Acordo e vejo que aceitar a complexidade da vida,
as contradições, o submundo, as perguntas sem resposta,
os gadgets que mudam a cada dois meses, as desordens naturais,
a demagogia, a cacofonia, a pedofilia, a magia, a sangria, 
a liturgia, a megalomania, acordar, levantar, trabalhar, gastar, 
pagar, manter, provar e provar de novo, reprovar, 
exigir, tudo isso junto de novo. 

Melhor acreditar que tudo vai acabar. Melhor derramar o mundo
Em lava, em lama. Mas, entredentes, confirmo a realidade,
Onde a loucura se expressa.
A vergonha que será o novo, o velho, imundo.
Cadê o final que me prometeram. É tudo novo, de novo.
Acordar, rugir, trabalhar, ganhar, perder...
Melhor que se acabe o mundo. 

Novas idéias não sobrevivem às velhas atitudes


Yahoo muda layout e o usuário, marido traído, fica sabendo pela imprensa.

Marissa Mayer, do Yahoo
bonito layout,
mas comunicação fraca
13 de dezembro, 2012. Abro meu Yahoo e “voilá”, o layout mudou completamente. Pensei que fosse bug ou outra das diversas falhas apresentadas vez por outra pelo Yahoo. Ou quem sabe um racker, não duvido nada. Procuro no Google e está lá – “Presidente do Yahoo apresenta nova versão do serviço de e-mail”. Puxa, mas um serviço que lida justamente com comunicação...será que eu não merecia um mail dela no meu mail pessoal anunciando a mudança? Diz o texto da matéria que veicula em vários sites que Marissa Mayer apresentou a nova versão “no post de um blog”. Que blog e pra quem?

A sutil diferença entre o erro e o desastre é a forma como nos movemos em direção a um para evitar o outro. Estamos carecas de ver pessoas e empresas pisarem feio na bola e serem redimidas pelo próprio cliente (ou colega, ou chefe...) só porque a postura na reparação foi digna de aplauso. Essa é a diferença entre velhas e novas atitudes. O Yahoo tem tomado paulada do Facebook e do Google há anos. A fama da nova presidente, vinda do Google, é de criar produtos para a internet de natureza prática, coisa que a web mais precisa nesse momento. Mas não dá pra atropelar coisas básicas: comunicação - falar com os usuários dá ibope e nisso a concorrência tem sido campeã. O layout ficou bonito, mas a comunicação, pra variar, nem tanto...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Rápidas de Humor Intrépido - Veríssimo e Iotti

Radicci e As Cobras; É por aí mesmo!
fonte: chupinhado do Facebook...

As Bactérias que engordam


Pesquisa comprova que bactérias alteradas em nossa flora intestinal causam obesidade

Certa vez um médico amigo resumiu bem o que é a obesidade: “tratá-la é como um daqueles cubos mágicos.” É uma doença intrincada, que não vem isolada, dependente de diversos fatores tais como genéticos, hormonais e comportamentais. E quanto mais complexa, mas novidades aparecem: recentemente, um artigo publicado na Revista Nature mostrou uma outra novidade: a influência das bactérias existentes em nossa flora intestinal também tem relação direta com a obesidade. Segundo o artigo, o desequilíbrio dessas bactérias faz com que fragmentos de micróbios passem para a corrente sanguínea. As defesas do organismo detectam o “intruso” e desencadeia um processo inflamatório. Este processo inibe a ação da insulina no transporte de glicose para as células e na absorção desta insulina no pâncreas. Este processo altera o metabolismo das células de gordura, favorecendo o seu acúmulo.

Descobertas como essa favorecem o surgimento de mais uma frente de ataque: o tratamento da obesidade também com bactérias, regulando a flora intestinal, os chamados probióticos (quem não lembra das propagandas de Yacult? Lactobacilos vivos). O processo pode envolver o uso de antibióticos específicos. Ainda que essa indicação precise ser pesquisada e estudada intensamente antes de virar realidade, é mais uma luz no final do túnel, pra quem sofre com a balança. A luta continua. 

veja a série de artigos relacionados na revista Nature (clique aqui)

fonte: Revista Veja e revista Nature

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Joelmir Beting - o Adeus à Botocúndia S.A.


Como nenhum outro jornalista, Joelmir era um termômetro do humor político-econômico brasileiro. Vai fazer falta. Suas tiradas curtas, sutis e sarcásticas resumiam crises e bonanças, escândalos e virtudes. Em segundos, inventariava os fatos, ações e reações, sem jamais perder a calma e o bom humor, mesmo nos momentos de indignada contemplação. Por isso era referência. Pintava um escândalo qualquer, uma pasta preta ou uma iminente fuga de dólares (fossem lícitas ou ilícitas), era quase certa a pergunta “o que será que o Joelmir vai dizer hoje na BAND?” Joelmir Beting deixa um legado difícil de passar adiante. No seu site (clique aqui), dizia estudar 15 horas por dia desde a infância. Ter opinião e ser imensamente respeitado por ela dá trabalho e pode levar uma vida inteira, mesmo pra quem tinha 55 anos de carreira e 75 anos de idade.

Vá em paz Joelmir e obrigado. 


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A Evolução das Baladas (por Luiz Souza Filho)


Fui surpreendido outro dia, com uma lembrança que, a meu julgamento, dá uma medida no mínimo interessante da “evolução” da arte musical popular e que me levou a uma reflexão. Não era porque há 55/60 anos atrás não tínhamos como hoje os DJs que além de comporem (e muito) também mixam, pintam e bordam com as pick-ups atuais que a gente deixava de curtir um sonzão e dançar muito, nos deixando transportar deste mundo para algum outro onde só habita a música. Mas a tecnologia, claro, lhes permite compor trilhas bem originais. Louvores a Tiesto, David Guetta, Fatboy Slim, Moby, Bob Sinclar e o próprio Zé Pedro (ex DJ dos programas da Adriane Galisteu). Milagreiros high-tech. Seus "sets" são tocados por DJs do mundo todo ou baixados de graça na Internet. E tudo isto tem um valor imenso mas, e sempre tem um mas...

Mesmo assim, quando um cantor ou músico de hoje grava um CD ou registra sua obra (seja em qual for a mídia) e nos encantamos com seus agudos, falcetes e graves, na verdade o Auto-tune é que está fazendo tudo pela maioria dos interpretes , pois corrige até os mais desafinados. E os instrumentos musicais só faltam falar. Claro, à custa de computadores e periféricos manipulados pelo executante. Não se trata de saudosismo, não. Mas na década de 1950, nas “reuniões dançantes” regadas a Coca Cola e refresco de groselha e que começavam às 17:00 hrs e que iam no máximo até às 21:00 impreterivelmente, colocava-se um disco na vitrola, sim. Mas, além de interpretes que faziam tudo no gogó, músico que não fosse músico mesmo, estava ferrado. Nem saía do chão. Viajando nesta maionese, lembrei de um astro das reuniões dançantes que fazia muito mais do que todos os DJ’s da atualidade e, me perdoe o falecido, mais que Ray Charles. Sim, pois Ray, desprovido do sentido da visão, embora maravilhoso, usava um instrumento peculiar que, quando a natureza nos agracia com ele, quando o interprete é um virtuose fica mais fácil de manejar do que, por exemplo, um órgão.

Hernesto Hill Olvera
E o astro a que se refere este post tocava órgão, era tão cego quanto Ray, mas seu órgão não faltava falar. Ele falava. Sem computadores, sem softwares, sem periféricos e sem qualquer outra coisa a não ser o fato de ser eletrônico. Ou seja, ele falava literalmente na unha. Só com a habilidade do organista ERNESTO HILL OLVERA. Era um Hammond B-3. Mas quem era este gênio?  Ernesto foi um músico mexicano nascido em Aquascalientes, em 22 de dezembro de 1936 que aos 7 meses de idade perdeu a visão. Aos 3 anos a família mudou-se para Guadalajara e aos 6 anos ingressou no Instituto de Capacitação para Meninos Cegos. Aos 12 graduou-se e aos 13 começou a estudar piano e já em restaurantes locais e na Cidade do México para onde já tinha se mudado em busca de oportunidades. Conta a lenda que um belo dia o restaurante onde trabalhava comprou um órgão, instrumento o qual nunca aprendera a tocar. Para tal teve que desenvolver sua própria técnica. Para chamar a atenção dos amigos desenvolveu uma técnica para articular seus nomes, que consiste em abrir gradualmente os registros do Hammond para articular as vogais, com cujo movimento criava as palavras dando a impressão de um órgão falante. E era com este padrão de bom gosto que se dançava, que se promovia uma festa de embalo, tomando no máximo Cuba Libre. Sem funk, sem punk, sem eletrônica e sem DJ’s. Entre uma e outra de Ernesto Hill Olvera, um Franck Sinatra, um Bing Crosby e..era isto que a casa oferecia.

Pra quem não conhece, veja se o mexicano era ou não era o cara, na sua interpretação de Vereda Tropical, de Gonzalo Curiel.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Black Friday - Cuidado com a versão tupiniquim


Gostamos de nomes. Uma novidade só ganha ares de novidade se vier batizada. O tal do BLACK FRIDAY existe desde 1961 nos Estados Unidos. No Dia de Ação de Graças, as lojas abrem sua temporada de compras pro Natal. Abrem as portas cedo e a “manada” ensandecida chega pra invadir e comprar. Os lojistas derrubam os preços e tudo é uma “pechincha”.

A despeito do que Casas Bahia e outras do ramo fazem há séculos no Brasil, liquidações “arrasa-quarteirão” ganharam o nome de Black Friday no Brasil também - em 2012, pelo terceiro ano consecutivo. Bem original. Importa-se o nome, mas a pilantragem é velha. Tem lojista jogando o preço lá encima pra baixar na sexta negra. A propaganda poderia ser “TUDO PELA METADE DO DOBRO!”

O detalhe é que a motivação de lá (EUA) não é exatamente a mesma daqui. O varejo americano quer provar que lojas físicas podem ser tão ou mais agressivas do que as virtuais, segundo analistas da Moody’s. E é também uma oportunidade de ouro pra dar um gás na combalida economia americana, toda a ajuda é bem vinda. No Brasil, a cultura da compra por internet versus o varejo físico, por exemplo, ainda não é exatamente um dilema. Por aqui, o oportunismo descarado e a falta de criatividade assumem ares de enfado. É uma pena que as velhas pilantragens sempre encontram quem passe recibo. Cuidado com o Black Friday...

Luis Fernando Veríssimo - fique um pouco mais, pode ser?


Luis Fernando, perdoe a intimidade. Não li nem um terço dos seus livros. Dos que li, normalmente nas férias, numa cadeira de praia ou coisa assim, adorei todos. Setenta livros publicados parece muito, mas nessas horas é pouco. Desejo apenas que fique mais tempo conosco. Sua autenticidade faz falta. Não te conheço pessoalmente, mas quem te conhece sabe. E estou confortável com a imagem que fiz de você ao longo dos anos. Fala pouco, trabalha muito e é um exemplo de simplicidade. A imprensa nunca exagerou, nem nos erros, nem nos acertos. Isso só dá certo ao longo dos anos pra pessoas com atitude. Está bem assim. No Brasil, entre nós, temos poucas pessoas públicas as quais podem mesmo servir de exemplo do bem. Infecção pra quê? Nada disso.

Lembro de uma entrevista sua sobre o lançamento de "As Cobras - Antologia Definitiva", em 2010. Rolava de rir com as respostas, simples, pra variar. O jornalista perguntava: "porque desenhar cobras?" Resposta: "porque é mais fácil, só tem pescoço...". Jornalista: "E porque parou com As Cobras nos anos 90?" Resposta: “Parei, como eu disse na época, porque estava fazendo coisas demais. E também porque não ficava bem um homem de sessenta anos ficar desenhando cobrinhas”. Nada mais Veríssimo...

As Cobras - simplicidade, pouco texto, muito significado
Ok, se por uma absurda issíssima suposição, o pior viesse a acontecer, duvido que você pare de trabalhar onde quer que esteja. Nossa cultura e nossas artes precisam de uns joelhaços, tem muita gente sem noção, "se achando". Você poderia ajudar essas pessoas em outra esfera, dar um puxões de orelha, ensinar como se trabalha pela cultura do país. Não duvido disso.

Mas, em minha modesta opinião,  ainda não é hora de entrar pra história, você tem que tocar sax ainda, em algum bar legal de Porto Alegre. Alguém lá encima certamente vai dizer "-pode entrar que a casa é sua", mas ainda não. Não entre nessa de "sentir uma imensa paz  e uma luz maravilhosa", é furada. Queria ter a chance de ao menos cumprimentá-lo um dia, te ouvir tocar. É famosa a sua cordialidade tímida pra com admiradores. Também sou tímido, vai dar certo. Não vá ainda, fique um pouco mais ou te damos um joelhaço...

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

33o. Campeonato Brasileiro de Squash - vitórias do Presente e do Futuro

Manú e Rafael (2o e 1o lugar na
Profissional, respectivamente)

O cenário deste 33º Brasileiro de Squash (2012) foi a cidade de Fortaleza, Ceará – academia Greco Squash. 250 atletas de 16 estados estavam por lá dia 15 ao dia 18 de novembro, distribuídos em 18 categorias. E a boa notícia é que tivemos vitórias importantes, tanto de guerreiros do presente quanto do futuro, nossos Exterminadores do Squash. Rafael Alarcon ganhou pela oitava vez na categoria profissional. São 8 anos sem perder uma partida sequer do circuito brasileiro. A final foi com Manoel Pereira, segundo colocado: “Fiquei em segundo colocado, mas foi positivo senti que estou jogando melhor que antes, agora é analisar e se preparar para o próximo”. É isso aí Manú, postura de guerreiro sempre!

Na categoria sub 19 tivemos o Campineiro fera Kiki, Josimar Siva, como vencedor. Parabéns Kiki, por deixar sua marca nessa importante competição!

A grande expectativa era o retorno do nosso Vinícius Berbel às quadras e ao campeonato. E o Vinícius foi impecável, venceu na sub 13, trazendo pra sua cidade, Jundiaí/SP o título de Campeão Brasileiro da categoria. Parabéns ao Vinícius, ao Paulo (paizão) e ao Professor Julio Berlim (técnico). 

Vinícius Berbel - Campeão Brasileiro da Sub 13
Vejam abaixo a lista de todos vencedores, que não é pequena...
Profissional Masculina - Rafael Alarcon
Profissional Feminina - Thaisa Serafini
Juvenil Sub 13 Masculina A - Vinícius Berbel
Juvenil Sub 15 Masculina A - Pedro Gomes
Juvenil Sub 15 Masculina B - Vinícius Cansini
Juvenil Sub 17 Masculina A- Marcelo Braga
Juvenil Sub 17 Masculina B - Gabriel Rossi
Juvenil Sub 19 Masculina A - Josemar Silva
Juvenil Sub 19 Masculina B - Luiz César Lima
Juvenil Sub 19 Feminina A - Renata Furletti
Master 19 Masculina A - Wagner Braga
Master 19 Masculina B - Fernando Soares
Master 19 Feminina A - Marina Diaz
Master 25 Masculina A - Erick Mesquita
Master 25 Masculina B - Igor Passos
Master 25 Masculina C - Gama Filho
Master 30 Masculina A - Saverio Christovam
Master 30 Masculina B - Alexandre Santos
Master 30 Masculina C - Marcos Piquet
Master 30 Feminina A - Edsônia Moreira
Master 35 Masculina A - William Freitas
Master 35 Masculina C - Alex Tabosa
Master 35 Masculina B - Mauro Martinho
Master 40 Masculina A - Vinícius Sávio
Master 40 Masculina B - Afrânio Câmara
Master 40 Masculina C - José Henrique Lopes
Master 40 Feminina A - Linamara Ferrigno
Master 45 Masculina A - Ricardo Ferreira
Master 45 Masculina C - Carlos Mário Ferreira
Master 45 Masculina B - Ubirajara Fernandes
Master 50 Masculina A - Ricardo Ramos
Master 50 Masculina C - Luiz Carlos Pinto
Master 50 Masculina B - Graciano Rossi
Master 60 Masculina A - Antônio Carlos Roldão  

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Violência em São Paulo - verdade e exagero


Relutei em meter a colher nesse tema, mas não me sofri. Certos assuntos na imprensa viram moda. Nesse momento, tá na moda tocar terror na população paulista (e brasileira) por causa da “onda de crimes” que assola São Paulo. O terror alimenta a imprensa, que alimenta a população, que alimenta o boato, que alimenta o terror. Essa semana o tom dado pela revista VEJA ao tema me chamou a atenção. A matéria puxa a brasa para o Governo de São Paulo, ok. Mas os fatos são os números. Mostram que São Paulo não tem mais crimes que qualquer mega cidade e apontam também que já foi pior. O colunista Reinaldo Azevedo trouxe a tona alguns destes números: 
Reinaldo Azevedo
os números da segurança em São Paulo falam por si
  • O estado de São Paulo apresentou em 2011 o menor índice de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) do país em 2011 (10,8 mortes por 100 mil habitantes - a média Brasil é de 23,6/100 mil habitantes).
  • Com este indicador, São Paulo ficou abaixo do Alagoas (76,3/ 100 mil), do Espírito Santo (45,6/100 mil), Bahia (33,2/100 mil) e Rio de Janeiro (25,8/100mil). 
  • Levando em conta o número do Rio de Janeiro, por exemplo (25,8/100 mil habitantes), Reinaldo menciona que a propabilidade de um morador do RJ ser vítima de algum crime considerado no índice CVLI é 138% maior que de um paulista.
  • Em 2000, o mapa da violência em São Paulo era de 42,2 mortos/100 mil habitantes e em 2010 foi de 13,9% (baixou 67%). 
Não sou especialista nem em segurança, nem em estatística, só um abusado. Mas respeito números que falam sozinhos. Não quero jamais tornar o fato menor do que o real, longe disso. Mas converso com amigos paulistanos sobre o assunto e as posições são parecidas: “-Vida normal. Sempre os mesmos cuidados ao sair a noite, durante o dia, mas a vida é normal.”

Também não me considero um apaixonado por São Paulo, mas me compadeço da injustiça contra a cidade e o estado a reboque - um exagero. Existe sim um confronto entre o crime organizado e a Polícia, mas isso sempre houve. E nem sem compara ao que ocorria no passado, pós-invasão do Carandirú pela Polícia Militar, em 1992 (o presídio do Carandirú, em São Paulo, foi implodido em 2002 e um parque foi construído no local). O ocorrido na época teve um saldo oficial de 111 presidiários mortos. O evento teria sido o suposto motivador pra que bandidos se organizassem no chamado PCC (Primeiro Comando da Capital). Com o alegado motivo de combater a opressão, vingar os mortos e protestar contra as péssimas condições as quais vivem os detentos no sistema prisional brasileiro, o PCC passou a coordenar de tempos em tempos, ações intimidatórias, tais como alvejar policiais, delegacias ou incendiar ônibus. Com o passar dos anos, esse “poder” paralelo vem ficando cada vez menos coeso e atuante, na mesma proporção em que ações de inteligência por parte da policia vão se sofisticando. E nem a atitude do Governo de São Paulo de minimizar o fato nem a atitude da imprensa (ou de facções políticas) em tocar o terror na população ajudam de forma produtiva. O que dizer então de um Ministro da Justiça que diz o que pensa na hora errada? O Ministro José Eduardo Cardozo disse no dia 13 de novembro de 2012: “Nós temos um sistema prisional medieval. Se fosse para cumprir muitos anos em algumas prisões nossas, eu preferiria morrer.” Mas não é DELE a pasta que cuida do sistema prisional? E está assim desde quando?

Parabéns, Ministro. Uma declaração destas é tudo que uma população com receio dos bandidos e da sua própria polícia NÃO precisa.

p.s. - me recuso a comprar a VEJA, faz muito tempo que deixou de ser interessante. Mas para o Dr. Google tudo é possível e de graça...

fonte: Revista Veja, Blog Reinaldo Azevedo, Anuário brasileiro de segurança pública, Yvonne Maggie - G1


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Homens Gordos e os baixos níveis de testosterona


Estudo aponta para um sério risco adicional causado pela obesidade em homens jovens

Foi publicado ume estudo que aponta a diminuição dos níveis de testosterona em adolescentes homens como sendo um dos efeitos colaterais da obesidade. Quem conduziu o estudo foi o Professor Peresh Dandona, Diretor do Departamento de Diabetes e Metabolismo da Escola da Medicina da Universidade de Buffalo (New York, EUA). Ele estudou mais de 50 homens entre 14 e 20 anos dos quais metade deles classificados como obesos e a outra metade composta de jovens de peso normal. Comprovou que jovens muito obesos tem 50% mais chance de ter baixo nível de testosterona do que o grupo tido como sadio.

Professor Peresh Dandona estuda os riscos da obesidade a homens jovens
O estudo mostra que a questão da obesidade se torna ainda mais preocupante, pois estes jovens terão sua atividade sexual precocemente mais dificultada em função da doença. Mas o estudo não é conclusivo e serão necessários estudos complementares para melhor explicar essa relação – inclusive como a glândula pituitária pode ser estimulada para reverter níveis baixos de testosterona. 


Rápidas de Humor Intrépido - Ficção Científica


sábado, 10 de novembro de 2012

Medo de Avião - ajudando um amigo


Um grande amigo meu tem um pânico absurdo de voar em aviões e me pediu que dirigisse algumas palavras por escrito para que ele lesse e se sentisse mais calmo. Mandei esse mail pra ele. Será que ajudei?

“Prezado amigo,
Quero te tranquilizar quanto à tua vinda de avião. E pra isso, lanço mão de estatísticas com relação a sustos aéreos - apontam que qualquer ocorrência é muito rara. Ok, devo concordar que no Brasil temos sido acometidos por algumas catástrofes, como o vôo da TAM (2 vezes, um deles saindo de Porto Alegre), o Boeing da Gol (que achou um jatinho pelo caminho – coisa de barbeiro, culpa do jatinho). Apesar desses absurdos distorcerem as estatísticas brazucas, tudo isso não reflete a realidade do dia a dia, não mesmo. Voar ainda é o meio mais seguro. Isso porque tudo dentro de um avião é duplicado ou triplicado. É como se cada carro tivesse: 6 pares de pneus, 3 baterias, 6 pares de amortecedores, 3 direções, 12 luzes de freio...infelizmente, às vezes (pra não dizer raramente), o despreparo da tripulação é QUADRUPLICADO, infelizmente. Aí fica difícil (voo Rio/Paris, da Air France, 2009). E não é porque são mais ou menos capazes, não vai aí nenhum demérito, muito pelo contrário: é que ser humano é um bicho que falha, só isso. Nesses casos, nem a perfeição da máquina salva, SÓ DEUS (mas nesse dia, Deus - que é onipresente mas não é polvo - estava envolvido com a solução de algum conflito no Oriente Médio). Por isso, um conselho: REZE SEMPRE durante um voo. Mesmo num voo tranquilo, nunca se desperdiça uma reza. Faz bem a alma e aí fica tudo em paz.

Mas voltando as estatísticas, fique absolutamente TRANQUILO, veja: desde 1918, Na história da aviação mundial, ocorreram 17.369 acidentes – incluindo jatos a aeronaves convencionais, de vôos comercias a militares, de aviões de passageiros a de carga. Ao todo, 121.870 pessoas morreram e 93.624 ficaram feridas. Em apenas 5,95% dos casos o mau tempo foi considerado a causa principal do acidente. A maioria foi causada por erro humano: 67,57%. Falhas técnicas responderam por 20,72%. Os número mostram então que você deve sempre desconfiar do seu piloto – por regra, olhe torto pra ele quando entrar no avião e reze pro SANTO DELE (bem mais que pro seu).

De acordo com os registros da Fundação de Segurança de Voo, nos últimos anos, raios derrubaram aviões 15 vezes – e na maioria delas eram aeronaves de pequeno porte. A turbulência, outra possível causa do acidente, esteve envolvida em 73 acidentes – o último em 2005, com uma aeronave pequena; com um jato de passageiros, em 1998, um Boeing 707, um avião guerreiro, mas já bastante obsoleto. Tempestades derrubaram aviões 20 vezes – a última, um jato de passageiros da Tupolev, em 2006 (os Tupolev nunca foram lá muito confiáveis mesmo...). Já um Airbus nunca foi derrubado nem por raios, nem por turbulência, nem por tempestades, segundo apontam as estatísticas. Não achei dados sobre BOEINGs...será que estão escondendo d’agente?? Não creio. Mas um dado que achei curioso é o momento em que as falhas acontecem. Mas, repito, fique tranquilo. Pequenas falhas são sempre possíveis, ainda que remotas. Veja esse curioso quadro:

      
No caso do pouso, o mais comum é um trem de pouso preguiçoso ou coisa assim, coisa pouca. Esses dias mesmo, um mastodonte de um DC10 ficou encalhado no aeroporto de Campinas (São Paulo, Brasil), mas sem maiores conseqüências, apenas o fechamento da pista. Deu muita dor de cabeça a mais de 25 mil passageiros prejudicados pelo cancelamento de seus vôos, mas foi só.

Bem, pra te dar força, resolvi tocar no assunto abertamente, encarar o problema sem filtros, para você exorcizar o medo e vir TRANQUILO. Separei até uma fotos (ao lado) e um videoclipe do Belchior (abaixo) pra ajudar. Espero que você goste. Um forte abraço, aperte os cintos e...

Em caso de despressurização, máscaras individuais cairão automaticamente dos paineis acima de seus lugares. Neste momento, puxe a máscara mais próxima para liberar o oxigênio, aplique-a sobre o nariz e a boca, ajuste o elástico a volta da cabeça e respire normalmente. Passageiros viajando com crianças ou alguém que necessite de ajuda, lembramos que deverão colocar suas máscaras primeiro para em seguida auxiliá-los. Lembramos que o assento da sua poltrona é flutuante....

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Brasil é Bronze no XXII Panamericano de Squash

Seleção Brasileira de Squash ficou em terceiro lugar em competição que foi realizada em Ambato, no Equador


Equipe Brasileira em Ambato, Equador

Manoel Pereira (Ribeirão Preto, São Paulo/Brasil) ganhou medalha de bronze com a equipe da Seleção Brasileira de Squash durante os jogos do 22º Campeonato PanAmericano de Squash, que foi realizado de 19 à 29 de outubro, na cidade de Ambato (Equador). A equipe Brasileira de Squash é formada pelos atletas Manoel Pereira, Vinicius Rodrigues, Junior Christovam e Ronivaldo Duarte.

Para Manoel, participar de um evento esportivo de tamanho porte é fundamental para o seu crescimento profissional. “Fiquei muito feliz em poder defender o Brasil no squash mais uma vez. A conquista desse titulo é muito importante. Com esse resultado o Brasil finaliza como cabeça de chave para o próximo ano”, comenta.

No dia 20 de outubro, os participantes do torneio tiveram a oportunidade de participar de evento comemorativo ao World Squash Day

fonte: Manoel Pereira e Virtual Squash

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Câncer de próstata - um vilão mascarado pelo preconceito


A falta de cuidado com a prevenção do Câncer de Próstata tem nome - preconceito e ignorância 

Preconceito e falta de informação são a combinação que mascara o Câncer de Próstata no Brasil. Uma doença cuja incidência é de 62,5 casos para cada 100 mil brasileiros tem que ser observada com olhos mais atentos. Quer saber o tamanho do problema em números? A Sociedade Brasileira de Urologia realizou uma pesquisa com 1061 homens de 10 capitais brasileiras, na faixa entre 40 e 70 anos. 76% dos entrevistados reconhece a importância do exame de toque na prevenção da doença, mas só 32% já haviam realizado o exame. E o toque é o exame capaz de detectar com imensa precisão a existência ou não do Câncer de Próstata. Mas o cara não faz, porque tem medinho ou vergonha do que a galera do serviço ou da cerveja possa dizer da famosa “dedada”. “Aqui, só sai, nada entra.” Quem já não ouviu essa pérola em mesa de amigos? Resignação pode matar...

E é preconceito mesmo, porque a pesquisa também aponta que 77% apontam que quem não faz o exame é por preconceito, mas só 8% admitem tê-lo. É belo e bonito fazer campanha pregando para que as mulheres façam o exame preventivo do Câncer de Mama - 52 casos pra cada 100 mulheres em 2012, segundo pesquisa do INCA. Mas, quando o assunto é a fragilidade masculina, entra em cena o politicamente correto, essa praga nossa do dia a dia. Há quem defenda que faz o PSA (o exame de sangue) e que isso já seria prevenção. O PSA é um marcador tumoral detectável no sangue. Seus níveis apontam para a presença ou não do Câncer de Próstata. Porém segundo os especialistas, o protocolo mais seguro é a conjugação dos dois exames – PSA e toque. Os dois exames juntos são o pacote seguro para a ação preventiva.

E ignorância pode parecer agressivo, mas deixando o pejorativo de lado, é isso mesmo. Quanto mais escolarizado o camarada, mais ele sabe sobre a doença (o que não quer dizer que mova sequer um dedo pela prevenção). Os dados mostram que 79% dos entrevistados com nível universitário já foram a um urologista enquanto apenas 46% do pessoal que tem até o ensino fundamental já procurou o médico. O desconhecimento completo sobre a doença e qualquer tipo de exame é maior nas classes C e D (38%), enquanto que nas classes A e B apenas 5% nunca ouviram falar.

Jogue o machismo de lado e sê dê essa chance. Homem que é homem enfrenta isso e faz o exame. Ou vai ficar com essa de “aqui tudo saí, nada entra...”? Depois, vai ser tarde demais pra bancar de machão. 

fontes: Portal do INCA, Portal da Saúde, Wikipedia, Instituto Oncoguia

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A vida é curta pra ouvir música ruim...


Manifesto do dia: a Vida é curta demais pra ouvir música ruim. Meta no rádio do carro um pen drive de 4Gb (não precisa mais do que isso) com 600 músicas, muitas das quais você provavelmente já não ouvia desde o tempo do lançamento dos primeiros CDs. Não sei você, mas, nesse momento, vejo que estou ficando velho. É só botar no módulo “aleatório” e tá feita a festa. Rodar 400 quilômetros fica 50% menos cansativo. Fazendo contas rápidas, são 30 horas de música, dá pra quase uma semana de viagem sem repetir uma música se quer. Perdoem os adeptos daquelas telas de DVD enorme - pra som pra carro, sou meio purista. Privilegio o som e a qualidade. Imagem é tranqueira, distrai e não acrescenta muito pra um viajante solitário. E não me parece prático ter que carregar videoclipes ou DVDs. Mesmo os com entrada USB, sei não. Não assimilei essa tecnologia pra carro, ainda que alguns desses DVDs já venham com atributos de GPS (ou o contrário?). Era fã de carregar CDs no carro, mas me surrupiaram alguns dos quais ta difícil repor (fora de catálogo). O que mais me doeu foi o Paul Mccartey – All the Best. O aprendizado custou caro. Então, tenho no console só dois CDs gravados no computador e, finalmente, o pen drive ganhou minha fidelidade eterna. Eterna, até que outra revolução se faça. Quem sabe ouvir música direto da web, via satélite ou chip de celular comum. Você instala no rádio um chip ou modem desses usados em celulares ou pra acesso a rede de qualquer lugar (algum plano Rádio) e não precisa mais nem de pen drive, é só selecionar pastas de música em nuvem. A vida vai ficar mais curta ainda e os CDs, pequenos demais pra ouvir música ruim. Boa viagem pra você.

P.s. – concordo que música é questão de gosto. Mas música ruim não tem gosto nem medida...é ruim mesmo. 

Praticando Esporte e Amigos - Jogue Squash

Tanto ou mais do que o ato de praticar um esporte, vale o de praticar amigos.

Pessoas que se reúnem num determinado espaço pra curtir uma modalidade que compartilham. E se, além disso, a reunião tiver cunho beneficente, melhor ainda. É um momento único e que serve de exemplo muito instigante aos nossos filhos – dá pra ter um hábito saudável, cultivar amigos (antigos e novos) e ajudar quem precisa - tudo num momento só.

Parabéns, Professor Julio Berlin e a todos os participantes do Torneio Beneficente realizado na Academia de Squash Jundiaí – o torneio aconteceu na 6ª e no sábado (26 e 27 de outubro de 2012, respectivamente. Todos jogaram, torceram, foi diversão só. O valor arrecadado com as inscrições e com o churrasco será repassado a uma instituição de caridade. 

Vamos aos vencedores:

Feminino - Taciane (Jundiaí)
Juvenil - Vinícius Berbel (Jundiaí)
Quase Avançados - Haruto Tasaka (Jundiaí)
Avançados - Paulo Berbel (Jundiaí)
Avançados TOP - Damião Ribeiro (Campinas)

Mais uma vez, parabéns a todos por esse dia inesquecível. 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Fica em paz, Professor Tatata


Tatata Pimentel
1938 - 2012
Poucos professores marcam nossa travessia escolar. Tenta lembrar quantos foram - dá raiva. 

Pois poucos professores me marcaram tanto quanto Tatata Pimentel. Cursava comunicação social na PUC/RS e lembro que existia na turma de “bichos” um misto de curiosidade e expectativa sobre como seria. Tatata já era muito famoso como intelectual do jornalismo e televisão, o que aumentava ainda mais a mística em torno daquela figura de baixa estatura, olhar glacial e meio arrogante.  Não era nada disso. Era pose. Quando Roberto Pimentel entrava na sala, passo miúdo, sempre elegante, entrava o ser humano, não “a diva”. A envergadura daquele cara não cabia numa aula de Teoria da Comunicação. Então ele falava tudo que vinha a cabeça, às favas com o programa de aula: “- Vocês merecem mais que isso e eu vou lhes dar”. E tudo se absorvia naquelas duas horas. História da arte, guerras, comportamento, etiqueta, fofocas, misticismo, filosofia, política, moda. Só perdia o humor pra perguntas burras – o olhar mudava, atravessava o interlocutor, o cenho franzia. Mas nunca vi perder a elegância pra destratar um aluno, não descia do salto – a didática e a língua afiada eram o antídoto. Lembro que se orgulhava de jamais ter dirigido um carro – “- Mestrado na África e não tenho a menor coordenação com aqueles pedais”, dizia. Era um usuário contumaz dos táxis de Porto Alegre.

Por ficar muitos anos fora do Rio Grande do Sul, não soube mais do Tatata até hoje. Saber que tinha sido demitido do Grupo RBS no final do ano de 2011 só foi menos frustrante do que saber da sua morte aos 74 anos, possivelmente de infarto. Morreu dormindo. Vá em paz professor, fica aqui minha modesta homenagem.  Vejam vídeo do último programa apresentado por Tatata Pimentel, no final de 2011.