domingo, 31 de março de 2013

Páscoa - troque seu coelho por alguma coisa forte

Uma Páscoa sem coelhos e com muita música. Duas primorosas descobertas. Quanto mais eu aprendo sobre música e arte, mais com um burro me pareço. Coisas demais para um tempo curto demais. 

Era uma vez o Morphine

Mark Sandman - infarto no palco
Uma banda resolve recriar dois estilos, juntando-os: Rock e Jazz, tocados com bateria, saxofone e um baixo com apenas duas cordas e tocado em slide guitar. As canções tem boas letras e o baixista é o cantor, com voz aveludada, melódica, ao estilo crooner anos 50.

Falando, assim, dessa improvável combinação, não dá pra ter a idéia do que foi o Morphine. Um poço de talento abundante por 10 anos e que secou na noite de 3 de junho de 1999. Mark Sandman, o baixista-cantor-letrista tem um infarto fulminante e morre no palco, "de modo romanesco" - durante um show em Palestrina (Itália). Foi-se com ele o Morphine.

veja um vídeo deles




Arrigo cantando Lupicínio

Só conhecia o paulista Arrigo Barnabé quando mencionado na letra de “Língua” (Caetano Veloso) e de alguma parceria muito distante com Tetê Espínola (Você pra mim foi o sóóól de uma noite sem fiiiiim!!!) e Vânia Bastos em festivais de Música. Embora considerado inventivo e de estética sofisticada, sempre achava “sofisticado” demais pros meus ouvidos. Aquele jeitão ilimitado e incontido, de voz rasgada, muito mais performático do que cantor, não me dizia muito. Até que parei pra ouvir Arrigo cantando Lupicínio Rodrigues na TV Cultura, num sábado de feriado de Páscoa (2013). 
Arrigo Barnabé - "Caixa de Ódio" pra homenagear Lupicínio
Em 2010, lançou um DVD chamado “Caixa de Ódio”. O show aconteceu “na menor casa de espetáculos do mundo”, a Casa de Francisca, em São Paulo. Bem ao estilo coração na mão, Arrigo deu uma roupagem diferente, sem cair no dramalhão, mas respeitando um ainda mais incontido Lupicínio. Alí, tudo era de bom gosto.  Taí um show do Arrigo que eu não queria ter perdido, mas perdi com 3 anos de atraso. Arrigo, prometo ser menos preconceituoso e ouvi-lo com mais atenção.

Veja dois vídeos ótimos:


Precisamos de mais Fair Play


Na coisa de educar, sou um absolutista confesso. Leis são de caráter centralizador, são irrevogáveis até segunda ordem e não existem alternativas a não ser cumpri-las. Até não nego explicar o “porque” das coisas, mas uma vez só, pausadamente e favor não insistir – o bicho pega. A isso chamo impor limites. Chame do que quiser.

Ivan Anaya e Abel Mutai
Então, à medida que o filhote vai crescendo, vai ficando difícil passar certos conceitos por decreto, nem por lobotomia. A coisa de educar passa por um estágio mais sofisticado: o do interesse e da vontade, onde cada oportunidade tem que ser aproveitada ao máximo naqueles breves minutos de pura curiosidade. Do contrário, parece que uma fina camada protetora  de teimosia e descaso se forma no entorno do pirralho. Quer um exemplo? Tente ensinar ao seu filho o que é Fair Play sem um motivo de peso. Algo que realmente chame a atenção e desperte interesse. Vai parecer piegas ou amanhã ele não vai nem lembrar. Mas bastou um evento ou fato marcante e está feita a oportunidade. A sofisticação passa por mostrar atitudes, mais do que palavras, mas no momento certo pra que tenham seu duradouro efeito.

Durante uma corrida no interior da Espanha em dezembro de 2012, Ivan Fernandez Anaya, 24 anos, vinha em segundo lugar e percebe que o queniano Abel Mutai, líder da corrida, erra o ponto, diminuindo a marcha. Abel encerra a corrida antes da chegada, já festejando e nem percebe a chegada de Ivan. Ao invés de aproveitar a distração do adversário e ultrapassá-lo, Ivan diminui o ritmo e alerta o companheiro, quase empurrando-o para a linha. Abel chega em primeiro. Ao ser questionado por um jornalista sobre a atitude, Ivan justifica:

“Ainda que ganhar me valesse um lugar na seleção espanhola, não teria ultrapassado. O que fiz é melhor do que ter ganho a corrida. Isso é importante, porque do jeito que as coisas estão no futebol, na sociedade, na política, onde parece que tudo vale, um gesto de honestidade vai bem.”

É disse que precisamos. É a isso que me refiro. 
Veja o vídeo.

sábado, 23 de março de 2013

Stephen Elop, da Nokia - Não deixou por menos


Elop - não deixa por menos
Lição aprendida pelo convívio com Presidentes de empresa: nunca brinque com um presidente de empresa louco para vender seu produto, ainda mais durante seus 15 minutos de fama. Os realmente bons são os vendedores supremos da marca e tem o faro pra transformar pequenas deixas em verdadeiros eventos. E aproveitam bem o espaço porque sabem que uma venda não realizada não se recupera - não existe a expressão "perda de oportunidade" nessa esfera. 

O CEO da Nokia, Stephen Elop, considerado no meio um Presidente carismático e de perfil arrojado, ao ser colocado contra a parede por um jornalista abusado, não pensou duas vezes. Veja vídeo. 

quinta-feira, 21 de março de 2013

"Twitadas" que mudaram o nosso dia a dia

Twitter - Sete anos. Pra quem acha que o microblog perdeu o charme com o avanço das outras redes sociais, 200 milhões de usuários, 400 milhões de mensagens "twitadas" por dia e sete anos de existência não é pra qualquer um.  O microblog não cresce em número de usuários e deixou de ser o queridinho comparado com Facebook e Youtube, mas tem público cativo. 

No vídeo comemorativo de aniversário, fatos que entraram pra história do mundo e receberam uma “mãozinha” do Twitter.

Vida de Exterminador dá Futuro


Como produto literário, a verdade por trás de uma biografia fica em segundo plano. Não tem como saber se tudo corresponde a realidade e em que medida. É uma colagem de perspectivas sobre o biografado e, principalmente se estiver vivo, leva o verniz sorridente do próprio, mesmo no reconhecimento dos erros, apertos e tempo difíceis. E aí? Acreditar ou não acreditar? Depois das 518 páginas do livro “ARNOLD SCHWARZENEGGER – A INACREDITÁVEL HISTÓRIA DA MINHA VIDA”, concluí que não importa muito. Pondo um filtro nos fatos, o livro todo é a afirmação do improvável estatístico: Como pode um garoto pobre do interior da Áustria do pós-guerra, filho de um guarda de fronteira, se tornar o 1º fisiculturista do mundo nos anos 60, mudar para os Estados Unidos, virar astro do cinema (matando um monte de gente), empresário de sucesso falando mal o inglês e chegar a Governador da Califórnia (9ª economia do mundo, dados de 2010)?? Vamos combinar que o cara tem músculo, cérebro e mérito. Não é nem motivação, auto-ajuda nem lição de negócios, mas dá boas dicas sobre o balance entre a fama e o faro pra dinheiro. Fora todo o botox aos 65 anos, vale a leitura.  

terça-feira, 19 de março de 2013

Você é o que seu smartphone diz


Mais do que o carro, relógio ou sapato, 61% dos homens acreditam que seu status é avaliado pelo smartphone que têm nas mãos. Foi o que mostrou a pesquisa The Consumer Habits & Lifestyles Survey que ouviu 120 mil pessoas em 15 países. Entre jovens com 18 anos ou menos, este índice salta pra 80% e, paradoxalmente, entre as mulheres, cai para 38%.

Segundo o PEW Research Center, 87% dos americanos tem celular. E a onipresença dos celulares se repete na grande maioria dos países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Esse comportamento faz com que smartphones de luxo sejam cada vez mais objeto de desejo, principalmente em países como a China.

Mas o sentimento de que celular é poder e status aponta pra outra contradição comportamental: 48% dos entrevistados tem vergonha de mostrar seu celular a outras pessoas, preferindo às vezes carregar o “velhinho” por mais tempo a trocar por um mais chamativo. Moral da história – não julgue pela aparência ao ver alguém com o bom e velho Blackbarry modelo "tijolo". Essa pessoa pode mandar muito mais do que você imagina.  
fontes: Times Newfeeds

Quer alugar um Jeans? Inovações em um mundo insustentável


A MUD Jeans, uma empresa holandesa, criou algo realmente curioso e inovador: por uma taxa de entrada 20 euros e uma “assinatura” mensal de 5 euros, você aluga um jeans por um ano. O contrato de aluguel custa pro interessado 80 euros no total. Após esse período, a empresa oferece três opções:


  • A devolução do jeans para a fábrica
  • A extensão do prazo de aluguel por mais 4 meses
  • A escolha de uma nova peça

As peças são feitas de algodão reciclável, o que permite reaproveitar o que for devolvido. Caso, durante o período do aluguel, ocorra algum acidente (furos ou rasgões), a Mud Jeans conserta "na faixa". A iniciativa tem recebido bastante atenção da imprensa holandesa, pelo inusitado. O preço é meio salgado, mas vale pela iniciativa engajada. 

Mais detalhes, só visitando o site (se você fala holandês...). clique aqui e veja o filme abaixo


fontes: Site da empresa, estadao.com e handpicked online

terça-feira, 12 de março de 2013

1001 Vozes do Mundo Antes de Morrer


Sei que não dá pra conhecer todas as vozes fenomenais que existem por esse mundo. Mas eu queria e pronto. 

Gente comum. Pessoas cujo talento passa há quilômetros da fama e, no máximo, são conhecidas nas cidades que cercam a comunidade onde vivem. Mas bastou abrir a boca e muda o ambiente, a luz, muda a cor. É muita gente. E por algum motivo inexplicável, a vida é mais curta do que o aceitável pra conhecer tantas vozes. E tem a coisa dos livros. Como querer ler todos os livros? Quantos livros dá pra ler em uma vida? Fiz as contas esses dias, fiquei fulo. Quero ir até uns 85 anos, de lambuja, a conta fechou em uns 1000 e...uns poucos. Como é que é? Em uma vida toda? É pouco. E estou falando de coisa boa, não a escória da arte, da música, da literatura.  

Empresário José Mindlin - mais de 40 mil livros raros

Então, livros do tipo “1001 livros pra ler antes de morrer” ou “1001 discos pra ouvir antes de morrer” são deprimentes, pois quem listou deve ter feito a mesma conta. Pra cada Paul McCartney ou...vamos deixar aqui só o ex-beatle como exemplo – quantos milhares de artistas tão bons ou melhores não vou saber, nem aplaudir? E por quê? A produção humana não cabe no youtube, não tem nuvem que dê conta. E não é uma questão de terabytes. Se a tecnologia dá conta, não vai dar é tempo. 

José Mindlin, empresário falecido em 2010, foi o maior bibliófilo brasileiro, dono do maior acervo particular do Brasil. Em vida, doou mais de 40 mil livros raros para USP (Universidade de São Paulo). Um dia, perguntado se já tinha lido todos os livros que tinha, foi sereno na resposta: "- Não. Mas algum dia talvez os leia e é bom que estejam ali. É bom que estejam ali, ainda que sequer sonhe um dia a todos ler, porque cada um deles me deu o contentamento de encontrá-lo e adquiri-lo, muitas vezes após uma procura e de um noivado de muitos anos. E, ademais, não estão ali apenas para mim, mas também para os outros, pois, se não os li, alguém um dia os lerá.

E Mindlin viveu até os 95 anos. 

Perceber que o tempo é curto me tranquilizou. Parei de colecionar CDs e baixo menos músicas a cada dia. Só as que realmente importam. Leio uns livros, outros dou aos amigos. Tanto os que já li quanto os que sei que não vou ler. Todo esse não alcance, fruto de muita produção pra curtir  em uma breve passagem, deve ter um motivo, uma trama. Quem sabe um dia a gente descobre o por quê...

ouça Abigail Sziga. Uma linda voz...

sábado, 9 de março de 2013

Kibon - felicidade só é bom...

...se for compartilhada.

“Esse mundo está perdido” – ouço isso desde que me conheço por gente, começando pelos meus avós. E não estou sozinho, você deve ter ouvido isso de muita gente. Não raro ouço coisas do tipo “o ser humano ta cada vez pior” ou “ninguém respeita mais ninguém, impera a lei do eu, depois o eu e depois eu de novo”. E que “brasileiro só sabe levar vantagem”, essa já desgastou. Algo dito muitas vezes vira fato.

Não me canso de dizer que ainda tem mais gente disposta a dizer “desculpa”, “com licença”, “posso passar”, “bom dia”, “precisa de ajuda?” do que ególatras, egoístas, trapaceiros e até psicopatas de plantão.  Mas a descrença é muito forte. Não raro, um ato de bondade é naturalmente confundido com interesse pessoal do tipo "quando a esmola é muita, o santo desconfia". Mas uma campanha da Kibon mexeu com esse sentimento. Uma ação de marketing sofisticada quis mostrar que pequenas atitudes (é, não adianta, é a atitude que transforma e pronto) podem mostrar o melhor das pessoas. A campanha, chamada Corrente da Felicidade, era bem simples: uma pessoa escolhia um sorvete na geladeira e, ao passar no caixa, surpreendentemente ficava sabendo que já estava pago por algum desconhecido que tinha estado no local pouco antes. A pessoa então era estimulada a fazer o mesmo. A corrente durou um dia e foi toda acompanhada por câmeras escondidas - 97% das pessoas aceitaram no ato fazer a alegria do desconhecido que viria após.

Nosso dia a dia é uma roleta russa. O bombardeio de “ameaças” que recebemos o tempo todo, testando nossa tolerância e nosso instinto de auto-preservação é enorme. Vivemos armados. Mas nessas horas, nessas pequenas atitudes, a verdade aparece. Parabéns à Kibon pela sensibilidade. Marketing inteligente e de conteúdo sem deixar de ser marketing. De forma simples, tirou o melhor dos brasileiros.

P.S. – a quem interessar possa, deixarei um sorvete pago na sorveteria perto da minha empresa. Não sei se o seu Zé vai entender, mas não custa tentar. Veja o vídeo.
fonte: Revista Época Negócios

terça-feira, 5 de março de 2013

Ecologicamente correto sim, mas pelo preço justo


Cresce consciência ecológica do consumidor brasileiro, mas preço ainda é determinante como fator de compra

O consumidor brasileiro está mais atento em relação a produtos ecologicamente corretos, porém ainda considera o preço como fator mais importante no momento de decidir por uma compra. No relatório Estilos de Vida Sustentáveis, 73% dos entrevistados afirmam que sua atitude pode realmente afetar o meio ambiente do mundo. Realizado pela Mintel, o estudo também aponta que 74% da população diz que deve considerar “fatores verdes” na próxima vez que comprar um eletrodoméstico. Ao mesmo tempo, 69% dos respondentes considerarão motivos ambientais quando adquirirem um eletroeletrônico.

Porém, quando indagados sobre os fatores decisivos na hora da compra, 69% dos participantes colocam o preço como elemento mais importante que preocupações ambientais. A pesquisa também indica atitudes sobre reciclagem. Para 94% dos brasileiros, a reciclagem seria viável se existisse coleta seletiva na área onde vivem, mas 50% deles dizem não entender a importância do processo de reciclagem.

fonte: 

Por Bruno Garcia, do Mundo do Marketing | 04/03/2013 (matéria na íntegra)

domingo, 3 de março de 2013

50 anos da Mônica

Mônica Spada Sousa

O que o nome Mônica Spada Sousa te diz? Nada? Nem pra mim, até saber que é o nome original da Mônica, a baixinha, dentuça e gorducha, personagem criado em 1963 por Maurício de Souza. Mônica tem hoje 53 anos e é Diretora Comercial da Maurício de Souza Produções. A personagem fez 50 anos (2013). 

Segundo a própria, o peso da responsabilidade vindo do personagem é sentido todos os dias, mas sempre de forma positiva. Sempre que tem contato com pessoas novas e que ficam sabendo que ela é a Mônica, o encantamento é o mesmo.  Pra quem não conhece a Mônica, olha ela aí hoje em dia (acima. E veja a evolução da personagem desde que surgiu. 


Walk and Talk - O que motiva as pessoas?


Perdi o sono. Pra não atrapalhar o sono da minha amada, saí do quarto – na casa, só silêncio e o chic-chic dos chinelos. A prática do “tá sem sono? Vai pensar” não deveria se aplicar aqui, porque aí mesmo é que não durmo, mas agora “Inês é morta”. 

Então? O que pensar quando falta o sono? Engraçado essa coisa de viver de passado ou de futuro. Temos esse vício, todos nós. Canso de me pegar fazendo isso. Adiar a vida é um hábito. A vida é curta, mas tratamos ela como se fôssemos viver 300 anos. E então dizemos o tempo todo, pra nós mesmos e pros outros, absurdos do tipo “ainda quero fazer uma viagem pra tal lugar” ou “tô pensando em planejar um curso, mas ando meio enrolado”. Parece que a vida só tem sentido se for empurrada com a barriga, arrumando expectativas e desculpas. Se forem desculpas frustradas, é porque não era pra ser – o que vale é criar pequenos “futuros” vivendo de “passados”. Vivendo assim é fácil ser um frustrado, porque o presente não supre, é como um hamster na rodinha – o futuro é realizado sempre “logo ali”, só que não chega nunca. Crédo, meio louco isso. Mas parece que é assim mesmo.

Luah Galvão e Danilo España
Viagem pelo mundo pra descobrir o que motiva as pessoas

Com isso tudo na cabeça, entre o quarto e o escritório, fui pro Google. Deu no que deu...achei o projeto Walk and Talk – um projeto de vida da atriz e Luah Galvão e do fotógrafo Danilo España. Resolveram empenhar uma profunda andança mundo afora – 26 países nos 5 continentes em mais de dois anos de jornada (02/02/2011 a 27/02/2013) – com o objetivo de ver, ao vivo e em cores, o que motiva as pessoas. O que faz com que um ser humano acorde todos os dias e faça coisas, planeje sua vida? A motivação difere entre culturas? Como isso acontece?

Claro que ouvir tantas histórias produz seus efeitos. E surge a certeza de que é possível compartilhar aspirações, inspirações, estados de motivação, atitudes, tecnologias, vontades, pouco importando que seja entre “uma vovozinha guatemalteca ou uma adolescente da Nova Zelândia”, como diz o texto de apresentação do blog do Walk and Talk. O pano de fundo da motivação acaba dando margem a inúmeros exemplos de empreendedorismo solitário ou coletivo, como no caso da Cantina Gattavecchi, na Toscana. No mesmo espaço onde a família produz vinho há quatro gerações, Jonathan Gattavecchi (italiano) e Lilian (bahiana) criaram um espaço gourmet pra servir uma mistura de culinária ítalo-brasileira.

Colhendo depoimentos, fotos e vídeos, Luah e Danilo pretendem transformar o material em palestras, livros interativos e em material multimídia a ser compartilhado. Já no momento presente, compartilham seus aprendizados com uma mãozinha de blogs e redes sociais, publicando textos na Você S/A, no blog do projeto, Facebook e outras mídias.

O projeto não parece ser uma mera “viagem” nem mesmo na acepção da palavra, ou nenhuma empresa séria embarcaria. Mais do que idealismo, é um trabalho investigativo pesado. Quem lida com criação de conteúdo, sabe o trabalho que dá (pra ficar só nesse exemplo). A metodologia de pesquisa está sob orientação do professor Dr. Viktor D. Salis, psicólogo, especialista em mitologia, civilizações antigas e modernas e autor de diversos livros sobre estes temas. O Walk and Talk tem o apoio de diversas empresas e instituições, responsáveis por ajudar no planejamento e na execução do projeto e é financiado pela Gafisa.

Os depoimentos de Luah e Danilo fazem ver que viajar o mundo não é mais coisa de outro mundo ou de milionário. É questão de planejamento, boas escolhas e disciplina. E, segundo Luah, “uma das formas mais belas de entender outras culturas e constatar que a nossa visão de mundo é apenas uma entre tantas”. Justo. De quebra, é uma aula de como viabilizar qualquer projeto de vida sem ter que fazer tudo sozinho. Ninguém faz nada sozinho (outra pérola). Mas saber contar com quem pode (e quer) ajudar a fazer os seus projetos virarem realidade também é uma arte.  

Lendo tudo isso, me pergunto. Afinal, se tudo o que faço é pensar no que já fiz, versus ou que tenho que fazer...o que eu faço com aquele breve instante entre o acordar e o dormir, momento em que tudo acontece, todos os dias? Antes que o sol nasça, encontro duas respostas que, claro, jamais soarão como definitivas: Letra “a”: Muito pouco. Letra “b”: a ignorância, às vezes, é uma benção mesmo... E nada de vir o sono.

O projeto tem tanta coisa que um post não é suficiente, melhor recorrer ao site Walk and Talk. Luah e Danilo, obrigado por compartilharem comigo o que motiva vocês. Nesse momento, o que menos me motiva é o sono. 

Vejam um dos tantos vídeos do projeto.


fontes: Walk and Talk website e blog, blog Você S/A e revista ZAZ

sexta-feira, 1 de março de 2013

Paperman - Oscar 2013


Um garoto tem uma única e inusitada chance de encontrar a garota dos sonhos, no centro de Nova York. Ainda assim precisa de uma “mãozinha”, mesmo que a única coisa que lhe resta é o coração, uma resma de papéis e a coragem. Tudo com um toque de criatividade, bem original.

O curta Paperman deu à Disney o Oscar 2013 pela animação. Veja o filme.