quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cientistas desenvolvem pele cibernética


Pesquisadores da universidade de Harvard produziram pela primeira vez uma espécie de pele cibernética. O avanço foi anunciado depois do primeiro teste funcional de nanofios elétricos colocados com sucesso dentro de carne cultivada em laboratório.
De que serve isso? Os fios embutidos tornam mais fácil a medição de atividade no interior da pele, uma vez que o uso de sondas elétricas normalmente danifica o tecido. De acordo com a equipe de pesquisa, a técnica, em primeiro lugar, será utilizados na indústria farmacêutica para melhor estudar como drogas interagem com os tecidos em três dimensões. Teoricamente, a tecnologia pode um dia ser colocado dentro de uma pessoa viva, a fim de estudar e administrar o tratamento de drogas sem danificar a pele.

“Em última análise, trata-se de fusão de tecidos com a eletrônica de maneira que torna-se difícil determinar onde as extremidades de tecidos começam e das eletrônicos terminam”, disse Charles Lieber, professor de química na Universidade de Harvard.

Para atingir esse objetivo, os pesquisadores passaram a cultivar os nanotubos dentro da carne em formação. A nova técnica é semelhante à que é utilizada para fazer microchips.
fonte: mundobit (matéria na íntegra)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O mundo "entre aspas" 24


Jorge Amado
“Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa”. (Platão)

“Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém”. (Nelson Rodrigues)

“O humor não é coisa da juventude. O jovem tem força criadora, elã, paixão, entusiasmo e ímpeto, uma coisa que depois você tem menos. Depois você tem a experiência, e o humor é da experiência”. (Jorge Amado)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Decepções


Celio chegou irritado. Chuva de merda. Fina e sutil. Fina e sutil. Essa era a frase do dia. O casaco na poltrona, abriu um vinho e a janela. Raiva ou tristeza? Queria escolher um sentimento pelo “passa fora” do amigo. Preferiu a segunda opção. Não que fosse novidade, sabia bem que, no fundo, não podia contar com ninguém pra lances de dinheiro. Chega de hipocrisia. Noite meio fria. Foi pra sacada, pôs o copo de vinho equilibrado no parapeito. Se, pra cada gesto de virtude aprendida, desse pra deletar um defeito nosso, seria tudo de bom, pensou. Deus ou qualquer mente superior que tivesse essa capacidade de te dar a opção. Tem gente que caga pra Deus, então tá. Pensa noutro tipo de ser qualquer. O vigia da rua apitou. Isso, um vigia. Um vigia supremo, encarregado de virar a chave e desvirar. Mostrou com atitudes um novo aprendizado de vida, ele vem balançando uma chave e você pode escolher um defeito ou uma deformação de caráter pra deletar. Como cada um na terra tem zilhões de defeitos, pelo menos assim vai depurando e acelera um pouco isso de resgatar as faltas. Não ia doer nada, só uma noite de sono e pronto, cauterizado o defeito, você nem lembra mais que teve. Célio riu de toda aquela filosofia. Apesar do desconforto, a decepção não lhe caia bem. Pensou em nem procurar mais o amigo. Ma nem por tudo na vida considerou mudar seu jeito de agir com tudo e com todos por causa de uma rasteira. Ele queria ser melhor, cair, levantar e andar. 

Fez aquele movimento de buscar um cigarro no bolso, então lembrou que não fumava mais. Mais um gole de vinho e aquela chuva fina. Noite longa, atrás de um jeito de pagar a dívida. O velho Célio de sempre. Triste, firme. Fina e sutil. Firme, triste e sutil. E no sofá, dormiu.

sábado, 25 de agosto de 2012

PT550 - tudo começou em 1993



Volta no tempo, uma pausa - final de 1993. Saí apressado de uma loja da CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações) respirando acelerado. A CRT era a companhia telefônica da época, hoje Telefónica. Carregava uma caixa, pra ser aberta quando entrasse no carro e assim o fiz – abri e um aparelho de telefone celular, modelo PT550 da Motorola, todo cinza, me olhava. Apertei o botão no teclado e dei vida ao “robô”, mas pra começar a funcionar, precisaria de uma carga de 24 horas. Depois, era acionar e pronto. Uma indefectível tela com dígitos verdes, de calculadora dos anos 70, acendia – era analógico e a era do chip ainda não tinha chegado. Tinha uma antena de plástico e a bateria durava 12 horas. Se não esperasse descarregar toda, viciava. Comprar uma nova era quase como pagar metade do preço do aparelho. A solução invariavelmente passava pelo Paraguay e uma bateria "tabajara" repousava no porta luvas. Mas o detalhe mais assustador vinha no bolso: além dos 1.200 reais do aparelho, dos 500 reais pagos pela linha (sim, a linha tinha um “ágio” e era disputada a tapa) eu ainda pagaria uma fortuna por uma ligação, fosse ela feita ou recebida. E pra obter esse "produtaço" tinha passado por um sistema de seleção da operadora - a linha de corte era quem tivesse bala na agulha pra pagar.

Da minha empresa, de uma equipe de 12 pessoas, me viam como um E.T. – fui o único a encarar um celular por meses. Meus colegas me olhavam estranho: “- Esse guri rasga dinheiro. Pra quer esse troço? Pro chefe ficar caçando ele na rua?”. Meu chefe chegou a se entusiasmar, mas quando declarei que EU pagava os papos, recuou. Fazer o que? Pra um guri recém saído da casa dos pais, era um charme falar de qualquer lugar. Raro era encontrar alguém com um e quando encontrava, era como a maçonaria dos “com celular”, até rolava um cumprimento – mas a realidade bateu à porta logo na primeira conta: um quarto do meu salário pra pagar aquelas ligações que pareciam coisa de outro mundo.

247 milhões de linhas celulares depois, me deparei hoje com uma foto daquele meu primeiro “tijolar”. Deu saudades. Porque a gente falava e ouvia, tinha charme. A relação com o serviço ao menos parecia ser mais honesta - não pegava em lugar nenhum, todo mundo sabia, a CRT assumia que não tinha antenas suficientes e pronto. A cobertura era raríssima, ainda assim era divertido. 

Hoje, ainda não se sabe ao certo onde tem sinal. E nem a Motorola conseguiu renovar, se perdeu. A indigestão de aplicativos entedia e nos afasta. E eu quero falar, mesmo sem sinal. Se conseguir, dá até pra falar, mas pra que? Tem o raio do SMS...

veja video da vodafone sobre o futuro dos celulares.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Brasil - aqui, remédio é mais caro

Brasil é líder mundial em cobrança de imposto sobre medicamentos, diz estudo.

A carta magna diz que Saúde é um direito de todos e um dever do estado. Bonito de dizer, difícil de ver. Segundo a Interfarma, de um ranking comparativo entre 38 países, o Brasil é líder em cobrança de impostos sobre os medicamentos vendidos em farmácia e com prescrição médica. Juntando impostos federais e estaduais (ICMS, PIS e COFINS), o achaque é de 28%. O autor deste estudo é o pesquisador inglês Nick Bosanquet.

Enquanto países como Canadá, EUA, México e Inglaterra tem alíquota zero de imposto, a situação por aqui se agrava, pois diferente do que ocorre em países desenvolvidos, o Brasil não tem programa de reembolso de medicamentos. Mais de 70% da compra de medicamentos é feita diretamente pelo consumidor. Na Europa, cerca de 10 a 15% do gasto com medicamentos é assumido pelo consumidor.

A Interfarma, em campanha pela redução drástica do imposto incidente sobre medicamentos, publicou em seu site seis iniciativas necessárias nessa direção:  
  1. Aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que proíbe a cobrança de impostos sobre medicamentos de uso humano (Deputado Paulo Bauer – PSDB/SC).
  2. Aprovação de projeto de Lei que propõe isenção para medicamentos considerados essenciais (José Antônio Ragufe – PDT/DF).
  3. Isenção de PIS/Cofins pra medicamentos tarjados.
  4. Redução do ICMS para 7%, seguindo o exemplo do Paraná.
  5. Unificação da alíquota de ICMS para 7%, eliminando o “passeio” dos medicamentos na busca por facilidades fiscais.
  6. Apoio à Frente Parlamentar pela Redução de Tributos

Quem é a Interfarma: A Interfarma é uma entidade setorial, sem fins lucrativos, que representa empresas responsáveis por promover e incentivar o desenvolvimento da indústria de pesquisa científica e tecnológica no Brasil voltada para a produção de insumos farmacêuticos, matérias-primas, medicamentos e produtos para a saúde. Claro que apoiar iniciativas como esta agrada a gregos e troianos. Menos imposto, mais venda de medicamentos. Leis de mercado, nada de mais. Pesando menos no bolso, é o que importa.

fonte: jornal O Estado de São Paulo, Interfarma website.

sábado, 18 de agosto de 2012

Viva Elvis - 17 de agosto


17 de agosto – dia em que Elvis Presley deixou a cena. Porque, até hoje, tem fã que jura que ele não morreu. Elvis é um dos poucos artistas estrelados cuja envergadura só cresce desde sua morte. Com a web e o Google, o que era relíquia ou recordação, ficou vivo, presente e acessível. Sempre vai ser possível saber mais sobre Elvis. Tem sempre alguém que conhece histórias novas, cotidianas. É o caso dum senhor chamado Robert Sullivan. Era técnico de som em início de carreira, de um programa de rádio chamado Louisiana Hayride. Era 1954 - Elvis e mais outros cantores iniciantes da época começaram a peregrinação cantando lá. Esse programa, cujo estilo predominante era o country, era considerado um dos mais importantes da era pós-guerra. Naquela época, os programas de rádio tinham enormes plateias (ao vivo) – no caso do Louisiana Hayride, mais de três mil pessoas faziam participavam regularmente, além dos ouvintes pelo país todo.

O Senhor Sullivan conta que Elvis viajava mais de 10 horas entre Memphis (Tenessee) e Shreveport (Luoisiana), cidade-sede do programa, pra cantar duas vezes por semana. Dali, seguia viagem para outros shows programados. “Em uma dessas noites, ele mal acabou de tocar e já saiu para viajar mais seis horas até Oklahoma, onde tinha outro show marcado”, conta Sullivan. Conversando com o técnico, Elvis justifica tanto esforço: “Tenho de fazer isso enquanto sou jovem, porque daqui a um ano ninguém mais vai se lembrar de mim”. Ainda bem que ele estava errado. Vida longa ao Rei do Rock. Veja clip de uma das primeiras participações de Elvis no programa com That's All Hight.



Fontes: Revista Veja e Encyclopedia of Lousiana

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Olimpíadas - "Vai Brasil il il il il!!!!!!"


O vôo Olímpico do Urubú Malandro

Arthur Zanetti, o menino-ouro das argolas, tem que aproveitar a fama, aqueles 15 suados minutos. É bom aproveitar, ele merece. Num país onde a histeria coletiva em torno dos jogos Olímpicos vai dos cinco minutos antes da cerimônia de abertura até os cinco minutos depois da cerimônia de encerramento, e só o que ele vai ter. Depois, apoio mesmo só da família e amigos. Se vier um patrocinador legal, vai ser o céu. 

Foi-se Londres, vem Rio de Janeiro. De Londres, guardei Paul Mccartney cantando Hey Jude e o Mister Bin. Também vi a final do salto em distância. Enquanto revirava papéis na minha mesa, a TV me fazia companhia. Me chamou a atenção a câmera responsável por mostrar, num flash, o tênis do atleta queimando a linha do salto – e o merchandising da Nike até nessas horas. Meu filho foi mais inclemente: entre ver os jogos e brincar com o cachorro no pátio, deu de ombros e saiu correndo porta afora. Não posso ser hipócrita (nem por mim nem por ele). De quatro em quatro anos, uma fantasia olímpica se apodera do corpo dos meus amigos, de alguns parentes, do meu vizinho. O pessoal não pode sair de casa "porque hoje as meninas do vôlei de praia vão trazer o ouro" ou "a Fabiana Murer vai saltar hoje". E, se alguém perde, e uma catástrofe. Falta força de vontade, empenho, tranquilidade. "Cadê a medalha?". E o futebol e o basquete, dois dos poucos esportes com público autêntico no Brasil, viram pacientes desenganados se o resultado é prata e não ouro. O caminho entre o empenho e o resultado passa por uma histórica cultura de disciplina, esforço combinado e investimento na criação de gerações de esportistas. Ou alguém acha que o Michael Phelps é produto do acaso? Mas por aqui, tem mais a ver com o empenho pessoal do atleta brazuca mesmo. Ou alguém aí se disporia a ir a São Caetano (São Paulo) ver uma final de tênis de mesa pelo ranking brasileiro, pra apoiar CarolineKumahara? A propósito, ela é a brasileira mais bem posicionada no ranking mundial.

Com a copa e as Olimpíadas no Brasil, esse transe inexplicável vai piorar, ate por força dos meios de comunicação de massa e dos vorazes patrocinadores. Será “Brasil até morrer”, paixão e suor insano. Pena que, no momento onde deveríamos ver e encarar a realidade na vida, na política e no esporte, nossa bola nunca teve tão cheia. Pena mesmo.

sábado, 11 de agosto de 2012

Celso Blues Boy - Vá em paz, legítimo bluesman brasileiro


Morreu Celso Blues Boy, no dia 05 de agosto de 2012. Se foi o cara que incluiu o Brasil no ideário do blues, estilo americaníssimo. Na ditadura dos estilos dominantes (tchus, tchas e aí, se eu te pego...) e da pirataria, músico de blues no Brasil toca por amor à causa. Celso gravou 9 CDs em quase 40 anos de carreira, participou de trilhas de filmes, tocou com Raul Seixas, Cazuza e, no auge, tocou com B.B. King a música Mississipi, que virou faixa de CD e clip. Tocou até no Festival de Montreaux, em 1995.

Mas nos últimos 15 anos, morando em Joinville (Santa Catarina), vivia de shows em casas de blues pelo Brasil. Criou pérolas como “Dama da Noite”, "Aumenta Que Isso Aí É Rock and Roll", "Brilho da Noite", "Blues Motel" e "Fumando na Escuridão". Em 2011, veio o último disco, com 13 músicas novas - “Por um monte de cerveja”. Morreu aos 56 anos de câncer na laringe, descoberto 10 anos antes. Fumava 4 maços por dia. Mesmo visivelmente doente e debilitado, em seu último show na cidade de Rio das Ostras (Rio de Janeiro), Celso dava entrevistas com um maço de cigarros nas mão. 

Chegou a encruzilhada, na mesma estrada, onde um homem de bem encontra sua arte e sua missão cumprida. Vá em paz, pai do blues brasileiro. 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

"Venda sob prescrição médica" - pra valer

A Agência de Vigilância Sanitária brasileira (ANVISA) quer fazer valer a lei (de 1977) que exige a apresentação da receita para medicamentos de tarja vermelha. É fazer valer na prática o escrito “venda sob prescrição médica”, sempre presente nas caixinhas e quase nunca exigido no balcão. 

Nos próximos dias, a ANVISA deve publicar uma série de atitudes que vai tomar para fechar o cerco às farmácias nesse sentido. Pau nas farmácias, pra variar – anticoncepcionais, por exemplo, entram nessa dança. Mas a coisa é mais complexa. Se todo o medicamento vai ter que ser comprado com receita, seja ela retida ou não, isso pressupõe a ida ao médico. Já é difícil conseguir uma consulta por motivo justificado, mas e pra buscar uma receita como fica? E existe um Brasil distante, localidades ribeirinhas ou mais remotas onde médicos não vão. Regra sem estrutura é caminho certo pra contravenção. Ou seja, é também no balcão, mas não só lá que as coisas se resolvem. Uma solução mais realista foi dada por Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica: que as receitas tenham data de validade mais elástica, a partir de 6 meses. Ajuda sim, mas será que resolve. Pra relembrar como a lei das tarjas funciona:

Sem tarja – medicamentos considerados de baixo risco, por apresentarem poucos efeitos colaterais ou contra-indicações.

Tarja vermelha sem retenção – em tese, é exigida a apresentação da receita neste grupo, porém sem a retenção. Aqui, ficam os medicamentos cujos efeitos colaterais podem ser graves e com contra-indicações: antifúngicos, antiinflamatórios, anticoncepcionais e outros. É nesse critério que a ANVISA quer atuar mais fortemente.

Tarja vermelha com retenção – aqui entram os antibióticos e alguns antiinflamatórios. Nesse caso, a receita é feita em duas vias, onde uma fica com o paciente e a outra, na farmácia.

Tarja Preta – é necessário apresentar a receita azul e existe um controle especial da ANVISA sobre estes medicamentos. Entram drogas cujo uso pode causar dependência, por exemplo, psicotrópicos.

Tarja Amarela - designa medicamentos genéricos. Estes tem duas tarjas, ou seja, a que designa o grau de restrição ao acesso e mais a tarja que o identifica como genérico.

Fonte: folha online

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Caetano Veloso faz 70 anos - é daí?


Melhor seria falar de Caetano Veloso como falei esses dias de Paul McCartney, mas não dá. Caetano faz 70 anos e salta aos olhos um fato - a crítica do jornalista André Forastieri, do R7 - inconformado por, segundo ele, não ver nada relevante do baiano nos últimos 30 anos. Sou obrigado a concordar. Ele vive de sucessos pré-históricos e a última vez que lançou hits foram “Sozinho” (nem é dele, mas do Peninha - no álbum Prenda Minha, de 1998) e Mimar Você, uma espécie de “Sozinho 2” do álbum Noites do Norte, de 2002 – há mais de dez anos. Caê merece todo o nosso respeito, mas haja condescendência. Você lembra de alguma música legal do Caetano nos últimos anos ou discos? Tem uma lista absurda de sucessos antológicos. Sempre que lançava um disco, metade da bolacha (ou do CD) se ouvia nas rádios. Já o tal do disco Zii e Zie (até o nome é tudo e nada) de 2009, veio e foi e...nada. Nem um psêudo-modernismo, uma crítica autêntica, nada.

É gostoso de ouvir o disco Fina Estampa no trânsito de São Paulo. Tangos, boleros tocados com estética inovadora, mas...isso foi em 1994.  No disco Livro, O Navio Negreiro é uma viagem angustiante, uma das mais belas adaptações poéticas em música...mas estamos falando de 1997.Todo o senhor tem o direito de entrar nos setenta com sua missão cumprida. Pena que, no caso de Caetano, parece que a missão se cumpriu cedo demais. Cedo demais. 

Veja abaixo clip - "Não Enche", do show "Prenda Minha", de 1998. Divertido, ritmado, desbocado, como um bom Caetano.